Novo Rolls-Royce Phantom: a cara (remodelada) da riqueza
Oitava geração do sedã esbanja luxo e oferece milhares de opções de personalização - inclusive algumas de gosto duvidoso
O carro mais luxuoso do mundo. É assim que a Rolls-Royce define o novo Phantom. Quem não é tão íntimo da marca inglesa pode até achar que pouca coisa mudou, mas trata-se de uma nova geração.
É verdade que o design nem é tão diferente de seu antecessor. Além de mais larga, a grade frontal foi redesenhada e ficou mais alta. A posição da clássica estátua da “Dama Voadora” (conhecida em inglês como “Spirit of Ecstasy”) foi elevada em aproximadamente 1,2 cm .
Os faróis também são novos e trazem a tecnologia de luz a laser. Segundo a marca, o conjunto é o mais avançado do mundo e tem capacidade de iluminar até 600 metros à frente.
As molduras das janelas e em volta do para-brisa são preenchidas por apliques de aço escovado preparado de forma artesanal. Na traseira, a vigia surge em uma posição menos inclinada, enquanto as novas lanternas receberam uma iluminação inspirada nas jóias.
Por dentro, os mais que confortáveis bancos dianteiros receberam um aplique de madeira inspirado nas cadeiras Eames Lounge, um clássico do design de decoração lançado em 1956.
São estes apliques, aliás, que escondem as mesinhas dobráveis e as telas do sistema de entretenimento voltado para os passageiros do banco traseiro, que podem ser abertos ou recolhidos ao toque de um botão.
Como era de se esperar, o Phantom oferece diversas opções de ajustes elétricos para os bancos.
Há opções de “bancos individuais com ou sem apoio de braço central, assentos individuais com um console fixo separando os bancos e a inédita opção de banco para dormir”.
Duas telas de TFT de 12,3 polegadas substituem o quadro de instrumentos convencional. A Rolls-Royce ainda oferece uma ampla gama de opcionais, incluindo uma iluminação repleta de leds simulando um céu estrelado, um kit de taças de uísque e um decantador.
De acordo com a marca, o Phantom tem mais de 130 quilos de materiais de isolamento acústico e vidros duplos com 6 milímetros de espessura por toda a cabine.
Até os pneus foram substituídos por um conjunto especial com uma camada extra de espuma para reduzir o barulho do rolamento dos pneus em nove decibéis.
O novo Phantom é movido por um motor 6.7 V12 com 563 cv a 5.000 rpm e torque máximo de 91,8 mkgf disponíveis a apenas 1.800 rpm.
Mesmo pesando 2.625 quilos, a montadora indica aceleração de 0 a 100 km/h em 5,3 segundos e velocidade máxima limitada eletronicamente em 250 km/h.
E se à primeira vista os números parecem até “modestos” demais, saiba que foi uma escolha da própria empresa.
Segundo a revista Autocar, o diretor de engenharia da Rolls-Royce, Philip Koehn, admitiu que o veículo poderia entregar mais torque e atingir uma velocidade final maior, mas disse que tais predicados seriam “inapropriados” para um carro da estirpe do Phantom.
O modelo começa a ser vendido em 2018 e apenas na carroceria sedã. Seu preço ainda não foi revelado, mas a imprensa inglesa estima um valor em torno de 400 mil libras esterlinas por lá.