Chevrolet cria programa para vender clássicos como Omega, Monza e Opala
Modelos passarão por restaurações com a chancela das equipes de design e engenharia da GM, e serão leiloados

A Chevrolet voltará a vender modelos clássicos como Monza, Omega e Kadett no Brasil. Trata-se do programa Vintage, que faz parte das comemorações do centenário da General Motors no país, e terá modelos antigos ofertados em leilões. O primeiro pregão acontecerá ainda em 2025.
De acordo com a Chevrolet, o Vintage foi criado de olho na crescente paixão pelo antigomobilismo e por uma nova geração de colecionadores, além do aumento da procura pelos carros neoclássicos. Assim, o programa oferecerá modelos históricos da GM no Brasil com a chancela da marca, envolvendo equipes de design e engenharia, e um comitê formado por profissionais internos e parceiros especializados. Em alguns casos, há ainda profissionais que atuaram nos projetos originais dos modelos.

Serão dois nichos explorados pelo programa. O primeiro é o da restauração, que buscará resgatar o máximo de originalidade possível para os modelos; o segundo, é o do restomod, que aplica algum grau de customização visual e mecânica aos carros, respeitando alguns limites.
Para a restauração, a Chevrolet diz que serão feitas análises minuciosas e criteriosas a partir da numeração de chassi de cada carro. Isso apontará para todos os detalhes originais, como equipamentos, acabamentos e peças utilizadas, tudo disponível em um acervo mantido pela empresa, com manuais, amostras de acabamento e bancos de dados técnicos e de imagens.

O Vintage promete ainda realizar as restaurações com rigor técnico da época, reproduzindo, por exemplo, ferramentais de pintura diferentes dos atuais. Isso permite que a pintura seja fiel à original. Também há um estoque de peças novas, com embalagens originais, esperando pelos modelos. Mas, caso haja necessidade, alguns componentes poderão ser produzidos.
Na modalidade de restomod, os veículos também passam por uma revitalização, mas podem receber elementos mais modernos de visual ou acabamento – desde que respeitem os padrões estéticos da marca em sua época ou, segundo a Chevrolet, que poderiam ter sido usados em carros-conceito da época. Também são permitidas alterações mecânicas, a serem avaliadas pela engenharia da marca.

Após os processos, os carros serão validados em laboratórios e no Campo de Provas da GM, em Indaiatuba (SP). Eles serão submetidos a testes de validação em diferentes tipos de pista para atestar especificações de dinâmica, ruídos, vibrações, dirigibilidade, rolagem e frenagem, para atestar o uso como um carro novo.
Eles podem ser seus
O Chevrolet Vintage será executado com modelos escolhidos pela marca que representem, de alguma forma, seu centenário no Brasil. Não há possibilidade ou planos de que carros de terceiros sejam restaurados pela marca. Todas as coleções serão temáticas, como a inicial, de dez modelos da década de 1990.

Porém, todos os clássicos restaurados serão vendidos através de leilões abertos aos interessados, que poderão participar de forma presencial ou virtual. Parte dos valores arrecadados será destinada a projetos sociais do Instituto General Motors.
Por enquanto, quatro dos dez modelos foram revelados – e dois deles serão leiloados ainda em 2025, embora a marca não revele quais. Primeiro carro nacional da Chevrolet com injeção eletrônica, o Monza 500 EF 1990 foi um dos modelos apresentados e recupera a aparência de novo. O mesmo vale para o Omega CD 1994, este que também ganhou atualização mecânica, com um upgrade de motor com kit Irmscher 3.6.

A marca mostrou ainda um Opala (pela modalidade restomod), que ganha caracterização SS 1979 e motor 4.1 atualizado com injeção eletrônica. Por fim, há uma S10 Rally 2004 adaptada para rodar no trânsito. Originalmente, a picape foi criada para competições off-road, como o Rally dos Sertões. Um quinto integrante foi anunciado, mas ainda não apresentado: um Kadett GSi 1992.