Fiat Pulse e Fastback híbridos fazem até 14,4 km/l e partem dos R$ 125.990
Sistema híbrido flex promete reduzir o consumo de Pulse e Fastback 1.0 turbo em pelo menos 10% e eleva preço em R$ 2.000
Os novos Fiat Pulse e Fastback Hybrid não são os primeiros carros híbridos fabricados no Brasil, mas estão empenhados em deixar a eletrificação ainda mais popular entre o consumidor brasileiro. A nova mecânica híbrida leve estreia na linha 2025 como padrão para as versões Audace e Impetus.
Quer dizer que os compradores dos Pulse 2025 e Fastback 2025 com motor 1.0 turbo de 130 cv mais completos terão um carro híbrido leve com sistema de 12V. É uma variação mais simples e barata que a solução de 48V (como a usada no Kia Stonic), mas já com boa redução de consumo, de pelo menos 10% nas medições do Inmetro.
O impacto no preço é pequeno, de R$ 2.000. Na prática, o Fiat Pulse T200 Hybrid 2025 parte dos R$ 125.990 e o Fiat Fastback T200 Hybrid 2025 custa a partir de R$ 151.990, ambos na versão Audace.
Preços do Fiat Pulse T200 2025:
Pulse Audace T200 Hybrid AT – R$ 125.990 (era R$ 123.990)
Pulse Impetus T200 Hybrid AT – R$ 140.990 (era R$ 138.990)
Preços do Fiat Fastback 2025:
Fastback Audace T200 Hybrid AT – R$ 151.990 (era R$ 149.990)
Fastback Impetus T200 Hybrid AT – R$ 161.990 (era R$ 159.990)
Desta forma, os únicos 1.0 turbo sem eletrificação serão os Fiat Pulse Drive T200 Tributo 125 (R$ 128.990) e os Fastback T200 (R$ 119.990)
Como é o motor T200 Hybrid?
O motor três cilindros 1.0 turbo com injeção direta continua rendendo 130 cv e 20,4 kgfm, mas isso não quer dizer que não tem mudanças. Ele, por sinal, já está enquadrado nas novas normas do Proconve L8, que entra em vigor em 2025.
Uma diferença importante é que a versão eletrificada não tem um motor de partida convencional. Sua função é incorporada pelo BSG (Belt Starter Generator), sigla que define o motor-gerador que poderia se passar por um alternador convencional para os desavisados. Esse componente é capaz de atuar como um motor elétrico para aliviar a vida do motor flex.
Isso acontece por meio da própria correia de acessórios, que neste caso é reforçada e conta com um esticador mais robusto, para evitar que patine. Quando atua como motor, o BSG consegue gerar até 4 cv e 1 kgfm de torque, praticamente a força de um pequeno scooter elétrico.
Quando atua como gerador, o BSG consegue recuperar até 25% da energia que seria desperdiçada pelo motor térmico. Desta forma, recarrega não apenas a bateria de chumbo-ácido EFB (usada em carros com start-stop), instalada junto ao motor, como também uma bateria de lítio adicional de 0,152 kWh, que pesa 8 kg e está escondida sob o banco do motorista.
As duas baterias podem ser interligadas, unindo a energia das duas. Pode acontecer uma simbiose na qual a bateria de lítio, que recarrega mais rápido, assume a função de recarregar a bateria de chumbo. Ou da energia das duas ser utilizada para fazer o BSG dar suporte ao motor flex.
Quem faz a gestão disso é um comutador chamado DBSM (Dual-Battery Switch Module ou Módulo de Comutação de Duas Baterias), que pode unir ou separar as duas baterias, de acordo com a estratégia da central eletrônica do veículo. Esse componente é fixado na parede corta-fogo, bem atrás do motor.
Isso traz uma vantagem: a bateria de lítio mantém a bateria de chumbo carregada, o que diminui seu estresse e prolonga sua vida útil. Falando em vida útil, a bateria de lítio tem durabilidade prevista de até 8 anos ou 250.000 km. O carro não avisa quando uma bateria está no fim da vida útil, o que acontece é que há menos uso do motor elétrico até o momento que o start-stop deixa de entrar em ação.
Um pênalti da Fiat: a garantia da bateria de lítio é de 3 anos, a mesma do carro. Além disso, a Fiat tem medo de dizer quanto custaria a troca dessa bateria de lítio, que é fabricada pela Samsung na Coreia do Sul e é a mesma utilizada pelos Fiat Panda e Lancia Ypsilon MHEV 12V na Europa. É possível estimar, porém, que essa bateria custe entre R$ 3.000 e R$ 3.500.
É possível acompanhar o funcionamento do sistema híbrido por meio do quadro de instrumentos. Os Pulse e Fastback Hybrid têm novas telas de exibição que revelam o nível da carga da bateria de lítio e ainda a atuação do BSG como motor e como gerador.
A propósito, fazem isso mesmo nas versões Audace, que preservam o velocímetro e o conta-giros analógico, agora com ponteiros azuis. As versões Impetus, com tela colorida de 7 polegadas, também têm grafismos na cor azul nos seus mostradores.
Desempenho quase não muda, mas o consumo melhora
O maior ganho de eficiência nos Pulse e Fastback, de acordo com os números do PBEV/Inmetro, está no ciclo urbano. No caso dos híbridos leves, é normal que o consumo rodoviário ainda seja melhor (ao contrário dos híbridos plenos, HEV, que consomem menos na cidade), mesmo que o efeito do motor elétrico seja limitado em velocidades mais altas.
É por isso que a melhora no consumo praticamente só é notada em regime urbano. Na verdade, o consumo rodoviário do Pulse até teve uma discreta piora na estrada. Veja as tabelas a seguir.
Evolução no consumo do Fiat Pulse T200 Hybrid
T200 | T200 Hybrid | Diferença | |
Consumo urbano com gasolina | 12 km/l | 13,4 km/l | 10,4% |
Consumo urbano com etanol | 8,5 km/l | 9,3 km/l | 9,4% |
Consumo rodoviário com gasolina | 14,6 km/l | 14,4 km/l | 1,4% |
Consumo rodoviário com etanol | 10,2 km/l | 10,2 km/l | igual |
O a 100 km/h com gasolina | 9,7 s | 9,7 s | igual |
O a 100 km/h com etanol | 9,4 s | 9,4 s | igual |
Evolução no consumo do Fiat Fastback T200 Hybrid
T200 | T200 Hybrid | Diferença | |
Consumo urbano com gasolina | 11,9 km/l | 12,6 km/l | 5,9% |
Consumo urbano com etanol | 8,4 km/l | 8,9 km/l | 5,9% |
Consumo rodoviário com gasolina | 14,6 km/l | 13,9 km/l | -5% |
Consumo rodoviário com etanol | 10,2 km/l | 9,8 km/l | -3,9% |
O a 100 km/h com gasolina | 9,5 s | 9,7 km/l | 0,2 s |
O a 100 km/h com etanol | 9,4 s | 9,4 km/l | igual |