Por Péricles Malheiros
60 350 km
Com a autoridade de quem já percorreu os 1000 km entre São Paulo (SP) e Brasília (DF) ao menos uma vez com cada um dos carros da atual frota de Longa Duração da revista, parando apenas para abastecer, o editor Péricles Malheiros diz: “O Cruze é bom de estrada, mas nem se compara ao 3008 em desempenho e conforto”. Como um pai que aguarda o resultado do filho na prova do vestibular, Péricles cobrou do piloto Jorge Luiz Alves o preenchimento da ficha de testes imediatamente após a avaliação do carro em nosso campo de provas, em Limeira (SP).
A análise dos números da prova final leva, de cara, a uma decepção. Na medição de aceleração de 0 a 100 km/h, o crossover perdeu o mérito de cumprir a prova abaixo dos 10 segundos. No teste “inaugural”, quando o hodômetro registrava apenas 1 425 km, o 3008 apontou 9,6 segundos, mas a marca piorou para 10,7 segundos.
Outra piora sensível foi notada na retomada de velocidade de 80 a 120 km/h, de 6,8 para 8,5 segundos. Nas retomadas de 40 a 80 km/h e de 60 a 100 km/h, a mudança foi menor, respectivamente, de 4,3 para 4,7 segundos e de 5,3 para 6 segundos.
Mas o exame final também trouxe boas notícias. O consumo rodoviário manteve-se o mesmo, 14,7 km/l de gasolina. Em trecho urbano, houve até uma evolução: a média de 10,8 saltou para 11,2 km/l.
Grata surpresa também na medições de ruído na cabine. Ainda que de maneira muito discreta, o nível baixou em todas as medições: em quinta marcha a 120 km/h, de 62,9 para 62,7 dBA, em quarta marcha a 80 km/h, de 56,7 para 56,1 dBA, e em primeira marcha e rotação máxima, de 62,7 para 61,5 dBA. Na avaliação em ponto morto, a excelente marca de 34,2 dBA cai para abaixo de 34, o valor mínimo mensurável pelo decibelímetro.
Principais Ocorrências
55295 km – Ruído proveniente da polia tensionadora da correia