Dez equipamentos que faziam sucesso nos carros do passado
Eles já foram símbolos de conforto, requinte e esportividade, mas hoje não fariam o menor sentido
Vento ventania
Até os anos 80, o quebra-vento tinha duas funções originais: melhorar a ventilação no banco da frente e reduzir a turbulência atrás quando o vidro estivesse aberto. Os engenheiros só não sabiam que ele viraria o principal acesso dos ladrões para violar o interior.
Top hit
Muito antes do MP3, do CD player e do Spotify, quem liderava as paradas era o vinil. Não estamos fando da bolacha que tocava nas vitrola, mas do revestimento externo de teto que adornou de esportivos a limusines entre os anos 60 e 80. O vinil melhorava o isolamento acústico e o movimento das oficinas: era um criadouro de corrosão.
Falso brilhante
Nenhum carro podia ser considerado esportivo sem um par de faróis de longo alcance sobre o para-choque. Apesar do charme, quando desregulados, mais ofuscavam que iluminavam. E eram um atentado à segurança dos pedestres e à aerodinâmica.
Regra três
Há 50 anos, chique era ter estepe sobre o para-choque traseiro. Ele tornou-se célebre depois do Continental Lincoln, que usava o recurso para liberar espaço para a bagagem. Ficou tão famoso que até outros carros passaram a oferecer o “kit continental”. Décadas depois, o Ford EcoSport transformaria o item em marca registrada dos aventureiros.
Roda viva
As rodas de liga leve só se tornaram populares no fim dos anos 70. Até então, para se diferenciar dos modelos mais simples, a solução dos esportivos era apelar para o sobrearo, em geral cromado e encaixado em uma roda de tala mais larga.
Bandeira branca
A borracha natural é branca, mas, para durar mais, o negro de fumo foi adicionado à banda de rodagem. A lateral branca era sinônimo de elegância e consumia energia e sapólio para ficar limpa. Na época, “pretinho” no pneu não tinha a menor chance.
Senta aqui
Houve época em que a maioria dos carros tinha a alavanca de marchas na coluna de direção, liberando espaço para um banco dianteiro inteiriço, para três passageiros. Insuperável na hora de namorar, ele hoje está quase extinto – um dos últimos a ter algo assim foi a Ford Ranger de cabine simples da geração anterior.
Exagerado
Houve um tempo em que cupês e até sedãs não tinham a coluna central, o que melhorava o visual e arejava a cabine. Incapaz de atender às legislações de impacto lateral, acabou perdendo apelo: hoje um dos únicos remanescentes é o Mercedes Classe E Coupé.
Dose dupla
A função dos para-choques é bem clara: evitar choques. Mas eram tão bonitos que acabaram criando as garras, que funcionavam como o para-choque do para-choque. Foram vistas pela última vez no fim da década de 80, já em para-choques de plástico.
Alala-ôoooo…
… mas que caloooor! Em alguns carros de duas portas, uma febre nacional até o início dos anos 90, o pobre passageiro de trás não tinha mais que o recurso basculante da singela janelinha. Era um alívio para quem ia na segunda classe que não deixou saudade.