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Isofix será obrigatório a partir do ano que vem

Em 2018, os novos projetos de carro sairão de fábrica com Isofix. Em 2020, a regra vai valer para todos os automóveis

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 Maio 2021, 16h01 - Publicado em 18 jul 2017, 17h08
cadeirinha isofix
(Skoda/Divulgação)

Metade dos veículos novos vendidos no país é equipada com os sistemas Isofix ou Latch, segundo dados da Jato Dynamics. E esse número está prestes a mudar – para melhor.

A partir de 2018, a resolução 518 do Contran obrigará todo novo projeto de automóvel, SUV e picape dupla a ter pontos de ancoragem para cadeirinhas infantis. Dois anos depois (em 2020), a regra passará a valer para todos os modelos à venda no Brasil.

“O Isofix é o sistema de retenção infantil mais avançado disponível”, diz Juliana Lopes, coordenadora de infraestrutura de trânsito do Dena­tran. Esse tipo de fixação possui travas na cadeirinha no formato de garras, que são encaixadas em um ponto fixo na estrutura do veículo.

Hoje, no Brasil, como o Isofix não é obrigatório, a maior parte das cadeirinhas não oferece o sistema. As melhores opções do mercado você encontra aqui.

Assento traseiro com fixação Isofix do 3008 Griffe modelo 2011 da Peugeot
(Arquivo/Divulgação)
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“Os crash-tests feitos pelos institutos Latin NCAP e Euro NCAP mostram que o Isofix reduz o deslocamento do pescoço, ombros e coluna cervical”, afirma Maria Inês Dolci, coordenadora da Proteste, associação de defesa do consumidor.

Segundo o NHTSA (Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA), o uso do dispositivo reduz em até 40% o risco de lesão grave em crianças.

Desde 2008, a Lei da Cadeirinha estabelece que bebês e crianças só podem ser transportados em assentos infantis (de qualquer tipo) indicados segundo a faixa etária e o peso. Como reflexo, as mortes de menores de 10 anos caíram 23% no Brasil.

seguranca
Sem o Isofix ou Latch, o risco de as cadeirinhas se desprenderem é muito grande (Arquivo/Quatro Rodas)
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“A obrigatoriedade do Isofix reduzirá ainda mais o número de lesões graves e mortes de crianças”, diz José Ramalho, presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária.

O Inmetro certificou as cadeiras Isofix em 2014, mas mesmo assim é difícil encontrá-las, e seus preços ainda são altos – custam a partir de R$ 1.600.

“Há tecnologia no Brasil para produzir aqui o Isofix e creio que, em 2018, o consumidor encontrará o produto com mais facilidade e a um custo mais acessível”, diz Monique Schachter, gerente de produto das marcas Maxi-Cosi e Infanti, líderes do mercado de cadeirinhas.

COMO FUNCIONA O SISTEMA ISOFIX

Isofix
(Reprodução/Divulgação)
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A cadeirinha do tipo Isofix não é presa no cinto, mas em dois pontos de apoio soldados à estrutura do carro. Há ainda um terceiro ponto, que pode ser de fixação superior (top tether), atrás do encosto, ou uma perna de apoio.

Cada garra de engate se encaixa num ponto de fixação. Depois, é só apertar o botão para soltá-lo.

QUAL A DIFERENÇA EM RELAÇÃO AO LATCH?

Latch
(Reprodução/Divulgação)

No Isofix, a fixação da cadeira é feita por dois terminais rígidos. Já o sistema Latch (padrão comum nos Estados Unidos) usa ganchos presos por tirantes flexíveis.

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Como são necessários três pontos de ancoragem, o veículo precisa dispor obrigatoriamente do top tether. A certificação Isofix é mais rigorosa, pois contempla testes de colisão traseira e de capotagem.

No Latch é necessário prender os ganchos e ajustar uma fivela para eliminar a folga das cintas. Essa etapa é dispensável no Isofix, pois os ganchos de engate são rígidos.

Ambos são mais seguros que a fixação no cinto de segurança.

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