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Longa Duração: o que agrada e o que exige costume no nosso Jeep Compass

Dá para se acostumar a certas características do Jeep Compass, mas já sabemos o que acontece quando a quilometragem aumenta

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 ago 2023, 11h23 - Publicado em 30 ago 2023, 09h21
Compass após incursão na lama em Cunha (SP)
Compass após incursão na lama em Cunha (SP) (Eduardo Passos/Quatro Rodas)
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Por mais que o teste de 100.000 km dure cerca de dois anos,  nossa equipe não costuma ficar mais do que alguns dias com o mesmo carro. Em uma das raras exceções, acabei me vendo na condição de um proprietário de Jeep Compass por quase um mês.

Juntando pautas em São Paulo, uma ida a Ribeirão Preto (SP) para cobrir a Agrishow e duas semanas de férias, foram quase 2.000 km com o Jeep. Foi tempo suficiente para me acostumar a características do SUV médio que, no início, irritam.

A principal é o atraso nas respostas do acelerador. Você pisa e demora quase 1 segundo inteiro para o Compass começar a reagir, mesmo com o start-stop desligado. Resolvi ativar o modo Sport para tentar me antecipar a isso e para ter retomadas melhores, com o pedal mais responsivo e o câmbio aproveitando melhor as marchas. Os 185 cv do motor 1.3 turbo ficam mais à vontade, mas a melhora nas arrancadas é mínima.

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Em geral, é um carro que anda muito bem e um bom companheiro na estrada. Na cidade, nem tanto.

Jeep Compass
Por fora, a cor Azul Jazz. Por dentro, couro preto, detalhes em piano black e partes que imitam aço escovado (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A suspensão firme favorece a dinâmica, mas deixa o carro mais sacolejante onde o asfalto é ruim. Ironicamente, acabei me acostumando a dosar melhor o acelerador em certas situações em que o carro esteja inclinado na diagonal, como em rampas ou valetas. Há o risco de um dos pneus dianteiros perder aderência e, se você acelera mais enquanto o controle de tração atua, para não deixar a força na roda com menos contato, o carro vai sair cantando pneu. Quem está de fora pode fazer mau juízo, mas a culpa toda é com o carro. 

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Nada disso, porém, dificultou a vida do Jeep Compass em uma estradinha de terra bem enlameada nos arredores de Cunha (SP). Difícil foi tirar toda essa lama depois e manter o carro limpo com tantos dias de chuva.

Após um mês, deu para entender o motivo de o Compass vender tanto: tem potência, boa dinâmica e alguns mimos que viciam como o auto-hold e a possibilidade de ligar o motor e o ar-condicionado pela chave. Mas esse namoro pode ter validade: agora, aos 66.000 km, as peças de acabamento reverberam mais ao passar por ruas mais onduladas ou de paralelepípedo e o barulho de plástico vindo da central multimídia, um velho conhecido, está ainda mais presente. Nosso Jeep Compass já foi mais silencioso.

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Jeep Compass – 66.330 km

Ficha técnica:
Versão: Longitude 80 anos 1.3 Turbo
Motor: 4 cil., diant., transversal, 1.332 cm3, 16V, turbo, injeção direta, 185/180 cv a 5.750 rpm, 27,5 kgfm
a 1.750 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
Seguro: R$ 3.268
Revisões: Até 96.000 km – R$ 5.819
Gasto no mês: Combustível: R$ 1.733
Consumo: No mês: 8,8 km/l com 40,1% de rodagem na cidade
Desde agosto/21: 9,7 km/l com 33% de rodagem na cidade
Combustível: Flex (gasolina)

 

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