Mercedes-Maybach prova que nem o Classe S é luxuoso demais para a China
Modelo tem câmeras para reconhecer movimentos dos passageiros, sistema de som integrado aos bancos e itens de jatinho executivo
Para quem o novo Mercedes-Benz Classe S não for suficiente, a divisão todo-poderosa Maybach apresentou a própria reinterpretação do sedã mais luxuoso da marca alemã. E há recursos dignos de jatinho para elevar o patamar (e o preço) do modelo.
Para começar, a versão já alongada recebeu outros 18 cm no entre-eixos – são 3,40 m – para aumentar o espaço dedicado à segunda fileira. No visual, muda o logotipo da grade, as rodas de desenho exclusivo e a terceira janela por conta da coluna maior.
Em relação aos mimos, nem sequer é necessário abrir as portas traseiras, já que o processo é feito apenas ao toque de um botão. E até o cinto de segurança avança eletricamente com uma alça para facilitar o alcance, como acontecia em cupês e conversíveis.
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Não é nenhuma surpresa que, neste pacote, estejam incluídas poltronas traseiras capazes de reclinar até 43,5 graus, além de terem função de massagem, aquecimento e ventilação, bem como três memórias de posição e um apoio reclinável para as pernas.
E basta acessar um tablet para controlar os bancos da primeira fileira, os dois monitores de 11,6 polegadas, assim como o sistema de ar-condicionado de quatro zonas. Há até os inéditos airbags frontais para quem viaja atrás (o Maybach tem 18 bolsas).
Pensando no conforto dos passageiros, o Classe S mais luxuoso da atualidade tem teto solar panorâmico, iluminação ambiente com 253 leds, um pequeno refrigerador capaz de variar a temperatura de 1ºC a 7ºC, além de nichos para taças de espumante.
No console central que se estende entre as poltronas traseiras, a divisão de luxo também colocou dois porta-copos com aquecimento e refrigeração, bem como quatro portas USB. E ainda dá para equipar o sedã com base para carregamento rápido sem fio.
Na lista de opcionais há desde mesinhas retráteis, como nas classes executivas de aviões, até sistema de aquecimento para o pescoço dos ocupantes. Também é possível pagar à parte pela pintura artesanal em duas cores, que levar uma semana para ficar pronta.
Para o motorista, o Mercedes-Maybach Classe S oferece o head-up display com função tridimensional, capaz de monitorar o movimento os olhos para adequar a projeção – e o carro também identifica os movimentos durante a condução semiautônoma.
Os passageiros que viajam atrás são constantemente monitorados por meio do conjunto de sensores a laser e câmeras 3D capazes de reconhecer gestos. Desta forma, percebe se os ocupantes querem abrir as portas ou até alcançar os cintos, por exemplo.
E, apesar de o sistema ativo de anulação de ruído, o modelo oferece equipamento de som da grife Burmester integrado aos massageadores dos bancos para controlar a ressonância e transmitir o tom grave das músicas por meio de vibrações aos passageiros.
Em relação às tecnologias de condução, o sedã tem piloto automático adaptativo de nível 3 – capaz de controlar funções do veículo, mas sem dispensar a atenção do motorista – e assistente de estacionamento que pode ser acionado sem que haja alguém a bordo.
Quanto à motorização, por ora, serão oferecidas as opções V8, de 500 cv e 37,7 kgfm, na S 580 e V12, de 612 cv e 45,9 kgfm, na S 680. E ambas têm sistema híbrido parcial de 48V. Futuramente, haverá versões seis cilindros convencional e híbrida plug-in.
De série, o Mercedes-Maybach Classe S terá suspensão a ar convencional, mas é possível optar pelo sistema adaptativo que utiliza informações de câmeras para se adequar à via. E ainda dá para incluir no pacote o eixo traseiro esterçante em até 10º, opcional.
Para se adequar à concorrência, a configuração topo de linha do sedã alemão recebeu pela primeira vez sistema de tração integral – mirando no recém-lançado Rolls-Royce Ghost, que, mesmo na opção com entre-eixos “normal”, é ainda maior que o estreante.
E não dá para negar que rebaixar a antiga marca independente para divisão de luxo tenha dado certo: foram 60.000 carros vendidos deste 2015, com média de 600 a 700 veículos por mês. Esse bom desempenho se deve, particularmente, ao mercado chinês.
Apesar de a alta demanda no continente asiático, o fabricante também considera Rússia, Coreia do Sul, Estados Unidos e Alemanha como principais mercados. E se o preço ainda é segredo, já dá para cogitar algo em torno dos US$ 200.000 (R$ 1.061.540).
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