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União Europeia quer só elétricos a partir de 2035, mas poupará supercarros

Marcas mais exclusivas e de maior tradição terão maior prazo para se tornarem 100% elétricas - mas terão que seguir normas do Euro 7

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 jul 2022, 15h53
mclaren artura
McLaren Artura (Divulgação/McLaren)
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A União Europeia aprovou, na última semana, o acordo que proibirá novos carros a combustão a partir de 2035 em seus 27 países membros – entre eles, Alemanha, Espanha, França, Portugal e Suécia. A lei, porém, terá exceções e poupará – por pouco tempo – nomes como Ferrari, Bugatti e McLaren.

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De acordo com o site espanhol Diariomotor, uma emenda promovida por um grupo de deputados italianos avançou durante a discussão das novas normas. Não por acaso apelidada de “Emenda Ferrari”, a Emenda 121 prevê que dois tipos de fabricantes ganhem mais tempo para que se tornem totalmente elétricas, considerando questões de engenharia, mercado e tradição.

Ferrari 296 GTB BRASIL
Ferrari 296 GTB é modelo híbrido plug-in da italiana (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

A primeira exceção deverá ser para marcas que produzem menos de 10.000 unidades por ano, já que este não é um número considerado significativo pela neutralidade de emissões. Neste caso, as empresas terão um ano a mais para se adequarem – assim, a partir de 1º de janeiro de 2036, deverão seguir as regras já impostas às demais.

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A segunda brecha será aplicada a empresas com produção artesanal, cujas vendas não ultrapassam as 1.000 unidades anuais. É o caso de Morgan, McLaren, Aston Martin, Pagani, Bugatti e Koenigsegg, por exemplo. Para estas, um novo prazo ainda não teria sido estabelecido, já que as vendas reduzidas não seriam capazes de impactar nas emissões.

Bugatti Bolide
Bugatti Bolide (Divulgação/Bugatti)

Algumas destas marcas pertencentes ao segundo grupo fazem parte da Aliança Europeia de Fabricantes de Automóveis de Pequenos Volumes (ESCA). A associação já havia pedido medidas especiais para estas empresas, alegando impacto limitado nas emissões e um ciclo de vida maior de seus modelos.

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Valem, porém, duas observações. A primeira é de que a Ferrari, apesar do apelido da emenda, não faria parte de nenhum dos grupos, já que, em 2021, teria emplacado e vendido mais de 11.000 unidades. Nada impede, porém, que a marca contenha seus volumes para adequar-se às exceções.

Também é preciso dizer que, mesmo as marcas com prazos diferenciados, terão que cumprir as rigorosas normas de emissões do Euro 7. Então periga de venderem carros com, pelo menos, mecânica híbrida.

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