Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Preço das peças varia mais de 70% conforme a versão do carro

Dependendo da versão, o mesmo modelo pode ter peças com valores e benefícios muito diferentes - e bem maiores

Por Gustavo Henrique Ruffo
Atualizado em 3 Maio 2021, 16h30 - Publicado em 3 jan 2017, 11h02
Cuidado ao escolher o carro básico e sua versão top: o custo de reparação pode variar mais do que você imagina
Cuidado ao escolher o carro básico e sua versão top: o custo de reparação pode variar mais do que você imagina (Mauricio Planel/)
Continua após publicidade

Muita gente faz pesquisas e mais pesquisas antes de comprar um carro e, no fim, escolhe a versão mais cara, por ser a mais equipada. Mas o que o comprador não sabe é que, numa leve batida, pode descobrir que há outra (enorme) diferença entre as versões: parte das peças que terá de trocar custa os olhos da cara.

Os faróis de led custam o dobro dos convencionais. Assim como os retrovisores elétricos, retráteis e com aviso de ponto cego, se não tiverem câmeras. Esse choque, cada vez mais comum para o consumidor brasileiro, não é novidade no exterior, mas mostra uma tendência: o mesmo carro pode ter preços muito diferentes de peças, dependendo da versão.

“Componentes mais sofisticados realmente têm preços mais altos. Enquanto um farol halógeno custa de R$ 2.000 a R$ 3.000, um de xenônio pode ser vendido de R$ 9.000 a R$ 10.000″, diz o engenheiro Alessandro Rubio, da Comissão Técnica de Segurança Veicular da SAE Brasil.

“Vale ressaltar que existe um benefício nesse plus. Peguemos um retrovisor com aviso de ponto cego. Ele é mais caro, mas identifica que tem um veículo ao seu lado que você poderia não ter visto, diminuindo o risco de acidente. Em outras palavras, ele é mais caro, mas a tendência de ter de ser substituído é menor.”

O exemplo mais recente do fenômeno é o novo Honda Civic. Em sua versão Sport, a mais simples, seu farol direito, halógeno, custa na média R$ 1.400. O da Touring, de leds, sai por R$ 2.500 – uma diferença de 78,6%.

Continua após a publicidade

Pesquisamos também os retrovisores das duas versões. Enquanto o direito da Sport, simples, custa cerca de R$ 650, o da Touring, rebatível e com câmeras, é vendido em média por R$ 1.120, um aumento de 72,3%.

“Um fato que mostra bem essa nova realidade é o valor das revisões, que em geral são iguais para qualquer versão”, explica Julian Semple, consultor sênior da Carcon Automotive. “Porém, assim que é preciso trocar uma peça danificada, vem o susto. O Ford Focus tem versões de R$ 75.000 a R$ 107.000. Dá para imaginar a diferença no preço entre um farol halógeno da versão de entrada e o bixenônio adaptativo da versão mais cara.”

Nem é preciso imaginar a diferença que Semple menciona. O farol halógeno do hatch custa R$ 899, enquanto o bixenônio adaptativo sai por R$ 4.547: um degrau de 405,8%.

Continua após a publicidade

E esse nem é o exemplo mais extremo. Eduardo de Oliveira Neves, da oficina Nipo-Brasileiro, dá a dica sobre uma peça de mecânica: a embrea­gem da Chevrolet Meriva manual frente a da Easytronic.

O kit da versão manual, com o atuador, sai por R$ 555, mas as autorizadas o oferecem com desconto, por R$ 300. O da Easytronic, original, custa R$ 3.588, mas os vendedores oferecem um “kit alternativo”, por R$ 1.500. Com os valores originais, sem descontos ou gambiarras, a diferença é de 545,9%.

Custo da calibração

Há ainda mais itens que encarecem o conserto: gra­des cromadas, acabamentos, se o veí­culo tem ou não faróis de neblina… “Em caso de acidente, a substituição desses componentes será mais cara. E não éa questão das peças em si. Modelos com sistema de frenagem autônoma com sensor no para-brisa exigem calibração dos sensores em caso de troca. Isso pode influenciar no valor do seguro, com franquias eventualmente maiores”, diz Rubio.

Continua após a publicidade

Curiosamente, os para-brisas não têm valores tão diferentes. Enquanto o do Civic Sport custa, em média, R$ 1.000, o do Touring sai por R$ 1.200. “Os para-brisas vêm normalmente apenas com o vidro, mesmo que tenham sensores”, diz Rubio.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.