Motos e carros crescem, em geral, proporcionando dividendos aos fiéis consumidores de um modelo. Já a Honda Biz, tradicionalmente equipada com motor de 125 cc, ficou menorzinha, pelo menos em termos de motor, e adotou o motor da Pop, de 97 cc. Também perdeu a injeção de combustível e a flexibilidade para rodar com álcool, gasolina ou a mistura deles. Com isso, vem reforçar a gama de motos de entrada, visando ao crescente número de motociclistas novatos – e, sem dúvida, o mercado do Norte e Nordeste e suas peculiaridades.
A Biz 100 tem iguais chassi e dimensões da irmã de 125 cc, que continua em linha. Apesar das mesmas medidas, a Biz 100 emagreceu em alguns detalhes, como nas lentes dos piscas dianteiros, aqui laranjas – na Biz 125, são transparentes. Também o protetor de escape cromado ficou um pouco menor. As pernas de um condutor com mais de 1,80 metro de altura ficam bem flexionadas, com os joelhos próximos do escudo frontal. O corpo fica ereto e a distância do guidão deixa os braços em posição confortavelmente relaxada. A espuma do banco é macia, mas depois de horas rodando causa cansaço.
O motor da Biz 100 é alimentado por carburador, o que já representa uma sensível redução de custos em relação à versão de 125 cc, que é injetada e flex. Rende 6,43 cv a 7000 rpm e tem as virtudes da economia, robustez e suavidade de funcionamento. No teste de consumo, fez 59 km/l, quase os mesmos 60 km/l da Biz 125 com gasolina. Ela não é mais econômica que a irmã, que tem injeção – muito mais efi- ciente que o carburador, a eletrônica anula a diferença de cilindrada.
O câmbio rotativo de quatro velocidades tem engates fáceis, mas é preciso acostumar-se com a embreagem centrífuga, acionada quando se pisa no pedal de câmbio para não dar trancos. Os solavancos são evitados soltando o pedal bem devagar. Caso contrário, os incômodos saltinhos acontecerão em todas as trocas de marcha, tanto para cima como nas reduções.
O motorzinho de 100 cc da Pop tem boa capacidade para empurrar os 99 kg da cub: a velocidade máxima alcançada foi de 88 km/h, suficiente para o trânsito urbano, mas pouco para se aventurar em rodovias. As suspensões têm bom curso e deixam a moto estável, mas a dianteira transmite parte da energia para o piloto quando supera buracos mais profundos. Os freios a tambor são suficientes para contê-la.
O preço sugerido da Biz 100 é de 5 087 reais na versão com partida apenas a pedal e 5713 reais com partida elétrica. As cores disponíveis são preto e vermelho nas duas versões. Ela também pode vir em rosa metálico, mas só na versão com partida elétrica.
VEREDICTO
A diferença de preço entreaBiz100ea 125, injetada e flex, é de menos de 300 reais. Muito pouco. A 125 é bem mais legal.