Stellantis inaugura fábrica de motores e confirma 1.3 turbo de 180 cv
Nova planta em Betim é destinada aos motores 1.0 e 1.3 turbo que equiparão próximos modelos da Fiat e Jeep
A vinda de Carlos Tavares ao Brasil não foi em vão. O CEO da Stellantis aproveitou para inaugurar a nova fábrica de motores da Fiat em Betim (MG). O destaque, entretanto, ficou por conta dos motores turbo que serão fabricados na planta e tiveram novos detalhes confirmados pela montadora.
Clique aqui e assine Quatro Rodas por apenas R$ 7,90
Seguindo tendência de mercado, a FCA dedicará sua fábrica inicialmente aos motores GSE Turbo, substituindo equivalentes de maior cilindrada. Os dois modelos já anunciados são o T3 1.0 e T4 1.3, da família Firefly.
Quatro-cilindros, o motor 1.3 teve algumas de suas especificações anunciadas, como potência nominal de 180 cv na versão à gasolina (superando esse valor ao usar etanol). Além disso, a unidade entregará 27,5 kgfm de torque e terá taxa de compressão na casa dos 10.5:1.
Você pode conferir todos os segredos técnicos destes novos motores clicando aqui.
A ideia da montadora é usar o T4 para preencher a lacuna deixada pelos 2.0 e 2.4 Tigershark naturalmente aspirados. A renovação promete maior eficiência a modelos como o Jeep Renegade 2022 e os facelifts da Fiat Toro e do SUV médio Compass. A picape introduzirá o turbo aos poucos, enquanto mantém o E.torQ Evo Flex em suas versões de entrada.
Outros modelos que trazem o 1.8, como Argo, Cronos e Renegade, receberão posteriormente o 1.0 de três cilindros, que terá seu batismo de fogo no aguardado Progetto 363 – versão SUV do Fiat Argo. A previsão é que o T3 atinja 130 cv e 18 kgfm, também com turbocompressor.
No futuro, até mesmo o Peugeot 208 nacional poderá usar o motor T3.
Prazo de validade
Em seu discurso de inauguração, Carlos Tavares classificou a fábrica como “uma nova era para nossa presença sustentável na América Latina”, destacando que os “GSE Turbo reúnem as melhores tecnologias de desempenho e sustentabilidade, com ganhos no consumo de combustível e redução de emissões”.
Na semana passada, entretanto, o executivo reforçou que a Stellantis tem “pressa” para adotar, integralmente, a propulsão elétrica em seus modelos. O português fez questão de destacar que nem os híbridos são interessantes no futuro, dada a velocidade de adesão dos full-EVs.
Isso significa que os novos motores a combustão já estreiam com data de validade próxima e sem previsão de sucessores. Com o arrocho das legislações ambientais, a FCA pretende oferecer alternativas eletrificadas a todos os seus modelos na Europa e América do Norte até 2025.
No Brasil, a história é evidentemente outra, e mesmo as versões híbridas de Compass e Renegade seguem no campo da especulação, reforçados pela alta dólar que impacta diretamente em seus custos de importação.
Localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a nova fábrica de motores ocupa uma área de 12 mil metros quadrados, com duas linhas de usinagem e uma linha de montagem que empregarão 350 funcionários. A capacidade inicial de produção é de 100 mil unidades por ano e sua implantação exigiu recursos da ordem de R$ 400 milhões. Mais R$ 100 milhões serão gastos ao longo de 2021 para a produção do T3.
Contabilizando a nova estrutura, a Stellantis afirma ter agora capacidade para produzir 700 mil motores e 500 mil transmissões à América Latina anualmente.
Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.

Nissan Kait 2026 terá faróis divididos estilo Renault Kardian para se distanciar do Kicks
Rally 4R leva Quatro Rodas de volta às suas origens para comemorar 65 anos
Honda HR-V 2026, a evolução da sofisticação
Novo Toyota Corolla 2027 evolui com design radical e terá versão elétrica
Até que ponto o VW Tera 1.0 é melhor que um Fiat Pulse Drive 1.3?







