Atualizar um modelo icônico como o MINI Cooper é um desafio bastante complexo. Deixá-lo com cara de novo sem desvirtuar as características do clássico Morris Mini era o grande desafio dos designers da marca. Mas felizmente eles conseguiram.
A terceira geração do Cooper foi revelada dias antes de sua dupla estreia mundial, nos Salões de Los Angeles e Tóquio. Visivelmente mais parrudo, o hatch tem 3,82 metros de comprimento, 1,72 metro de largura e 1,41 metro de altura, sendo 9,8 centímetros mais longo, 4,4 centímetros mais largo e 7 milímetros mais alto que seu antecessor. Sua distância entre-eixos é de 2,49 metros, sendo 4,2 centímetros mais longo. O crescimento se traduz em mais espaço para ocupantes e bagagem.
O estilo retrô foi conservado, ou melhor, atualizado. Os faróis redondos ficaram maiores e trazem iluminação de LEDs, acompanhados por uma grade frontal mais larga e esguia. A frente ficou mais pronunciada, com para-brisa nitidamente mais inclinado. Na traseira, as lanternas preservaram o formato, mas ficaram maiores. Já o interior conservou o chamativo mostrador circular central, embora ele mostre apenas o sistema multimídia. O velocímetro está no lugar “tradicional”, ou seja, atrás do volante. No geral, o novo MINI parece uma atualização em vez de uma nova geração.
Serão oferecidas três opções de motorização: duas de 1,5 litro, movidas a gasolina e a diesel, e uma 2.0 a gasolina, esta reservada ao Cooper S. Todas contam com auxílio do turbocompressor e trazem sistema start-stop. Segundo a MINI, além de mais potentes, os motores reduziram as emissões de poluentes em até 27%.
O motor 1.5 a gasolina entrega 134 cv e torque máximo de 22,3 mkgf, emitindo 105 gramas de CO2 por quilômetro rodado. O Cooper D tem 114 cv e 27,5 mkgf de torque máximo, enquanto o Cooper S rende 189 cv e oferece torque máximo de 28,4 mkgf. Novas motorizações serão lançadas futuramente, tanto nas versões mais baratas (como a One) quanto nas mais esportivas, inclusive aquelas preparadas pela John Cooper Works. O carro será vendido com três opções de transmissão nos modelos com tração dianteira: a caixa manual de seis marchas equipa todas as versões, sendo que o câmbio automático de seis velocidades é opcional. Esta transmissão automática, aliás, também tem uma calibragem mais esportiva, com trocas de marcha mais rápidas, borboletas atrás do volante e controle de RPM nas reduções.
O uso abundante de alumínio e metais de alta resistência na suspensão reduziram o peso (1.085 quilos na versão Cooper) e melhoraram a rigidez do veículo. A extensa lista de equipamentos inclui, pela primeira vez, o Controle Variável dos Amortecedores, permitindo escolher entre um ajuste mais confortável e outro que valoriza a esportividade. O novo Cooper utiliza uma nova plataforma de tração chamada UKL1, que será aproveitada em toda a gama MINI e nos modelos com tração dianteira da BMW, incluindo uma inédita variação minivan do Série 2, que será lançada na Europa em março, logo após o Salão de Genebra.