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Volvo C30 Electric: viável no dia-a-dia

Proposta do modelo é ser eficiente sem grandes mudanças no cotidiano

Por Márcio Murta
Atualizado em 9 nov 2016, 08h02 - Publicado em 19 dez 2012, 08h10
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Carros elétricos ainda são pouco conhecidos no Brasil e muitas dúvidas aparecem quando a gente se depara com um deles. Surgem questões como “O tempo de recarga não é muito longo?” ou “A autonomia não é limitada?” – e, no fundo, a grande dúvida é se um carro elétrico pode ser viável no cotidiano. A Volvo trouxe o C30 Electric ao Brasil apenas para exibição e QUATRO RODAS realizou um rápido test-drive, com o qual pudemos ter uma idéia de como seria o seu uso no dia-a-dia. A impressão geral é que, sim, o convívio com um modelo elétrico pode ser absolutamente normal.

Visualmente, o C30 Electric se diferencia pelas rodas com tom esverdeado na parte interior, adesivos de identificação da motorização elétrica e pela entrada para o plug da tomada na grade dianteira. No interior, o painel de instrumentos traz, ao invés do conta-giros, um marcador para exibir a potência (em kW) utilizada ou o quanto o armazenador está sendo recarregado — situação que ocorre nos momentos de desaceleração.

Na hora de trafegar, o C30 Electric agrada. O mais incomum é o silêncio do motor de 111 cv e 22,4 mkgf de torque, que impulsionou o carro com vigor nas vias repletas de aclives e declives de um condomínio fechado em São Paulo, onde o modelo foi avaliado. Segundo a Volvo, o C30 Electric precisa de cerca de 11 segundos para acelerar aos 100 km/h. Os freios apresentaram funcionamento progressivo e a suspensão esconde com facilidade o 280 kg adicionais agregados pelo conjunto de bateria de Ions de Lítio (com 22,7 kWh de capacidade de armazenamento).

A autonomia máxima do C30 Electric é de 150 km, mas essa quilometragem pode ser reduzida de acordo com o modo de condução, tráfego pesado e também devido ao uso de equipamentos que drenam energia elétrica, como o ar-condicionado e sistema de som. Um motorista que trafega regularmente cerca de 30 km por dia em condições ideais, por exemplo, será obrigado a recarregar as baterias depois de quatro dias de uso, no máximo, para evitar que o modelo “apague”. Dessa forma, sua proposta é exclusivamente urbana. Mais do que isso, o eventual futuro proprietário do hatch elétrico terá que planejar deslocamentos mais longos com cautela, de forma a ter energia para retornar ao local de origem ou dispor de tempo e uma tomada para recarregar as baterias.

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A questão da recarga, que é um dos grandes pontos de interrogações em relação aos modelos elétricos, pode não ser tão dramática quanto parece no caso do C30. Não é necessário ter uma pequena estação para recarregar o armazenador, basta ter à disposição uma tomada com tensão de 220V e o cabo fornecido pela marca. Isso permite com que seu usuário plugue o modelo na tomada em sua residência e também em seu local de trabalho.

A Volvo disponibiliza quatro níveis de amperagem para a recarga: 6A, 8A, 10A e 16A – quanto mais simples a instalação elétrica do local, menor deve ser a amperagem utilizada. E, quanto menor a amperagem, mais lento será o reabastecimento: com 6A, são necessários mais de 19 horas para recarregar o sistema por completo; com 16A, a restituição completa da energia da bateria acontece em até 7 horas.

Perante a cultura atual, a autonomia limitada e a necessidade constante de atenção para a recarga de um veículo elétrico pode parecer um retrocesso se tratarmos apenas da comodidade, sem considerar questões ambientais. Um veículo comum precisa de poucos minutos para ser reabastecido e, com gasolina no tanque de combustível, pode percorrer com facilidade (em média) cerca de 400 km em ciclo urbano. Incluir um automóvel com essas novas característica necessitaria de adaptações. Mas não é Impossível: é apenas questão de hábito.

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