Jeep Compass 2025 tem motor de 272 cv e R$ 20.000 de desconto

Há um bom tempo que o Jeep Compass lidera as vendas entre os SUVs médios no Brasil. Mas a concorrência vem aumentando a cada dia, e nem a Jeep pode ficar parada: é por isso que o novo Jeep Compass 2025 estreia não apenas com versões bem mais potentes, mas com descontos generosos ao longo da gama.

A novidade mecânica está no topo da gama, onde duas novas versões ganham o motor 2.0 turbo a gasolina Hurricane, que estreou na Rampage. São 272 cv e 40,8 kgfm, que representam cerca de 50% a mais de potência e torque em relação ao 1.3 turboflex – que se mantém no resto do catálogo. Os novos Jeep Compass Overland e Jeep Compass Blackhawk também repetem o câmbio da picape, automático de nove marchas e tração 4×4.

Dessa forma, o Compass a diesel perde a exclusividade do 4×4. A própria Stellantis reconhece que a procura por esse combustível está cada vez menor, de modo que apenas uma versão mantém o propulsor 2.0 turbodiesel (e preço bem mais baixo).

É o Jeep Compass Limited TD350, que, na linha 2025, custa R$ 249.990. São R$ 20.000 a menos do que antes, representando o maior desconto da atualização anual. Todas as versões pré-existentes, entretanto, também ficaram mais em conta, com pelo menos R$ 4.800 de ajuste nos valores.

Preços e versões do Jeep Compass 2025:

• Jeep Compass Sport T270: R$ 179.990 (R$ 5.000 a menos)
• Jeep Compass Longitude T270: R$ 196.990 (R$ 4.800 a menos)
• Jeep Compass Limited T270: R$ 216.990 (R$ 7.000 a menos)
• Jeep Compass Serie S T270: R$ 236.990 (R$ 13.000 a menos)
• Jeep Compass Limited TD380 4×4: R$ 249.990 (R$ 20.000 a menos)
• Jeep Compass Overland Hurricane 4×4: R$ 266.990
• Jeep Compass Blackhawk Hurricane 4×4: R$ 279.990

Novo motor, novo visual

A estrela da linha 2025 é o novo Jeep Compass Blackhawk, protagonista do vídeo acima e que, além do incremento mecânico, adota estética esportiva que é incomum (mas não inexistente) à Jeep.

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Nesse pacote, há freios a disco pintados em vermelho nas quatro rodas, acabamento em preto cromado ao redor da carroceria e emblemas de marca e modelo em tons mais escuros. Já as saias laterais e os para-lamas vêm pintados na mesma cor do utilitário, cujo tom de cinza é exclusivo.

O que mais chama atenção, porém, é a grade dianteira, cuja grelha agora é composta por aletas horizontais, que, além da renovação estética, também ajudam na admissão de ar. Atrás, há escapamento duplo, com uma saída de cada lado e ronco notavelmente distinto do 1.3 turboflex (ainda que não haja aquela afinação como nos Fiat Abarth).

Tanto a nova grade quanto os escapes duplos são adotados pelo novo Jeep Compass Overland – versão que já existia no Commander e agora chega ao SUV menor. Ambos ainda trazem discos de freio dianteiros ampliados e nova bomba a vácuo, a fim de melhorar a frenagem, tal como novo ajuste de suspensão com foco na estabilidade e menor rolagem (que sempre notamos com incômodo na unidade que integra nossa frota de Longa Duração).

De série, também há os pneus com tecnologia Seal Inside da Pirelli, que já testamos com exclusividade. Uma camada interna de cola atua vedando os compostos e, literalmente, é possível passar por uma esteira de pregos sem qualquer prejuízo à condução.

A melhoria é especialmente útil considerando os terrenos mais hostis que o Compass 4×4 se propõe a desbravar, permitindo ao motorista ir depois, com calma, à borracharia conferir se é necessária alguma intervenção.

Interior levemente incrementado

Para justificar os R$ 13.000 de diferença, é no interior que o Compass Blackhawk se distancia mais do Compass Overland. Desse modo, só no topo de linha há ajuste elétrico para o banco do carona, em adição ao ajuste elétrico do motorista.

O Blackhawk também traz, de série, bancos que mesclam couro e suede, a camurça requintada que é comum em carros esportivos. Os assentos ainda são costurados com o nome da versão e formando pequenos “diamantes” que dão toque a mais de charme.

Enquanto a estrutura de painel e console segue inalterada, também há neles o revestimento em suede assim como a decoração em tons mais escuros, que reforçam o visual da “águia negra”. Já muito boa, a central multimídia, por sua vez,  segue com 10,1”, Android Auto e Apple Carplay sem fio, caixas de som da Beats e carregador por indução com saídas de ar.

O quadro de instrumentos também repete as 10,25”, mas a interface simplória foi levemente melhorada com a estreia das Performance Pages: modos de visualização em que há ênfase aos elementos esportivos, como acelerômetro, pressão do turbo e uso de potência e torque do motor.

Melhorando onde dá

Ao volante, conclui-se que o Jeep Compass 2.0 turbo a gasolina realmente cumpre o que se esperava. Ele vai de 0 a 100 km/h em 6,3 s (dados de fábrica) e, entre os carros nacionais, só fica atrás do BMW X4 nesse quesito. O turbocompressor twin-scroll de baixa inércia é importante nesse quesito, com lag bem menor que o existe no 1.3 turboflex. As respostas do acelerador, portanto, são mais rápidas e agradam tal como o desenvolvimento do carro.

A velocidade máxima de 228 km/h é útil apenas em brincadeiras na pista, mas esse fôlego é útil nas ultrapassagens em rodovias, por exemplo, onde, mesmo acima dos 100 km/h, as nove marchas são bem utilizadas e ganha-se velocidade com rapidez. Somando a tração 4×4, em alguns aspectos, o novo Compass 2.0 lembra carros híbridos (menos no consumo, onde faz 8,3 km/l na cidade e 11,0 km/l na estrada, conforme o Inmetro)

A tração não é completamente ajustável, se limitando a três modos de terreno que poderiam ser mais. Nada que impeça, porém, a viagem tranquila por pistas de terra que normalmente encontramos nas escapadas da cidade (onde os donos de Compass passam mais parte do tempo).

O novo ajuste de suspensão é realçado pela baixa rolagem mesmo em piso irregular, dando alívio aos passageiros de trás que até batiam a cabeça com o sacolejo de linhas anteriores. A resposta do volante também melhorou, indicando ajustes no ângulo de cáster: há menos folga na direção e, principalmente, nada daqueles golpes fortes que vinham transmitidos das rodas.

Retoques finais

A nova geração do Jeep Compass já vendo sendo desenvolvida, com uso da plataforma STLA que promete alterações profundas. Desse modo, a linha 2025 se limita à estrutura atual do carro, mas sem impedir que a Stellantis modificasse detalhes como a automação veicular.

Ainda que já houvesse auxílios à direção em linhas anteriores, o novo Compass teve esses sistemas redesenvolvidos pelas equipes de Betim (MG) e Goiana (PE), adequando os computadores às ruas brasileiras. 

Isso significa que o controle de cruzeiro adaptativo responde melhor ao nosso trânsito, com frenagens e acelerações mais suaves; o assistente que centraliza o carro na faixa e ajuda a fazer curvas também promete entender melhor as motos que passam voando pelo corredor. Frenagens autônomas de emergência e afins completam o pacote, que agora está mais parelho (em termos de ajustes) ao de rivais como o Volkswagen Taos.

Outro incremento é na garantia, que foi estendida e passa a ser de cinco anos, ao invés de três. Pensando em quem acabou de comprar um Compass, a Jeep informou que ela também vale para as unidades já vendidas da linha 2022 em diante. 

Logo, quem tem um Compass cuja garantia acabaria no ano que vem, por exemplo, terá dois anos a mais de proteção. As versões com motor 2.0 turbo a gasolina repetem o ciclo de revisões do 1.3 turboflex: uma ida na concessionária a cada 12.000 km ou 12 meses (o que acontecer primeiro). 

O Jeep Compass 2025, em todas as suas versões, estreia hoje (15) em toda a rede de lojas da marca no Brasil.

Ficha técnica do Jeep Compass Blackhawk 2025

• Motor: gasolina, dianteiro, transversal, 4 cilindros, turbo, injeção direta, 16V, 1.995 cm³, 272 cv a 5.2000 rpm, 40,1 kgfm a 3.000 rpm
• Câmbio: automático, 9 marchas, tração integral
• Suspensão: McPherson (dianteira e traseira)
• Freios: discos ventilados (diant.)/sólidos (tras.)
• Direção: elétrica, 11,3 m (diâmetro de giro)
• Rodas e pneus: liga leve, 235/45 R19
• Dimensões: comprimento, 440,4 cm; altura, 164,0 cm; largura, 181,9 cm; entre-eixos, 263,6 cm; porta-malas, 476 l; tanque, 55 l