Praticamente sem operar na Europa desde que vendeu as marcas Opel e Vauxhall ao grupo PSA (hoje Stellantis) em 2017, a General Motors deverá voltar com força ao velho continente. Atualmente, a empresa atua por lá com uma rede limitada de revendedores de Cadillac e Corvette, em mercados restritos.
Mahmoud Samara, chefe da GM na Europa, confirmou que a empresa voltará a atuar de forma substancial na Europa com as marcas americanas Chevrolet, Hummer (além da Cadillac), dando ênfase aos carros elétricos das marcas. Segundo o executivo, o fator determinante para o retorno é a rápida eletrificação do mercado europeu, que proibirá a venda de veículos a combustão até 2030.
Ele também apontou para, diferentemente da passagem anterior pela Europa, o uso do portfólio já existente das marcas americanas da GM. “Chevrolet é uma marca global, Cadillac é uma marca global, Hummer é uma marca global, então temos marcas globais que são adequadas ao propósito”, disse, sem dar qualquer perspectiva de metas para volumes de vendas.
Possivelmente, esse retorno não será totalmente físico. O mais provável é que as marcas operem de maneira semelhante à Tesla, trabalhando com um varejo reduzido e com vendas somente online. Desse modo, a GM economizaria dinheiro com a rede de revendedores.
O executivo ainda diz que a empresa está confiante. Muito disso, deve-se ao desenvolvimento da recente tecnologia de baterias Ultium EV, que está sendo usada pelos principais modelos da GM, entre eles o Hummer EV e o Cadillac Lyriq, que deverá ser o carro-chefe da montadora em solo europeu para disputar com o Audi e-Tron.
Os carros seriam uma das possibilidades de negócio na Europa. A GM também estuda a possibilidade de oferecer outros tipos de serviço que já oferece em solo americano. Um exemplo é a Brightrop, que fornece serviços e veículos para empresas de entrega.