A expansão dos carros elétricos tem feito a indústria repensar algumas normas e até mesmo abandonar equipamentos. Entre eles está o rádio AM, que para algumas fabricantes não estará presente em carros elétricos.
O rádio AM está em declínio há muito tempo no Brasil, mas ainda pode ter seus adeptos em alguns países. Por não ter tanto alcance com qualidade quanto FM, devido a interferências, rádios AM costumam veicular mais notícias de interesses regionais. Além disso, grande parte dos ouvintes das rádios dessa frequência as escuta enquanto estão no carro.
A Audi, BMW, Porsche, Tesla e Volvo já vendem seus elétricos sem rádio AM há anos. Inclusive, a BMW lançou o i3 e o i8 sem receptores AM. Originalmente, a Tesla tinha incluído o rádio AM no Model S, porém removeu aos poucos de sua linha em 2018.
Até os híbridos estão abandonando essa tecnologia, como os Volvo com mecânica T8. Porém, os da BMW ainda não largaram. Segundo as duas marcas, há um problema de incompatibilidade dos carros elétricos com AM, pois o campo eletromagnético dos motores geram interferência no som.
Ainda assim, carros elétricos de marcas como Ford, General Motors e Stellantis ainda não abandonaram totalmente e produzem alguns carros com rádio AM, inclusive em grandes modelos como Mustang Mach-E, Cadillac Lyriq, Chevrolet Bolt e Fiat 500e.
Quando questionados sobre o motivo de manter a tecnologia, enquanto algumas marcas europeias já abandonaram, afirmaram que o rádio AM foi caindo em desuso na Europa e a frequência foi sendo substituída pelo formato DAB, sendo uma forma mais avançada de transmissão. Os ouvintes e emissoras foram desaparecendo e, com isso, algumas montadoras decidiram tirar dos seus carros.
No Brasil, o governo assinou um decreto para o fim da rádio AM e as emissoras precisam fazer a conversão para o FM, pois o AM será extinto em 31 de dezembro de 2023.