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Nissan confirma Leaf para o Brasil. E nós já andamos no elétrico

Segunda geração do hatch chega ao país em 2019 e em mais sete países da América Latina. Sem incentivos fiscais, preço deve esbarrar nos R$ 200.000

Por Ulisses Cavalcante, de Las Vegas (EUA)
9 mar 2018, 16h06
Leaf chega à sua segunda geração como o elétrico mais vendido do planeta – 300.000 unidades nas ruas (Divulgação/Nissan)

A Nissan confirmou hoje (9), que trará a segunda geração do Leaf ao Brasil. Na América Latina, a Argentina será o primeiro país a receber o elétrico. Os demais serão Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Porto Rico e Uruguai.

Sem utilizar uma gota de gasolina ou etanol, ele funciona 100% com eletricidade. E nós já andamos no modelo.

 

Carroceria em dois tons, com coluna C do tipo flutuante (Divulgação/Nissan)

O hatch apresentado em 2010 chega totalmente renovado como o elétrico mais vendido do mundo – já são 300.000 unidades comercializadas.

Outra surpresa: deve será vendido no Brasil pela primeira vez – é uma das estrelas da Nissan no Salão do Automóvel, em novembro.

Elétrico e conectado, Leaf mantém-se sozinho na faixa com o ProPilot (Divulgação/Nissan)

Por aqui, a versão anterior só rodou de forma experimental. Claro, ainda não se fala em preço, mas o Leaf deve custar por volta de R$ 200.000 – sem incentivos ou isenções fiscais, benefícios que os elétricos dispõem na maior parte dos países que estão apostando na eletrificação.

Além do upgrade no visual, o novo Leaf cresceu. Ele está mais potente, mais tecnológico e vai mais longe com uma só carga. A primeira geração nasceu com baterias de 24 kWh – agora são 40 kWh. É quase o dobro.

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Oito anos atrás, porém, o Leaf podia rodar 120 km sem recarregar – hoje anda até 240 km. É o dobro. Também houve avanço na recarga. Numa tomada de alta corrente, bastam 30 minutos para rodar 140 km. Porém, numa tomada comum, de 120 V, são necessárias 16 horas.

Bancos são elétricos no Leaf (Divulgação/Nissan)

A autonomia maior foi atingida sem comprometer o espaço na cabine – as baterias são as mesmas, instaladas no assoalho, sob os assentos. A diferença está na densidade das células, capazes de armazenar mais energia.

Outro truque está na aerodinâmica: o formato esquisitão do Leaf 1 tinha Cx de 0,29. A carroceria redesenhada, além de ser visualmente agradável, baixou esse coeficiente para 0,28.

Ao volante, o Leaf 2 revela-se extremamente ágil. A direção elétrica conta com relação curta, o que resulta em agilidade nas manobras.

Carregador residencial fica na frente do capô (Divulgação/Nissan)

A suspensão recebeu barras de rolagem 10% mais rígidas. E a concentração de peso na parte de baixo reduz o centro de gravidade da carroceria.

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Some todas essas qualidades e acrescente o novo motor elétrico de indução por corrente alternada. O resultado é óbvio: é quase um esportivo em uso urbano.

São 149 cv e 32,6 mkgf – o Leaf de 2010 desenvolvia 108 cv. Potência, de fato, não é o mais impressionante. Mas estamos olhando para o número errado: o torque é semelhante ao de um motor a gasolina 2.0 turbo de quatro cilindros.

Quadro de TFT configurável no hatch (Divulgação/Nissan)
Seletor de modos na nova geração do Nissan Leaf (Divulgação/Nissan)

E com outra vantagem: toda essa força está disponível o tempo todo – motores à combustão têm pico de torque e potência em uma faixa restrita (e elevada) de rotação.

A Nissan estreia o E-pedal, recurso de direção que praticamente dispensa o uso do freio no trânsito. Ou seja, o motorista precisa manter o pé no acelerador o tempo todo.

Ao aliviar o pedal, o sistema de regeneração de energia entra em ação e a resistência do motor elétrico desacelera o veículo à razão de 0,2 g. Esse conceito de um pedal já existe no BMW i3 e, mais recentemente, no Chevrolet Bolt.

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O inédito e-Pedal: dá para dirigir o leaf quase sem usar os freios (Divulgação/Nissan)

Os dois, além do Tesla Model 3, VW e-Golf e Hyundai Ioniq, são concorrentes diretos do Leaf. Bolt e Model 3 contam com baterias maiores e mais autonomia, mas custam mais.

O Leaf também é o primeiro Nissan a contar com o ProPilot, um assistente de direção que ensaia os primeiros passos da marca na direção autônoma.

Baterias no assoalho não permitem rebater o assento (Divulgação/Nissan)

Esse sistema opcional, dotado de radar e câmera, permite que o carro acompanhe o tráfego em estradas, mantendo-se sozinho na faixa de rolagem, sem intervenção do motorista.

Na versão topo de linha (SL), há assentos com aquecedor, sistema de áudio Bose com sete alto-falantes, central multimídia com tela touch de sete polegadas (compatível com Android Auto e Apple CarPlay) e alerta de pontos cegos.

Portinhola à frente do capô esconde o terminal de recarga (Divulgação/Nissan)

Pioneiro em 2010, o Leaf desbravou um segmento que hoje tem pelo menos dez rivais de peso. Enquanto o mundo abandona a gasolina, o Brasil, para variar, permanece atrasado.

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Melhor que iPhone

Raio-x de onde ficam as baterias no novo Nissan Leaf (Divulgação/Nissan)

As baterias instaladas no assoalho, e entre os eixos, favorecem o baixo centro de gravidade do Leaf – e isso contribui para o excelente nível de estabilidade em curvas do hatch.

O espaço interno foi preservado, pois a Nissan instalou células com maior densidade de carga. A primeira geração, de 2010, tinha 24 kWh. Agora são 40 kWh. E, para o ano que vem, haverá outro upgrade.

Clique aqui para saber o que concluímos após um ano de convivência com o Nissan Leaf da primeira geração.

Ficha Técnica – Nissan Leaf S

  • Preço: US$ 29.990 (nos EUA)
  • Motor: elétrico de corrente alternada por indução, dianteiro, 110 kW (149 cv), 32,6 mkgf, baterias de íons de lítio (40 kWh)
  • Câmbio: transmissão direta, tração dianteira
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.) e sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica
  • Pneus:0 205/55 R16
  • Dimensões: comp., 448 cm; largura, 179 cm; altura, 156 cm; entre-eixos, 270 cm; peso, 1.557 kg;
    porta-malas, 435 l
  • Desempenho: 0 a 100 km/h em 7,9 s; velocidade máxima, não divulgada (dado de fábrica)
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