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Longa Duração: o desmonte do Chevrolet Cruze (2ª geração)

Fim de linha para o sedã: ele chegou aos 60.000 km e foi totalmente desmontado. Será que se saiu melhor que o da geração anterior?

Por Péricles Malheiros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 Maio 2018, 16h37 - Publicado em 22 jan 2018, 15h14
(Xico Buny/Quatro Rodas)

Novembro de 2012: a primeira geração do Cruze passava por este mesmo momento, o desmonte após a rodagem de 60.000 km.

Ou seja, além de enfrentar a dureza normal do Longa Duração, o Cruze LTZ 2017 que você vê aqui aos pedaços tinha também a “obrigação moral” de finalizar sua jornada entre nós, no mínimo, tão bem quanto o seu antecessor. Não conseguiu.

“Sem dúvida, ele é a nova referência do Longa Duração em termos de qualidade técnica.” Assim, o nosso consultor e responsável pela execução técnica dos desmontes, Fabio Fukuda, avaliou o primeiro Cruze, em 2012.

Seis anos atrás, o Cruze de primeira geração tinha válvulas e pistões tão limpos quanto os de um motor seminovo, carroceria livre de poeira ou água e todas as análises dimensionais dentro dos limites estipulados pela fábrica.

Esses atributos justificaram a boa avaliação final. Agora, porém, a história é outra.

Nenhum sistema chegou a ser reprovado, mas há mais itens que pedem atenção.

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CULPADOS OU INOCENTES

Ao retirar o cabeçote, Fukuda encontrou as válvulas de admissão bastante comprometidas pelo acúmulo de material carbonizado. “Foram surpresas distintas. No primeiro, fiquei espantado pelo nível de limpeza das válvulas, mas agora foi o contrário. Por conta do uso de injeção direta do motor atual, esperava um índice de contaminação ainda menor, mas o que vi foi uma elevada concentração de carvão”, comparou Fukuda.

Após a revisão, conferência geral dos serviços
Fukuda fazendo a conferência após a revisão (Silvio Gioia/Quatro Rodas)

A procura do culpado se deu com a continuidade do desmonte. A medição de entre-pontas dos anéis de pistões, todas dentro dos limites da GM, eliminaram a possibilidade da contaminação das válvulas estarem ocorrendo de baixo para cima.

Sobravam outras duas possibilidades: ineficácia do sistema de recirculação de vapor de óleo ou falência dos retentores de válvulas.

Uma inspeção visual dos dutos de admissão, todos com paredes sem sinais de excesso de óleo, eliminaram a primeira hipótese, permitindo a indicação dos retentores como verdadeiros responsáveis.

“O simples processo de retirada degrada os retentores, o que impossibilita a sua condenação direta. Por isso, fazemos o processo de eliminação das demais possibilidades de entrada irregular de óleo que acaba gerando o carvão nas válvulas”, diz Fukuda.

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Nas demais aferições feitas no motor, tudo em ordem. No bloco, diâmetro, conicidade e ovalização dos cilindros estavam dentro dos limites constantes no material de referência fornecido pela marca, assim como as medidas de munhões, moentes e de folga axial do virabrequim.

Na suspensão, elogios. “Eis um ponto em que esta segunda geração foi melhor do que a primeira. Todos os terminais, buchas, mancais e pivôs estavam em ótimo estado e sem sinais de desgaste ou fadiga. Os amortecedores, todos estanques e sem folgas, também chegaram aos 60.000 km vendendo saúde”, diz Fukuda.

O conjunto também foi aprovado durante o uso. “Gostava mais do ajuste esportivo da suspensão do Audi A3 de Longa (desmontado em maio de 2017), mas reconheço que a calibração do Cruze era impressionante. Apesar de mais confortável, o Cruze sempre demonstrou uma capacidade de contorno de curva tão boa quanto a do Audi”, diz o editor Péricles Malheiros.

Barulhos nos freios é constante e incomoda
Suspensão foi aprovada com louvor (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sem histórico de reclamações de funcionamento, a caixa de câmbio não foi aberta. “Drenado, o óleo do câmbio estava com cheiro e coloração normais. A análise visual não detectou a presença de resíduos metálicos que justificassem a abertura da caixa automática”, diz Fukuda.

Grande destaque do novo motor 1.4 turbinado – o velho Cruze tinha um 1.8 aspirado –, o turbo sai de cena sem nenhum registro de mau funcionamento guardado na central eletrônica ou mesmo sinais de degradação relevante das pás do rotor da caixa fria, o que denunciaria ineficiência do sistema de filtragem de ar do motor.

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Velas de ignição e bicos injetores de combustível também foram encontrados em bom estado, resultando em nova aprovação.

PARCEIRO IDEAL

No convívio, o Cruze se destacou por ser um ótimo companheiro de viagem. Confortável e repleto de itens de segurança, como farol alto automático, alerta de colisão e assistente de manutenção de faixa, cair na estrada com o Cruze sempre foi uma grata tarefa.

Dentre as poucas reclamações, uma se destacou por ser constante: a baixa eficiência dos faróis. Concorrentes top de linha, como Civic e Corolla, ambos com leds integrais, estão com tecnologia de iluminação duas gerações à frente do Cruze, com as convencionais lâmpadas halógenas.

Chevrolet Cruze LTZ, Honda Civic EX e Toyota Corolla XEi
Cruze recebeu reclamações pela baixa eficiência dos faróis (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O porta-malas, por sua vez, sempre deu conta do recado. Com sobra, como mostrou o teste que fizemos em junho de 2017, colocando a bagagem de uma família inteira no porta-malas.

De mochilas a mala grande: do jeito certo é possível viajar sem dor de cabeça
De mochilas a mala grande: do jeito certo é possível viajar sem dor de cabeça (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

Pouco antes, em fevereiro, um teste comparativo entre os carros da frota de Longa Duração terminou com o Cruze se destacando como dono do melhor sistema de áudio original, segundo os especialistas convocados para fazer a avaliação.

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Bom de dirigir, espaçoso e confiável, o Cruze atual chegou a superar a geração anterior, mas o mesmo não pode ser dito sobre a relação com a rede autorizada.

A relação com a rede GM foi de altos e baixos (Silvio Gioia/Quatro Rodas)

A primeira decepção ocorreu antes mesmo da retirada do carro. Nosso carro havia sofrido um dano no vidro da porta do motorista, posteriormente trocado em garantia.

Chevrolet-Cruze---Longa
Cruze foi entregue com o vidro dianteiro esquerdo danificado (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Depois, aos 10.000 km, a concessionária Pedragon, de Brasília (DF), alegou não ter as informações técnicas necessárias para fazer a primeira revisão.

Resolvida a questão, tentaram empurrar uma conta de R$ 750. Pedimos que cobrassem o que estava no site da GM e, sem que nada fosse tirado da manutenção, baixaram para R$ 251.

Na revisão dos 50.000 km, feita na Primarca, nada de tentativa de cobrar a mais, mas não deram sequer um retorno para o nosso pedido de verificação de um rangido na parte dianteira e do rádio com baixa capacidade de recepção FM.

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Rádio teve problema de recepção do sinal FM (Arquivo/Quatro Rodas)

A solução só veio quando visitamos a Carrera, onde o carro ficou por três dias. “Fizemos um reaperto geral da suspensão, além da lubrificação de algumas partes móveis.

No rádio, bastou uma atualização do software para que as estações voltassem a ser encontradas com facilidade”, disse o técnico da Carrera. Nosso Cruze voltou tão silencioso quanto um zero-quilômetro, mas não notamos melhora alguma na recepção das rádios.

O novo Cruze perdeu robustez, é verdade, mas além de poucos problemas (e de gravidade moderada), ele foi elogiado do início ao fim do teste. Há pontos a melhorar, mas ele se despede de nossa frota aprovado.

Cruze: de repouso no Litoral Norte de São Paulo
Cruze se despede da nossa frota aprovado, porém, com ressalvas (Daniel Osmak)

Peças aprovadas

Bloco, virabrequim e cilindros

(Silvio Gioia/Quatro Rodas)

No bloco, tudo na mais perfeita ordem. Tanto os cilindros quanto o virabrequim passaram com louvor em todas as análises dimensionais, com medidas rigorosamente dentro do indicado como normal pela Chevrolet. A inspeção visual não detectou nenhum sinal de deficiência de lubrificação nas paredes dos cilindros, nos moentes do virabrequim ou nas capas de biela.

Bicos injetores, turbo e velas de ignição

(Silvio Gioia/Quatro Rodas)

Os bicos injetores são especiais, pois trabalham com elevada pressão, despejando combustível nas câmaras de combustão. Escaneamos a central eletrônica em busca de algum registro de falha, mas nada foi encontrado.

Estrela do conjunto de alimentação, o turbo se comportou bem do início ao fim do teste, trabalhando sem dar problema e chegando ao desmonte em plena forma, assim como as velas de ignição, com troca prevista a cada 60.000 km.

Caixa de direção

(Silvio Gioia/Quatro Rodas)

Sem histórico de ruídos ou funcionamento irregular, a caixa de direção chegou aos 60.000 km em excelente estado, sem sinais de vazamento ou folga nos braços axiais.

Suspensão

(Silvio Gioia/Quatro Rodas)

É bem verdade que precisou de alguns reapertos ao longo dos 60.000 km, mas o fato é que a suspensão, sempre elogiada pelo compromisso de performance e conforto, chegou impecável ao fim do teste. Aliás, foi melhor até do que a do Cruze de primeira geração.

Peças que demandam atenção

Carroceria e cabine

(Silvio Gioia/Quatro Rodas)

Fato cada vez mais raro entre os carros que passam pelo Longa Duração, encontramos sinais de infiltração de poeira na cabine. Ao retirar o carpete e as guarnições, notamos uma maior concentração nas áreas próximas às portas. Felizmente, nenhum sinal de entrada de água.

Discos de freio

(Silvio Gioia/Quatro Rodas)

Os discos dianteiros foram substituídos na revisão dos 40.000 km. Mesmo assim, precisam ser trocados novamente: no desmonte, foram encontrados com desvio lateral no limite (do lado direito) ou além dele (esquerdo).

Ou seja, eram os discos os responsáveis pela vibração notada na reta final do teste.

Válvulas de admissão

(Silvio Gioia/Quatro Rodas)

O sistema de recirculação de vapor de óleo do motor e os anéis dos pistões até foram tratados como suspeitos do acúmulo de carvão nas válvulas de admissão, mas a culpa era mesmo dos retentores, que deixaram de cumprir seu papel e permitiram que o lubrificante descesse pelas hastes, gerando o material carbonizado.

Veredicto Quatro Rodas

O Cruze virou um refém do sucesso da primeira geração, mas é preciso ser justo: ainda que não tenha tido o resultado do primeiro modelo, o atual não foi mal. Pelo contrário: se mostrou bastante confiável e foi elogiado do início ao fim de sua jornada no Longa Duração.

Linha do tempo (clique nos links para ler as matérias)

  • Outubro/2016: Cruze estreia após uma espera de 62 dias da encomenda à entrega. Por ele, pagamos R$107.450.
  • Dezembro/2016: a vida na estrada começou cedo. Dois meses após sua chegada ao Longa Duração, o Cruze encarou os 2.000 km da viagem de ida e volta entre São Paulo e Brasília (DF) danificado ao passar por um buraco, um dos pneus foi condenado. Para evitar desequilíbrio, substituímos também o seu vizinho de eixo. O par saiu por R$ 576.
  • Fevereiro/2017: o uso de cromados cria uma impressão de requinte, mas às vezes atrapalha. Foi o que notamos na moldura do câmbio, que reflete a luz do sol na direção dos olhos do motorista a tampa de vidro traseira pode queimar sua mão em um dia de sol. Foi o que vimos ao aferir a temperatura da superfície externa, que chegou a quase 70 °C.

 

  • Março/2017: a GM soltou um boletim técnico para eliminação dos ruídos das pastilhas de freio. O serviço foi feito no nosso Cruze, mas o barulho continuou. Ainda assim, a rede se recusou a refazer o trabalho.
  • Junho/2017: testado e aprovado: simulamos a colocação de bagagem de uma família inteira e o porta-malas deu conta do recado. O compartimento é, sem dúvida, um dos mais altos da categoria.
  • Agosto/2017: as pastilhas do Cruze chiaram mesmo após terem sido verificadas pela rede. Depois, aos 40.000 km, chegaram ao fim e foram trocadas com os discos, por R$ 1.927.
  • Outubro/2017: um Fit bateu no retrovisor do nosso Cruze e fugiu. Tivemos que arcar com o custo do reparo: R$ 102 a peça e mais R$ 100 de mão de obra de pintura e instalação.

 

  • Novembro/2017: a simulação de venda no mercado de usados mostrou que a variação dentro da própria rede GM é alta, com diferenças de até R$ 7.000 entre uma concessionária e outra.
  • Novembro/2017: aos 60.000 km, Cruze voltou para o nosso campo de provas, onde foi submetido aos mesmos testes feitos aos 1.000 km. Os resultados estão no quadro comparativo na página ao lado.

Folha Corrida

Tabela de preço

  • Em outubro de 2016 – R$ 107.450
  • Atual (modelo usado) – R$ 92.677
  • Atual (modelo novo) – R$ 115.490

Quilometragem

  • Urb. 14.150 km (23,5%)
  • Rod. 46.095 km (76,5%)
  • Total 60.245 km

Combustível

  • Em litros 7.262,7
  • Em reais 18.613,64
  • Cons. médio 8,3 km/l

Manutenção (revisão/alinhamento)

  • 10.000 km – Pedragon – R$ 251/R$ 149
  • 20.000 km – Spassus – R$ 596/R$ 150
  • 30.000 km – Itororó – R$ 388/R$ 150
  • 40.000 km – Carrera – R$ 644/R$ 200
  • 50.000 km – Primarca – R$ 310/R$ 136

Extras

  • Película – R$ 300
  • Retrovisor – R$ 202
  • Freio – R$ 1.927

Custo por 1.000 km

  • Combustível – R$ 308,97
  • Revisões – R$ 36,33
  • Alinhamento – R$ 13,03
  • Extras – R$ 40,32
  • Total – R$ 395,65

Ocorrências

14.333 km Ruído agudo nas frenagens em baixa velocidade
19.923 km Ruído na suspensão dianteira
24.822 km Ruído agudo nas frenagens em baixa velocidade
31.115 km Chuva inibe o funcionamento do sistema de detecção de ponto cego
32.201 km Acabamento plástico do painel empenado
47.445 km Ruído na suspensão dianteira
48.013 km Dificuldade na recepção de FM
59.550 km Trepidação nas frenagens longas

Testes de pista (com etanol)

995 km 60.031 km Diferença
Aceleração de 0 a 100 km/h 8,7 s 8,7 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 29,7 s / 179,9 km/h 29,6 s / 181,5 km/h – 0,33% / – 0,89%
Retomada de 40 a 80 km/h (em 3°) 3,7 s 3,7 s  –
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4°) 4,6 s 4,7 s – 2,17%
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5°) 5,9 s 5,7 s +3,39%
Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0 16,3 / 27,7 / 64,9 m 16,1 / 28,2 / 64,7 m +1,23% / -1,8% /+0,31%
Consumo urbano 8,9 km/l 9,5 km/l +6,74%
Consumo rodoviário 12,1 km/l 11,3 km/l -6,61%

Ficha técnica – Chevrolet Cruze

  • Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 1.399 cm³, 16V, turbo, injeção direta de combustível, 74 x 81,3 mm, 10,01:1, 153/150 cv a 5.200/5.600 rpm, 24,5/24 mkgf a 2.000/2.100 rpm
  • Câmbio: automático, tração dianteira
  • Direção: elétrica, 3 voltas entre batentes, 10,2 m (diâmetro de giro)
  • Suspensão: independente McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), discos sólidos (tras.)
  • Pneus: 215/50 R17
  • Peso: 1.321 kg
  • Peso/potência: 8,63/8,81 kg/cv
  • Peso/torque: 53,9/55 kg/mkgf
  • Dimensões: comprimento, 466,5 cm; largura, 180,7 cm; altura, 148,4 cm; entre-eixos, 270 cm; porta-malas, 440 litros; tanque de combustível, 52 litros

Rivais do Cruze que já passaram pelo Longa Duração

Toyota Corolla: desmontado em agosto de 2015

(Marco de Bari/Quatro Rodas)

Custo por 1.000 km

  • Combustível – R$ 281,70
  • Revisões – R$ 35,56
  • Alinhamento – R$ 14,91
  • Extras – R$ 15,45
  • Total – R$ 344,62 (valores atualizados pelo índice de inflação IPC-A)

Audi A3: desmontado em maio de 2017

(Xico Bunny/Quatro Rodas)

Custo por 1.000 km

  • Combustível – R$ 333,37
  • Revisões – R$ 66,72
  • Alinhamento – R$ 21,35
  • Extras – R$ 41,14
  • Total – R$ 462,58 (valores atualizados pelo índice de inflação IPC-A)
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