Por que o velocímetro vai muito além da velocidade possível?
No fundo, é só marketing para atiçar a imaginação do consumidor
Por que um velocímetro vai até 240 km/h, caso da Fiat Toro, se o automóvel muitas vezes não passa de 190 km/h? – Juliano Souza, Juiz de Fora (MG).
A razão é simples: questão de marketing, principalmente. E isso ocorre com todos os fabricantes de automóveis. A diferença é que alguns exageram mais, outros menos.
Essas empresas adotam velocímetros cuja escala vai muito além da velocidade máxima efetiva – mesmo considerando o erro do velocímetro (que geralmente exibe uma velocidade maior que a real), influência do vento ou declives da pista – como uma forma de passar a impressão de um desempenho maior do que de fato o veículo tem.
No caso da Toro, a própria Fiat explica que não há um padrão estabelecido de escala do velocímetro para os seus carros, podendo variar de um modelo para outro.
O do Punto T-Jet, por exemplo, indicava otimistas 270 km/h, enquanto a máxima divulgada pela própria fábrica era de 203 km/h. Outro caso clássico foi o do Renault Clio 1.0, que durante certo tempo teve um velocímetro com escala até os 250 km/h.
Mas o mais emblemático talvez seja o do Effa M100, famoso por não ter completado nosso teste de Longa Duração por deficiências no produto e na rede de pós-venda. Apesar de a fábrica divulgar uma máxima de 120 km/h (no teste da QUATRO RODAS em 2008, ele atingiu apenas 117 km/h), seu velocímetro ia até 200 km/h.
Haja coração!