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Tudo que você realmente precisa verificar para seu carro não quebrar

Carros atuais dão menos dor de cabeça, mas ainda precisam de manutenção regular. Veja os itens que sempre devem constar na revisão preventiva

Por Fernando Miragaya
Atualizado em 25 jun 2023, 16h50 - Publicado em 27 abr 2023, 06h00
Audi RS6
A necessidade de manutenção diminuiu, mas ainda existe (Divulgação/Audi)
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Quem tem carro novo hoje sabe que os veículos evoluíram bastante e, em geral, dão menos problemas. Contudo, não é porque ele já cumpriu as revisões obrigatórias ou tem pouco tempo de uso que não precisa fazer manutenção. Mas quando eles devem ser checados?

Aí vem a nossa primeira dica: o manual do carro vai informar sobre quase tudo que precisa ser feito e os prazos de validade das peças.

“O Manual do Proprietário indica o que verificar e quando verificar, geralmente até 200.000 km. É a melhor referência, pois é baseado nos estudos estatísticos que as fábricas fazem para ver a média de deterioração dos componentes”, explica o engenheiro Edson Orikassa, vice-presidente da Associação de Engenharia Automotiva (AEA).

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A seguir, listamos as intervenções mecânicas que devem ser feitas regularmente para que seu carro não quebre por aí.

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  • Freios – Em geral as pastilhas são as que mais pedem trocas e têm durabilidade de, em média, 20.000 a 30.000 km. As pastilhas dão sinal de que o fim está próximo quando começam a emitir um ruído metálico. Já os discos duram mais tempo, mas também precisam ser checados. O fluido do freio, por sua vez, tem validade de tempo, em média cinco anos, pois absorve naturalmente água e umidade.
  • Óleo do motor – Nas revisões, as concessionárias usam o óleo específico para o carro. E isso deve continuar por toda a vida do veículo. O correto funcionamento do motor, para que ele trabalhe na temperatura ideal e com o menor atrito possível das peças metálicas, depende do lubrificante. As trocas de óleo e filtro, assim como as especificações do lubrificante, constam no manual. Mas, normalmente, os prazos são a cada 10.000 km. Óleo velho ou errado vai favorecer a formação de borra, aumentar o consumo de combustível e pode até quebrar o motor. E nada de completar além do máximo na vareta de medição do cárter. “Tem que ficar entre as marcações de mínimo e máximo, de preferência no meio. Aquele óleo em excesso vai ficar rodando dentro do conjunto mecânico e consumindo mais energia, o que acaba aquecendo mais o motor”, alerta Edson.
Troca de óleo
Troca de óleo é o que determina o intervalo entre as revisões (Reprodução/Quatro Rodas)
  • Caixa de câmbio – Outro item que deve ser inspecionado regularmente, seja qual for a idade ou quilometragem do automóvel. O óleo do câmbio precisa ser trocado conforme orientação da montadora no manual. Tem carro que garante o óleo da caixa até os 240.000 km, mas tem outros em que a troca deve ser feita pela metade desse tempo. Então, olho no livrinho. “A troca no prazo correto evita a saturação, a baixa eficiência de circulação, impede a entrada de contaminantes no sistema de transmissão, que podem gerar a perda de rendimento e trepidação, e, em casos mais graves, evita o travamento do câmbio devido ao desgaste”, alerta Plinio Fazol, gerente de marketing da Tecfil. Bom lembrar que o nível do óleo de câmbio nunca baixa, caso contrário pode haver algum vazamento.
  • Sistema de arrefecimento – As montadoras recomendam trocas regulares da água (desmineralizada) do radiador e também detalham que tipo de aditivo que deve ser posto no sistema. A troca do líquido que circula dentro do motor pode ter intervalos entre 2 anos e até 10 anos. Vale ficar atento: tem concessionária que tentar empurrar a troca em todas as revisões. 
  • Pneus – Os pneus não fazem parte do plano de revisões, contudo merecem tanta atenção quanto os freios. O motorista deve ficar atento à calibragem semanal, ao rodízio (de acordo com a recomendação da fábrica) e ao desgaste (observando o indicador TWI, que existe na banda). Pneu também tem validade, em geral de cinco anos. Se você não lembra a data da compra, na própria borracha existe a marcação de um número “DOT”. Lá constam a semana e o ano de fabricação.
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Direção por cabos pode tornar alinhamento e balanceamento obsoletos
Serviço de alinhamento costuma ser indicado a cada 10.000 km (Divulgação/Honda)
  • Alinhamento e balanceamento – Isso também não consta nas manutenções oficiais, mas são recomendados pelas fabricantes em caso de troca de pneus – algumas marcas indicam os intervalos regulares para o serviço. Alinhamento e balanceamento também podem ser feitos caso o veículo tenha caído em um buraco ou o motorista perceba excesso de trepidações no volante, desgaste irregular dos pneus ou que o carro esteja puxando mais para algum dos lados.
  • Correia dentada – O tempo de duração da peça costuma estar no manual, mas como a correia dentada é um componente que, se arrebentar, pode afetar o motor, vale checar a cada 10.000 km.
  • Velas de ignição – O desgaste e a sujeira nas velas são normais, mas conforme o carro elas podem durar mais de 50.000 km. Porém, as montadoras geralmente recomendam a checagem das velas a cada revisão. Sendo que, algumas fabricantes indicam fazer a limpeza do componente e a regulagem dos eletrodos, juntamente com a verificação de cabos de velas e bobinas.
Velas
Velas de ignição (Divulgação/Quatro Rodas)
  • Filtros – Além do filtro de óleo, que deve ser substituído nas trocas do lubrificante, os filtros de ar do motor (elemento) também têm prazo de duração entre 20.000 e 30.000 km.
  • Bateria – A bateria tem validade. Geralmente as de segunda linha, mais baratas, duram até 18 meses. Já as de primeira linha podem durar até três anos. A peça deve ter a amperagem recomendada para o carro.
  • Direção hidráulica – A assistência hidráulica da direção demanda fluido específico, que deve ser verificado conforme orientação da montadora, em geral entre 30.000 e
    40.000 km. Esse óleo, se muito baixo ou fora da validade, pode sobrecarregar a bomba hidráulica e até travar o volante.
  • Limpador de para-brisa – Se em funcionamento o limpador estiver agarrando no vidro ou fazendo muito barulho, pode ser sinal de que já está em fim de vida. Também é possível observar se a borracha da palheta está ressecada, com as pontas irregulares.
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