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Teste: Fiat Pulse Drive 1.3 CVT é (bem) mais econômico que o 1.0 turbo

Levamos para a pista a versão mais barata da linha, entre as equipadas com câmbio automático. Veja como ela se saiu

Por Paulo Campo Grande
17 jan 2022, 11h46
Pulse 1.3 CVT
Pintura em duas cores era um item oferecido como opcional para o Pulse 1.3 CVT, perdido em 2023 (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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É assim: a gente sonha com as versões topo de linha, que são sempre as mais caprichadas no acabamento e equipadas, mas termina comprando as básicas ou intermediárias, na maioria das vezes, pelo preço mais em conta. Hoje, pelo menos, isso não quer dizer que você estará mal servido de equipamentos.

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Apresentado em cinco versões (Drive, Drive CVT, Drive Turbo, Audace e Impetus) e mais uma (Abarth) a caminho, o Fiat Pulse não nos deixa fugir à regra. Como no lançamento mostramos a versão mais completa Impetus, agora trazemos a Drive CVT, que é a básica equipada com câmbio automático CVT.

Pulse 1.3 CVT
Derivado do Argo, o Pulse herdou portas, teto, vidros e para-brisa do hatch (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A Drive simplesmente, com câmbio manual, custa menos. Mas até mesmo os mais preocupados com os custos têm rejeitado a transmissão manual no segmento de SUVs. Isso porque, na hora da revenda, essa configuração tem menor procura e perde mais valor.

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O preço de tabela do Pulse Drive é de R$ 87.990, enquanto o do Drive CVT sobe para R$ 96.990 e o do Impetus chega a R$ 123.490 (de novembro para cá, os preços já subiram, o que levou os primeiros compradores a processarem a Fiat).

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Pulse 1.3 CVT
GPS e carregador wireless são opcionais. Mas o ar-condicionado e o painel de instrumentos com visor LCD são de série (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O Pulse Drive CVT que a fábrica nos emprestou possui vários itens oferecidos em pacotes opcionais, como a cor vermelha com o teto preto e, internamente, equipamentos como chave presencial, partida remota, GPS, câmera de ré e carregador de celular sem fio.

Assim, com os pacotes Pack Connect Me e Pack Plus (que inclui o teto em cor contrastante), o preço chega a R$ 105.010 (ou R$ 106.010 com a central de 10,1 polegadas, que não equipa o carro testado) valor suficiente para o comprador pular para a versão imediatamente superior, a Drive Turbo, por R$ 106.990, que traz o novo motor 1.0 turbo como diferencial. Mas se o objetivo é gastar com parcimônia, melhor focar na versão Drive CVT, sem opcionais, e ver se ela atende suas expectativas.

Pulse 1.3 CVT
Cabine tem bom espaço interno. Porta-malas leva 415 litros. Rodas são aro 16 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O pacote básico de equipamentos do Pulse não exige sacrifícios. De série, a versão Drive CVT vem com quatro airbags, ar-condicionado digital e automático, controle de tração e estabilidade e sistema TC+ (que ajuda a direcionar o torque para a roda com tração).

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Completa a lista faróis de LED, central multimídia de 8,4 polegadas, rodas de liga leve aro 16, assistente de partida em rampa, alerta de frenagem e modo Sport (que altera as respostas de direção, acelerador e câmbio).

Pulse 1.3 CVT
Motor 1.3 aspirado gera 107 cv. (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A maior diferença das versões Drive e Drive CVT para as demais é o motor. Elas são equipadas com o motor 1.3 Firefly Flex aspirado, de 107 cv de potência e 13,7 kgfm de torque, enquanto as outras trazem o novo motor 1.0 de três cilindros, com turbocompressor e injeção direta, flex, que rende 130 cv e 20,4 kgfm (com etanol). O câmbio é sempre CVT com sete marchas simuladas.

Cada escolha tem perdas e ganhos. No desempenho, o motor turbo apresenta respostas mais rápidas e o carro fica mais gostoso de dirigir. Nas acelerações, enquanto o Impetus fez de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, o Drive ficou com o tempo de 13,9 segundos.

Mas, no consumo, as posições se invertem, com o Impetus conseguindo as médias de 10,4 km/l, na cidade, e 14,2 km/l, na estrada; e o Drive, 13 km/l e 17,8 km/l, respectivamente (sempre com gasolina). Só não dá para comparar com o consumo do Argo 1.3, pois ainda não testamos o hatch com o motor atualizado para 107 cv (antes, tinha 109 cv). O antigo motor cravou 13 km/l na cidade e 16 km/l na estrada.

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Pulse 1.3 CVT
Diferentes texturas ajudam a quebrar a monotonia das peças de plástico (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Na cabine, como era esperado, o acabamento é mais simples. Mas, apesar da predominância de plásticos pretos, há grande variedade de texturas entre as peças, o que ajuda a tornar o conjunto mais bonito.

Em alguns lugares fica claro a opção dos projetistas por cortar custos. Um deles é na dobra da tira do cinto de segurança do passageiro da frente, em substituição à presilha que normalmente é usada com a finalidade de segurar a fivela, quando o cinto está fora de uso, impedindo que ela bata na coluna da cabine, produzindo um barulho incômodo para quem está dirigindo.

Pulse 1.3 CVT
Câmbio CVT tem sete marchas simuladas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Em relação à qualidade construtiva, no geral a impressão foi boa. Mas, na unidade avaliada, a tampa do porta-luvas estava desalinhada em relação ao painel.

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Encontrar a melhor posição de dirigir é fácil graças ao banco do motorista com trilho longo e regulagem milimétrica do encosto, apesar de o volante ter apenas ajuste em altura. A ergonomia é bem resolvida, embora o para-brisa distante do motorista cause a sensação de que se está ao volante de uma minivan.

Na traseira, o espaço para as pernas surpreende. Pelo menos foi essa sensação que eu, que tenho 1,71 m de altura, tive depois de ajustar o banco dianteiro para mim. No final do teste, a conclusão é de que a versão Drive CVT não decepciona e oferece uma boa relação custo/benefício.

Veredicto – O Pulse Drive 1.3 CVT tem acabamento é mais simples, mas custa menos e é mais econômico que seus pares equipados com motor turbo. E pode ficar quase tão equipado quanto eles, ao se pagar por opcionais.

Teste – Pulse Drive 1.3 CVT

  • Aceleração
    0 a 100 km/h: 13,9 s
    0 a 1.000 m: 35,5 s – 147,8 km/h
  • Velocidade máxima: 177 km/h (dado de fábrica)
  • Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 5,8 s
    D 60 a 100 km/h: 7,5 s
    D 80 a 120 km/h: 10,7 s
  • Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 12,3/23,4/50 m
  • Consumo
    Urbano: 13 km/l
    Rodoviário: 17,8 km/l
  • Ruído interno
    Neutro/RPM máx.: 41,8/65,3 dBA
    80/120 km/h: 63,3/70,3 dBA
  • Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 96 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em 5ª marcha: 1.800 rpm
    Volante: 2,5 voltas
  • Seu Bolso
    Preço básico: R$ 93.990
    Garantia: 3 anos
    Condições de teste:
    alt. 660 m; temp., 32,5 °C; umid. relat., 60%; press., 1.012,5 kPa

Ficha Técnica – Pulse Drive 1.3 CVT

Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cil., 8V, 1.332 cm³, 107/98 cv a 6.250 rpm, 13,7/132, kgfm a 4.000 rpm
Câmbio: CVT, 7 marchas, tração dianteira
Direção: elétrica, 10,7 m (diâmetro de giro)
Suspensão: ind. McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.)
Pneus: 195/60 R16 Rodas: liga leve, 16’’
Peso: 1.187 kg
Dimensões: comprimento, 409,9 cm; largura, 177,4 cm; altura, 157,6 cm; entre-eixos, 253,2 cm; porta-malas, 415 l, tanque, 52 l

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Quatro Rodas 753 janeiro 2022 (1)
(Arte/Quatro Rodas)
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