Longa Duração: tampa de vidro do Fiat Mobi pode queimar a mão
Inteira de vidro e sem puxador para colocar a mão, tampa de vidro do Fiat Mobi exige proteção para ser fechada sob sol forte
Quando o Mobi foi lançado, no ano passado, um dos pontos mais destacados pela Fiat foi a tampa traseira, inteira de vidro e sem moldura interna de metal. Quanto à resistência ou mesmo ao barulho, por enquanto não temos do que reclamar.
Mas bastou a coincidência de um dia ensolarado e a necessidade de uso do porta-malas para que uma grande questão viesse à tona: quente demais, a tampa traseira pede cautela para ser fechada.
“Depois de passar o dia na praia, voltei ao Mobi, que havia ficado estacionado sob sol forte por algumas horas. Abri a porta para aliviar o calor da cabine e, pela alavanca interna, destravei o porta-malas. Depois de arrumar a bagagem, na hora de baixar a tampa, precisei enrolar a mão em um pano para não me queimar, de tão quente que estava o vidro”, diz Sandra Hadich, do atendimento ao leitor.
Em outro dia de sol, simulamos a situação vivida por Sandra e, munidos de um termômetro a laser, aferimos a temperatura da tampa: 67,3oC. Ou seja, tocá-la, só com a proteção de uma luva.
Nas últimas semanas, o Mobi vem decepcionando no que diz respeito à qualidade: algumas peças plásticas simplesmente estão se soltando. “Encontrei as capinhas do passante superior dos cintos dianteiros no chão. Reencaixei ambas, mas, ao regular a altura do cinto do motorista, ela voltou a se desprender”, conta o editor Péricles Malheiros.
A tampa de acesso ao plugue de diagnose, com duas travas quebradas, também caiu. No porta-malas, o suporte esquerdo do tampão e o próprio tampão estão avariados, mas estes nada têm a ver com falta de qualidade: foram danificados ao fechar a tampa com excesso de bagagem. Culpa nossa.
Antes de todo esse agito, porém, o Mobi passou pela revisão dos 40.000 km, na concessionária paulistana Ventuno. “Do agendamento, feito direto no site da Fiat, à retirada do carro, tudo correu sem problema. Cobraram o preço sugerido e, em nossa verificação dos serviços, constatamos que estava tudo certo”, diz o piloto de testes Eduardo Campilongo.
Fiat Mobi – 41.708 km
Consumo
- No mês: 9,4 km/l com 33,5% de rodagem na cidade
- Desde jul/16: 10,1 km/l com 22,6% de rodagem na cidade
- Combustível: etanol
Gastos no mês
- Combustível: R$ 1.194
- Revisão: R$ 572
- Alinhamento: R$ 180
Ficha técnica
- Versão: Like On 1.0 Flex
- Motor: 4 cilindros, dianteiro, transv,. 999 cm³, 8 V, flex, 75/73 cv a 6.250 rpm, 9,9/9,5 mkgf a 3.850 rpm
- Câmbio: manual, 5 marchas