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Audi para de fabricar no Brasil e novo A3 Sedan será importado

Marca alemã já havia afirmado que deixaria de fabricar no país se não recebesse do governo federal dívida milionária

Por Isadora Carvalho SEGUIR SEGUINDO
12 fev 2021, 19h27

Fábrica Volkswagen São José dos Pinhais — A unidade de São José dos Pinhas (PR) produzia modelos da Audi (Divulgação/Volkswagen)

A Audi cumpriu a promessa que havia feito desde de setembro do ano passado e suspendeu a produção do A3 Sedan na fábrica de São José dos Pinhais (PR). A decisão teria sido motivada por uma dívida milionária do governo brasileiro com a fabricante.

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Não houve nenhum posicionamento do governo federal sobre o pagamento do equivalente a R$ 289 milhões (considerando também as rivais BMW e Mercedes-Benz).

Audi A3 Sedan 35 TFSI MHEV

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Esse valor diz respeito à tributação adicional recolhida de veículos importados dos países fora do Mercosul – com sobretaxa de 30% quando o programa Inovar Auto começou a valer no país em 2012.

Naquela época, a promessa era devolver a diferença às empresas que nacionalizassem a produção.

“Assinamos um compromisso de pagar para receber de volta. E, até agora, não temos uma decisão”, disse o presidente da Audi do Brasil, Johannes Roscheck, em entrevista. “É difícil convencer a matriz a investir novamente em um mercado que não tem compromisso.”

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A Audi produziu o A3 hatch em São José dos Pinhais (PR) entre 1999 e 2006. Em 2015 retomou a produção na unidade, agora com o A3 Sedan, com o investimento de R$ 500 milhões na mesma fábrica.

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Mas a produção do A3 Sedan no Brasil foi interrompida em dezembro e o modelo até saiu do site oficial da marca alemã, mas só agora a notícia foi oficializada.

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Sem a quitação da dívida, a Audi apenas fez com que o sedã cumprisse seu cronograma de produção. A fabricante não desistiu de vender seu modelo de entrada no Brasil, mas ele chegará como importado no segundo semestre do ano e também na carroceria hatch.

A Audi sustenta em seu anúncio que apenas suspendeu a fabricação, pois, caso o estado ofereça contrapartidas, ela poderá voltar a ter uma operação fabril no Brasil (pela terceira vez).

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