Completados os 1.600 km de amaciamento recomendados pela Jeep, nosso Compass 1.3 turbo seguiu para seu primeiro teste de desempenho. É importante não só para saber se o carro está com desempenho compatível com o aferido no lançamento, com o carro da própria fabricante, mas para comparar com o resultado dos futuros testes, aos 60.000 km e 100.000 km.
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Em termos de desempenho, nosso carro está até melhor. A aceleração de 0 a 100 km/h foi cumprida em 9,9 s, 0,4 s mais rápido que o carro da fábrica e teve 0,2 s de vantagem nas retomadas de 40 a 80 km/h e de 80 a 120 km/h, empatando na passagem de 60 a 100 km/h.
O consumo urbano foi melhor, 9,6 km/l contra 9,3 km/l, mas o rodoviário foi pior: 12,8 km/l contra 13 km/l.
Não custa lembrar que na estreia nossa Fiat Strada, com o motor 1.3 aspirado de 109 cv, foi bem pior que o carro da fábrica no seu primeiro teste, indicando um problema na programação do módulo de injeção que depois foi solucionado.
A iniciação do Jeep Compass Longitude na frota do Longa Duração não parou por aí. O SUV já encarou sua primeira longa viagem: 2.100 km de São Paulo até Foz do Iguaçu (PR).
Ou melhor, até o Paraguai. Afinal, nossa missão era gravar com a picape F-Maxx (confira em nosso canal do YouTube) dentro da Itaipu Binacional, no lado paraguaio da hidrelétrica, para ser mais preciso.
Foi bom para conhecer melhor o carro. Não que o Compass não seja um velho conhecido nosso, mas por poder reparar que o novo console central resolve a falta de porta-objetos em um local tão estratégico, mas tomando parte do espaço para as pernas em troca.
Ou que acionar a seta ainda pode dar um lampejo no farol alto inadvertidamente, como no Compass diesel que tivemos no Longa Duração há alguns anos (e como em qualquer Renegade, Commander ou Fiat Toro).
Não conseguiram resolver isso ainda. A propósito, os faróis de led são muito bons para dirigir à noite e os de neblina, também de leds, complementam bem a iluminação na região próxima do carro em curvas. Só é difícil entender os motivos para terem mantido lâmpadas convencionais, de filamento, para as setas.
O motor 1.3 GSE turbo rendeu assunto na viagem pelo seu comportamento. Apesar dos números de potência e torque, ele entrega de forma mais linear e suave que o 1.4 TSI da Volkswagen, por exemplo, que também é combinado ao câmbio automático de seis marchas da Aisin, e tem mais ímpeto nas arrancadas.
“Em retomadas, parece que o comando de válvulas Multiair controla tanto o motor do Compass que ele se comporta quase que como um carro com câmbio CVT”, conclui o piloto de testes Leonardo Barboza. Isso é um elogio, mas a lentidão nas respostas do acelerador causa estranhamento.
Teste JEEP Compass 1.600 km
0 a 100 km/h (s): 9,9
D 40 a 80 km/h (s): 4,3
D 60 a 100 km/h (s): 5,7
D 80 a 120 km/h (s): 7
60 km/h a 0 (m): 16,5
80 km/h a 0 (m): 29,4
120 km/h a 0 (m): 63,9
Cons. urb./rod. (km/l): 9,6 / 12,8
Jeep Compass – 4.984 km
Ficha técnica: | |
Versão: | Longitude 80 anos 1.3 Turbo |
Motor: | 4 cil., diant., transversal, 1.332 cm3, 16V, turbo, injeção direta, 185/180 cv a 5.750 rpm, 27,5 kgfm a 1.750 rpm |
Câmbio: | automático, 6 marchas, tração dianteira |
Seguro: | R$ 740 (Perfil Quatro Rodas) |
Revisões: | Até 96.000 km – R$ 5.812 |
Gasto no mês: | Combustível: R$ 2.740 |
Consumo: | No mês: 9,8 km/l com 16,1% de rodagem na cidade. Desde agosto/21: 9,5 km/l com 19,9% de rodagem na cidade |
Combustível: | Flex (gasolina) |