Dez carros que parecem importados, mas são feitos no Brasil

Mesmo com o avanço da indústria nacional nos últimos anos, dizer que um carro é “importado” ou “nacional” gera diferentes status – sentimento importante para o consumidor brasileiro. Porém, o (novamente) avanço da indústria tem possibilitado que cada vez mais tenhamos por aqui uma produção de alto nível, com direito a marcas e modelos premium, e já com a presença da eletrificação.

Prova disso é que diversos carros que rodam pelas ruas brasileiras são, hoje, produzidos em solo nacional, mas carregam consigo o status de carro importado. É o caso de modelos da BMW, sempre alinhados com a Europa, e da Ram, com o primeiro modelo da marca desenvolvido fora dos EUA. Temos também o primeiro híbrido flex do mundo.

Sem mais spoilers, conheça modelos que muita gente pensa ser importados, mas que são feitos no Brasil.

Audi Q3

Após deixar de produzir o A3 no início de 2021, a Audi voltou a ser montado no Brasil em meados de 2022, na fábrica de São José dos Pinhais (PR), de onde também sai o Volkswagen T-Cross. A retomada aconteceu com o Q3, seguindo uma estratégia de mercado, já que o segmento dos SUVs é o de maior volume por aqui.

A unidade brasileira produz as configurações convencional (SUV) e Sportback (SUV cupê), sempre com motorização 2.0 turbo de 231 cv e 34,7 kgfm. O câmbio é de dupla embreagem com sete marchas e, a tração, é integral.

O Q3 é vendido nas versões Prestige (R$ 297.990), Performance (R$ 329.990) e Performance Black (R$ 358.990), enquanto o Q3 Sportback tem as mais caras, Performance (R$ 349.990) e Performance Black (R$ 378.990). Todas as versões são produzidas no Brasil.

BMW Série 3

Um dos carros premium mais vendidos do Brasil, o Série 3 é produzido na fábrica de Araquari (SC) desde 2014. Ou seja, a geração atual do sedã é a segunda a ter produção nacional, sem interrupções e com atualizações quase que simultâneas com a Europa.

Porém, nem todas as versões são nacionais: a híbrida 330e segue sendo importada. Por aqui, são feitas as variações da versão 320i, com motor 2.0 turbo de 184 cv, câmbio automático de oito marchas e tração traseira. O modelo custa R$ 322.950 na versão 320i GP, R$ 343.950 na 320i Sport GP e, R$ 363.950, na 320i M Sport.

BMW X1

O SUV de entrada da BMW também é produzido na unidade de Santa Catarina, ao lado do Série 3 e dos “irmãos” maiores que você verá a seguir. Assim como o sedã, o X1 só é produzido aqui em suas versões a combustão, já que a fábrica catarinense (ainda) não produz modelos eletrificados. Ou seja, deixe o iX1 de fora, já que ele é importado da Alemanha.

Por aqui, a produção é para o X1 sDrive18i GP (R$ 299.950), com motor 1.5 turbo de 156 cv, além do sDrive20i X Line (R$ 347.950) e do sDrive20i M Sport (R$ 368.950). Os dois últimos têm motor 2.0 turbo de 204 cv. A tração é sempre dianteira e, o câmbio, automático de sete marchas.

BMW X3/X4

A dupla de SUVs médios da BMW também é produzida na fábrica próxima a Florianópolis. No caso do X3, que se mantém como um SUV de formas convencionais, apenas a versão esportiva M40i é feita por aqui. Com motor 3.0 de seis cilindros em linha de 387 cv e 51 kgfm, câmbio de oito marchas e tração integral, ele e o X4 M40i, que tem o mesmo conjunto, são os carros mais potentes feitos no Brasil.

O X4, que trata-se de uma configuração cupê do X3, tem ainda a versão xDrive30i M Sport, com motor 2.0 turbo de 252 cv, câmbio de oito marchas e tração integral. Este começa em R$ 509.950, enquanto o X3 M40i custa R$ 604.950 e, o X4 M40i, se consagra como o carro mais caro (além de mais potente) feito no Brasil, custando R$ 649.950.

Caoa Chery Tiggo 8 Pro

Recém-atualizado, o Tiggo 8 Pro, maior modelo da Caoa Chery no Brasil, é nacional em sua versão a combustão – a híbrida segue importada. O modelo recebeu uma dianteira semelhante à do modelo eletrificado, mas a traseira é exclusiva, com lanternas interligadas. O interior também passou por uma reformulação e está mais tecnológico.

O SUV de sete lugares é produzido em Anápolis (GO), ao lado dos Tiggo 5X e 7, e parte de R$ 187.990. Sua motorização já é conhecida: 1.6 turbo de 187 cv e 28 kgfm, com câmbio de dupla embreagem.

Chevrolet Trailblazer

O Trailblazer, produzido em São José dos Campos (SP), é tão nacional que passou, recentemente, por uma atualização dedicada ao Brasil. Embora tenha mantido a traseira quase que a mesma de 2012, ele adotou uma nova dianteira, interior mais refinado e tecnológico, e passou por alterações no motor.

Agora o 2.8 turbo diesel tem 207 cv e 52 kgfm, e o câmbio é automático de oito marchas. A tração continua sendo 4×4. A versão única, High Country, tem sete lugares e parte de R$ 368.550. Mas há uma versão “secreta”, destinada a frotistas, com cinco lugares e pacote reduzido de equipamentos.

Jeep Commander

Produzido em Goiana (PE), o SUV de sete lugares da Jeep compartilha as linhas de montagem com Renegade, Compass, Ram Rampage e Fiat Toro, modelos com quem ele compartilha muita coisa – como plataforma, motores e peças de acabamento.

O Commander é vendido atualmente em seis versões, com diferentes motores, mas todas nacionais. A de entrada, Longitude (R$ 219.990), é a única com cinco lugares, e compartilha o motor 1.3 turbo flex de 185 cv com as seguintes, Limited (R$ 244.990) e Overland (R$ 266.990). Depois delas há a Overland TD380, única com motor 2.0 turbo diesel de 170 cv, por R$ 302.990.

Acima estão as configurações com motor 2.0 turbo a gasolina de 272 cv, que dão desempenho esportivo ao SUV. A Overland parte de R$ 311.290 e, a Blackhawk, ocupa o topo da gama por R$ 327.590.

Mitsubishi Eclipse Cross

O Eclipse Cross até tem cara de gringo por ser diferente e não ter um volume expressivo de vendas, mas é feito em Catalão (GO). Sempre com motor 1.5 turbo de 165 cv e câmbio CVT de oito marchas virtuais, o modelo começa em R$ 164.990 na versão Rush, de tração 4×2 dianteira, e chega aos R$ 219.990 na HPE-S AWC, a única com tração 4×4.

Ram Rampage

Primeiro modelo da Ram desenvolvido fora dos Estados Unidos, a Rampage é feita em Goiana (PE), utilizando a mesma base de Jeep Compass e Fiat Toro.

A picape tem cinco versões, duas delas com motor 2.0 turbo diesel de 170 cv e outras três com um 2.0 turbo a gasolina de 272 cv, o mesmo que passou a ser utilizado em Compass e Commander. As versões a diesel são as Rebel (R$ 254.990) e Laramie (R$ 265.990), enquanto as com motor a gasolina são as Rebel (R$ 263.990), Laramie (R$ 274.990) e R/T (292.990).

Toyota Corolla Hybrid

O primeiro carro híbrido flex do mundo também foi o primeiro híbrido a ser produzido no Brasil. Falamos sobre o Corolla, que é feito em solo nacional desde 1998, mas mudou de “casa” recentemente – deixou de ser produzido em Indaiatuba (SP) e teve sua linha transferida para Sorocaba (SP), ao lado dos demais nacionais da marca.

O Corolla tem toda a linha nacionalizada, a começar pelas versões GLi (R$ 150.790), XEi (R$ 160.490) e Altis Premium (R$ 185.190) com motor 2.0 aspirado de 177 cv. Surpreende, porém, o fato de as versões híbridas (com motor 1.8 + elétrico) também serem feitas por aqui como, já dito, o primeiro híbrido nacional. A versão Altis Hybrid custa R$ 187.790 e, a Altis Hybrid Premium, R$ 198.890.

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