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Kwid tira nota zero em crash-test; Renault cita reforços e mais segurança no Brasil

Exemplar indiano com um airbag e sem ABS foi reprovado em teste do Global NCAP

Por Redação
Atualizado em 23 nov 2016, 21h03 - Publicado em 17 Maio 2016, 13h07
Renault Kwid - Global NCAP
Renault Kwid com reforços e um airbag durante o crash test do Global NCAP ()

Futuro subcompacto com jeito de SUV a ser fabricado no Brasil, o Renault Kwid recebeu uma má avaliação nos testes de segurança do Global NCAP. O modelo produzido na Índia foi reprovado em três crash-test seguidos, todos feitos a uma velocidade de 64 km/h.

No primeiro, uma unidade sem airbags nem ABS (ambos os equipamentos não são obrigatórios na Índia) tirou zero estrelas (de um máximo de cinco) para a proteção dos adultos e duas estrelas para a proteção de crianças. Além da falta de airbags, contribuiu para a nota o colapso da estrutura do habitáculo dos passageiros.

No último mês de abril, uma nova rodada de testes foi feita, dessa vez com exemplares modificados. As notas para adultos e passageiros, porém continuaram as mesmas – a estrutura do habitáculo não colapsou, mas foi classificada como instável e sem capacidade de receber cargas adicionais. Segundo o Global NCAP, foi possível ver reforços implementados no lado do motorista (direito, na versão indiana), mas não no do passageiro.

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Por fim, um exemplar com os mesmos reforços e com airbag para o motorista foi testado. Mas nem isso foi capaz de alterar suas notas: houve uma pressão demasiadamente alta na região do tórax do motorista após a abertura do airbag, e as pernas dos passageiros da frente poderiam se chocar com as estruturas do painel.

 

No Brasil, a Renault se apressou a divulgar informações a respeito dos aprimoramentos que o Kwid deve receber para se adequar às leis do país. O carro deverá ter freios ABS e dois airbags de série, conforme exige nossa legislação. Ele terá diversos reforços estruturais para lidar com as maiores velocidades de tráfego e as condições de piso no Brasil. O acabamento e o conteúdo também serão mais atraentes.

Como resultado, o Kwid nacional deverá ser cerca de 20% mais pesado que os 669 quilos do indiano, o que resultaria em algo próximo de 802 quilos – um peso ainda menor que o da maioria dos subcompactos à venda no país, como VW Up! e Fiat Mobi. O acréscimo, porém, reduz a possibilidade de o Kwid ser equipado com motor de 800 cm3. Ele deve chegar ao mercado brasileiro com o mesmo motor 1.0 já usado no Nissan March.

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