Ter se estabelecido como um dos SUVs mais vendidos do Brasil é um bom argumento para o Jeep Compass retornar ao Longa Duração, mas não tanto quanto a estreia do novo motor 1.3 16V GSE Turbo flex de até 185 cv, uma versão mais avançada do 1.3 8V Firefly de 109 cv, que equipa nossa Fiat Strada.
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Ao fim do teste, que passa a ser de 100.000 km, e após o desmonte completo, teremos um bom retrato da durabilidade dessa nova família de motores, tanto na versão aspirada quanto na turbo, com injeção direta e o comando de válvulas MultiAir, um mecanismo eletro-hidráulico que comanda o tempo de abertura das válvulas.
A presença de outro Fiat (já temos a Strada) na frota descartou a compra da Toro com o mesmo motor. E não custa lembrar que o primeiro Compass, que tinha motor 2.0 turbodiesel, foi bem no teste, mas deixou algumas questões em aberto.
A suspensão foi reapertada constantemente, os amortecedores foram trocados aos 40.000 km e houve problemas com apagões eletrônicos, escamação nos pneus e o lampejo involuntário do facho alto ao acionar as setas.
A escolha, novamente, recaiu sobre a versão Longitude (que custava, em São Paulo, R$ 160.146 à época e aumentou para R$ 168.412), primeira com a central multimídia de 10,1 polegadas e Wi-Fi.
Como opcional, incluímos o pacote 80 anos (R$ 8.266), que soma assistente de baliza, carregamento sem fio de smartphones, detalhes externos na cor grafite, sistema de som Beats de 506 W, partida remota e retrovisores com rebatimento automático, pintado na cor Azul Jazz (R$ 1.963). Com desconto, o carro saiu por R$ 155.300.
Quem fizer o pedido de um Compass hoje pode só receber o carro em 2022, mas nosso carro chegou relativamente rápido. Perdemos a pré-venda e nas nossas buscas tanto as concessionárias como o site da Jeep apontavam a entrega do carro em um prazo entre 60 e 80 dias.
A exceção foi a Jeep Aricanduva, que prometeu a entrega entre 30 e 60 dias e não cobrou sinal. De fato, foram 56 dias até o faturamento e mais 23 dias entre transporte e preparação para a entrega do veículo.
Na entrega, uma longa explicação da eletrônica embarcada no carro. Desde o funcionamento do quadro de instrumentos com tela colorida de 10,1 polegadas até o pareamento do celular, recomendação para o carregamento sem fio, funcionamento da internet a bordo e do sistema Adventure Intelligence, que permite controlar funções do carro remotamente.
Ainda sobrou tempo para falar das revisões (cujo intervalo é de 12.000 km) e de não ser necessário se preocupar com a mistura entre álcool e gasolina (usaremos sempre gasolina comum).
O mais importante, neste momento, não foi respeitado: o técnico fez toda a explicação dentro do carro e sem estar usando máscara.
O rodar firme até chegar ao posto para o primeiro abastecimento não enganou: os pneus estavam com 46 psi de pressão, como geralmente sai da fábrica, e não com os 35 psi recomendados. Daria para ver isso no monitor de pressão dos pneus, mas ainda foi preciso configurar as unidades de medida corretas.
Para permitir o acompanhamento das intervenções mecânicas (previstas ou não previstas) feitas pela rede de concessionárias, o Compass já passou pela Fukuda Motorcenter para as peças receberem marcações indeléveis.
O próximo passo é o batismo em nossa pista para os primeiros testes de desempenho, que desta vez, excepcionalmente, serão aos 1.600 km, que é o período de amaciamento do motor apontado pela Jeep. Não tem problema. Teremos muito assunto até o final do teste. O motivo você saberá em breve.
Jeep Compass – 363 km
Ficha técnica: | |
Versão: | Longitude 80 anos 1.3 Turbo |
Motor: | 4 cil., diant., transversal, 1.332 cm3, 16V, turbo, injeção direta, 185/180 cv a 5.750 rpm, 27,5 kgfm a 1.750 rpm |
Câmbio: | automático, 6 marchas, tração dianteira |
Seguro: | R$ 740 (Perfil Quatro Rodas) |
Revisões: | Até 96.000 km – R$ 5.812 |
Gasto no mês: | Combustível: R$ 292 |
Consumo: | No mês: 6,99 km/l com 69,1% de rodagem na cidade |
Combustível: | Flex (gasolina) |