Um carro que está no topo da cadeia alimentar automotiva como o Classe S enfrenta o constante desafio de manter sua excelência. Mesmo assim, a Mercedes conseguiu adicionar mais requinte e eficiência à versão reestilizada do modelo, que parte de R$ 784.900.
Por fora, as mudanças pontuais incluem novos faróis, para-choques e até alteração no nome: sai o 500 e entra o 560. O “L”, referente à versão alongada em 10 cm, foi mantido.
A principal novidade do modelo está por trás dos para-choques e faróis adaptativos de led reestilizados. O novo V8 4.0 biturbo de 469 cv tem 14 cv a mais, apesar do pico de 71,4 mkgf ter subido para 2.000 rpm, 200 rpm acima do antigo S 500.
A enorme lista de itens de série inclui bancos traseiros individuais com massagem, ventilação e até um modo chofer. O comando posiciona o banco dianteiro totalmente para a frente, abrindo espaço para que um adulto consiga esticar suas pernas.
Nas telas traseiras é possível ver TV, filmes ou até mesmo dados da rota e GPS do carro. Só não é como um avião porque as mesas traseiras retráteis são opcionais de R$ 23.400.
Aliás, se o interessado no S 560 L quiser todos os equipamentos ofertados à parte no Brasil, ele precisará desembolsar R$ 314.900 a mais.
Mas dá para abrir mão do teto solar de transparência variável ou da geladeira embutida no assento traseiro, pois o conforto proporcionado pelo ótimo isolamento acústico da cabine e a suavidade da suspensão a ar seguem inerentes ao Classe S.
E o empresário que não fizer questão das cortinas elétricas e do porta-copos refrigerado não se decepcionará. Ao volante, o S 560 L acelera com um vigor desproporcional à carroceria de 5,25 metros de comprimento e mais de 2 toneladas.
Mais impressionante que a aceleração até os 100 km/h em 5,3 segundos em nossos testes foram as ótimas retomadas, sempre abaixo dos 3 segundos, proporcionadas pelo câmbio automático convencional de nove marchas.
Os freios superdimensionados e pneus largos também entregaram índices de frenagens adequados para o porte do modelo.
Faltam ao Classe S algumas traquitanas tecnológicas como o tablet oferecido no BMW Série 7 ou a suspensão eletromecânica do novo Audi A8, mas nenhum dos dois carrega o peso – e o status – da estrela de três pontas grudada no capô.
O S 560 L pode não ser o modelo mais moderno ou rápido do segmento. Mas, até o momento, é um dos melhores Mercedes de todos os tempos. E, para muitos, isso basta.
Veredicto
O mais luxuoso dos Mercedes entrega um rodar suave e requintado a todos os ocupantes. Mas seu melhor lugar é no banco traseiro.
Teste – Mercedes S 560 L
Aceleração de 0 a 100 km/h: 5,3 s
Aceleração de 0 a 1.000 m: 23,7 s – 236,2 km/h
Velocidade máxima: 250 km/h*
Retomada de 40 a 80 km/h: 2,3 s (em D)
Retomada de 60 a 100 km/h: 2,6 s (em D)
Retomada de 80 a 120 km/h: 2,8 s (em D)
Frenagens de 60/80/120 km/h a 0: 15,2/27/60,9 m
Consumo urbano: 7,9 km/l
Consumo rodoviário: 13,3 km/l
Ficha técnica:
Preço: R$ 784.900
Motor: gasolina, dianteira, longitudinal, 8 cilindros em V, biturbo, 32V, 3.982 cm³; 83 x 92 mm, 10,5:1, 469 cv a 5.250 rpm, 71,4 mkgf a 2.000 rpm
Câmbio: automático, nove marchas, tração traseira
Suspensão: braço sobreposto (d) / multibraço (t)
Freios: disco ventilado (dianteira e traseira)
Direção: elétrica, 12,3 m (diâmetro de giro)
Rodas e pneus: liga leve, 245/45 R19 (d) / 275/45 R19 (t)
Dimensões: comprimento, 522,5 cm; largura, 213 cm; altura, 149,4 cm; entre-eixos, 316,5 cm; altura livre do solo, 12,6 cm; peso, 2.070 kg; tanque, 80 l; porta-malas, 530 l
Principais itens de série: bancos traseiros elétricos reclináveis com massagem, aquecimento e ventilação, suspensão a ar, sistema de entretenimento traseiro, faróis em leds adaptativos, assistente para condução semiautônoma.