Longa Duração: como C4, Onix, Outlander e Tiggo monitoram pressão de pneus
Sistema pode parecer dispensável, mas ajuda a reduzir consumo e emissões. Usamos nossa frota para testar cada uma das tecnologias disponíveis
Circular com a pressão dos pneus abaixo do indicado pelo fabricante proporciona uma série de efeitos negativos. O comportamento do carro piora, a direção fica mais pesada, o consumo do motor sobe e os pneus passam a ter maior desgaste.
O impacto negativo no meio ambiente aumentou a importância dos sistemas de monitoramento de pressão dos pneus.
Desde 2015, a presença desse equipamento garante crédito nos cálculos de eficiência energética do Inmetro – o que também vale para indicador de troca de marcha, start-stop e grade ativa.
Não por acaso, hoje todos os carros da frota do Longa Duração têm seu sistema de monitoramento de pressão, mas de tipos distintos.
Há o monitoramento passivo, que usa os sensores do freio ABS para perceber alterações na velocidade da rotação dos pneus, indicando que pelo menos um deles está mais vazio que os demais por meio de uma luz espia no quadro de instrumentos.
Já os monitores ativos dependem de sensores instalados dentro dos pneus, junto às válvulas de enchimento, que enviam o sinal para antenas instaladas no carro. Cada sistema tem seus prós e contras, como veremos a seguir.
Citroën C4 Cactus:
No SUV compacto da Citroën, o sistema de monitoramento é do tipo passivo.
Nele, o alerta de pneu vazio pode ser dado tanto no quadro de instrumentos como na central multimídia, mas não especifica qual (ou quais) pneu está murcho.
Além disso, toda vez que os pneus são calibrados deve-se acessar a função na central multimídia para fazer o reset do sistema, que consiste em informar que aquela é a pressão ideal.
Em defesa ao sistema passivo, a Citroën diz que é capaz de monitorar a condição de cada pneu em tempo real e tem a vantagem de ser mais durável e barato, por não depender do sensor dentro do pneu.
Além disso, no caso de troca do pneu ou de uso do estepe, o monitor de pressão continuará funcionando normalmente.
Mitsubishi Outlander:
Ainda que tenha uma área na central multimídia pronta para o monitor de pressão dos pneus e sensores independentes para cada roda (inclusive no estepe), o Mitsubishi Outlander exibe a informação de pneu vazio por meio de uma luz espia e por um alerta no computador de bordo.
E não especifica em qual deles está o problema, no caso de um furo, como ocorre em um sistema passivo. Também é necessário fazer o reset do dispositivo a cada calibragem por meio do computador de bordo.
De acordo com a Mitsubishi, o alerta é exibido quando há uma queda de pressão maior que 25% e o sistema é capaz de cruzar a informação do módulo de gerenciamento do motor para identificar se isso se deve apenas a uma variação de altitude no percurso.
Chevrolet Onix Plus:
O sedã compacto da Chevrolet não só tem sistema de monitoramento da pressão de pneus ativo como permite acessar a informação relativa a cada pneu por meio do computador de bordo e no smartphone do proprietário, através do aplicativo OnStar, desde o plano gratuito do serviço.
Contudo, não há sensor no pneu sobressalente, que é do tipo temporário.
Por exibir informação específica de cada roda, é necessário cuidado extra. De acordo com a Chevrolet, a concessionária deve fazer a reprogramação da nova posição das rodas (e dos sensores) quando é feito o rodízio.
Ao esvaziar o pneu traseiro esquerdo para fazer a foto acima, após rodar um pouco o alerta acendeu na dianteira esquerda. Não houve reprogramação do sistema já na primeira revisão.
Caoa Chery Tiggo 5X:
Preocupação com temperatura de pneu é comum em carros de corrida, pois interfere no limite de aderência dos pneus. Mesmo assim, o Caoa Chery Tiggo 5X soma a temperatura interna dos pneus ao sistema de monitoramento de pressão ativo.
Dessa forma, ele não só alerta sobre pressão baixa como também é capaz de acusar temperatura anormal no conjunto.
Assim como no Onix, sensores são combinados às posições do pneu e se forem alteradas é necessária uma nova aprendizagem do sistema.
Ao esvaziar o pneu traseiro esquerdo, a mesma constatação: o sistema apontou no computador de bordo que o pneu dianteiro esquerdo havia esvaziado.
Retificando a informação publicada na edição 731, não houve reprogramação na revisão dos 30.000 km.
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