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Comparativo: Chery Arrizo 6 e Kia Cerato encaram o líder Toyota Corolla

Juntamos versões dos três sedãs com preços ao redor dos R$ 110 mil para te dizer se os novatos valem à pena

Por Thiago Silva, Igor Macario
Atualizado em 18 nov 2020, 01h13 - Publicado em 18 out 2020, 08h37
Arrizo e Cerato encaram líder Corolla (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Eles são bonitos, elegantes e muito sinceros no que querem: convencer você a levá-los para casa. E num mundo em que até mesmo o líder supremo do segmento, Toyota Corolla, vem sendo ofuscado por SUVs como os Jeep Compass e Renegade, levar um sedã médio de cerca de R$ 100.000 para casa é quase um ato de rebeldia.

Uma rebeldia discreta, é claro, mas os sedãs se tornaram coadjuvantes nessa faixa de preço, e escolhas cada vez menos óbvias para quem vai gastar esse dinheiro num carro zero-quilômetro.

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E, mesmo em um cenário não muito animador para o segmento, ainda há novidades entre esses “heróis da resistência” contra os SUVs. O Kia Cerato ganhou uma aguardada nova geração, maior e mais bonita, e a Caoa Chery se lança no segmento com o competente Arrizo 6, produzido na fábrica da marca em Jacareí (SP).

Aqui, eles aparecem em suas versões com preços até R$ 110 mil para medir forças com o Corolla GLi, de entrada, que custa R$ 110.190. O Cerato vem em seu catálogo de topo, a SX, a R$ 107.990, e o Arrizo 6 em sua única versão, a GSX, tabelada a R$ 108.750.

Com preços e características tão próximos, não é fácil escolher um entre esses três. Todos são competentes e entregam o que prometem, cada um de sua forma. No entanto, as principais diferenças estão em detalhes, nem todos visíveis a quem olha algum deles estalando de novo na garagem do vizinho.

São itens que podem fazer a diferença na sua escolha, e transformar a convivência com algum deles em um sonho ou um pesadelo. Veja a seguir quem levou a melhor nesta disputa que foi pra lá de apertada.

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3º Cerato SX – R$ 107.990

Dar de cara com a nova geração do Cerato deixa a gente com aquela cara de tio que não vê o sobrinho há muito tempo e se pergunta onde estávamos enquanto ele crescia. O sedã está mais bonito e moderno do que nunca, com belas lanternas traseiras de led e um visual pra lá de bem resolvido.

A cabine também exibe o melhor acabamento e a melhor central multimídia do trio. Só que as falhas do Cerato estão escondidas sob a bela carroceria. Embora ele seja o mais barato de comprar, é disparado o mais caro de manter a longo prazo. Cada revisão do sedã da Kia é notavelmente mais cara do que as dos rivais, e a soma total fica bem acima dos outros dois. Além disso, embora os números de desempenho do Cerato não fiquem tão abaixo dos concorrentes, na prática ele se mostrou o mais lento.

Cabine tem melhor acabamento (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Culpa do câmbio automático de seis marchas, com programação muito conservadora. Mesmo no modo mais esportivo, as respostas são lentas.
O Cerato não é um carro lerdo, mas fica atrás dos rivais, na comparação. Deixa a impressão de que motor e câmbio mais espertos fariam maravilhas ao sedã. Uma pena, porque suspensão e direção têm ótimo acerto.

Parece que o sobrinho bonitão ainda precisa melhorar algumas notas na escola…

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TESTE – Cerato SX 2.0

Aceleração
0 a 100 km/h: 10,5 s
0 a 1.000 m: 31,2 s – 174,3 km/h

Velocidade máxima: 195 km/h

Retomadas
40 a 80 km/h: 4,6 s
60 a 100 km/h: 5,5 s
80 a 120 km/h: 6,9 s

Frenagens
60/80/120 a 0: 14,2/25,7/57,7 m

Consumo
Urbano: 10 km/l
Rodoviário: 16,3 km/l

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Ruído interno
Neutro/RPM máx: 33,9/67,2 dBA
80/120 km/h: 60,2/65,3 dBA

Velocidade real a 100 km/h: 96 km/h
Rotação a 100 km/h: 2.100 rpm

Seu bolso
Preço: R$ 107.990
Garantia: 5 anos
Revisões até 60 mil km: R$ 5.009
Seguro: R$ 3.487

Ficha técnica
motor: flex, diant., transv., 4 cil., 16V, injeção multiponto, 1.999 cm3, 81 x 97 mm, 167/157 cv a 6.200 rpm, 20,6/19,2 kgfm a 4.700 rpm câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira direção: elétrica, 10,8 m (diâmetro de giro) suspensão: McPherson (diant.), eixo de torçao (tras.) Freios: disco ventila-do (diant.) e sólido (tras.) pneus: 205/60 R16 peso: 1.283 kg peso/potência: 7,7 kg/cv peso/torque: 62,3 kg/kgfm dimensões: compr., 464 cm; larg., 180 cm; alt., 144 cm; entre-eixos, 270 cm; altura livre do solo, 13,5 cm; porta-malas, 520 l, tanque, 50 l

2º Arrizo 6 GSX – R$ 108.750

Arrizo tem maior porta-malas, com 570 litros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Se você leu a edição de agosto de QUATRO RODAS, percebeu que gostamos do primeiro contato com o Arrizo 6. E, diante dos concorrentes, o novato manteve a compostura para um sólido segundo lugar nesta disputa. O “chinês de Jacareí” é bonito, bem equipado e tem um moderno 1.5 turbo sob o capô.

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Aliás, foi este 1.5 que assegurou a posição do Arrizo nestas páginas. A despeito dos 27 cv a menos que o Corolla e torque parecido, o Arrizo “mandou bem” na pista e cravou os melhores números em acelerações e retomadas, graças ao também bom câmbio CVT.

Interior é bem equipado (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Tudo seria perfeito, no entanto, se o Arrizo também não tivesse sido o mais beberrão do trio. Você não vai precisar virar sócio do posto com ele, ainda, mas, curiosamente, o motor mais moderno foi o mais gastão.

Por dentro, o sedã da Caoa Chery tem alguns deslizes que poderão irritar quem conduz, como a baixíssima resolução das câmeras de estacionamento. No plural, porque são quatro, que formam uma imagem 360 graus ao redor do carro. Seria uma função muito útil, se as imagens não parecessem filmadas por um olho mágico.

O Arrizo ainda tem outros itens exclusivos, como freio de mão eletrônico e teto solar elétrico. O porta-malas é cavernoso, com 570 litros, e as revisões custam pouco mais que as do Corolla. Ponto para a Caoa Chery.

TESTE – Arrizo 6 GSX

Aceleração
0 a 100 km/h: 9,2 s
0 a 1.000m: 30,5 s – 172,9 km/h

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Velocidade máxima: 190 km/h

Retomadas
40 a 80 km/h:: 4 s
60 a 100 km/h: 5,1 s
80 a 120 km/h: 6,1 s

Frenagens
60/80/120 km/h a 0: 15,2/27,3/62,1 m

Consumo
Urbano: 9,1 km/l
Rodivário: 13,1 km/l

Ruído interno
Neutro/RPM máx.: 39,1/66,5 dBA
80/120km/h 63,3/70,2 dBA

Aferição
Velocidade real a 100 km/h: 98 km/h
Rotação do motor a 100 km/h: 1.750 rpm

Seu bolso
Preço: R$ 108.750
Garantia: 5 anos
Revisões: R$ 4.078
Seguro: R$ 3.128

Ficha técnica
motor: flex, diant., transv., 4 cil., 16V, 1.499 cm3, 77 x 80,5 mm, 150/147 cv a 5.500 rpm, 21,4 kgfm a 4.000 rpm câmbio: automático CVT, 6 marchas simuladas, tração dianteira direção: elétrica, 11 m (diâmetro de giro) suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.) Freios: disco ventilado (diant.) e sólido (tras.) pneus: 205/50 R17 peso: 1.364 kg peso/potência: 9,1 kg/cv peso/torque: 63,7 kg/kgfm dimensões: compr., 467,5 cm; larg., 181,4 cm; alt., 149,3 cm; entre-eixos, 265 cm; altura livre do solo, 12,9 cm; porta-malas, 570 l, tanque, 48 l

1º Corolla GLi – R$ 110.190

Corolla tem visual mais simples (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O Corolla levou a melhor desta vez, mas não pense que a vida dele foi um passeio. A versão mais barata do sedã feito em Indaiatuba (SP) ainda é a mais cara do trio (embora a diferença não seja tão grande) e a menos equipada. Só que o trunfo do Corolla está na ponta do lápis, nos custos após a compra. O Corolla foi o mais econômico em nossos testes e teve as revisões mais baratas que o Arrizo e, principalmente, que o Cerato.

Além de corroborar a fama da marca, o bolso agradece. E, mesmo mais simples, o GLi da Toyota está longe de ser pobre. Embora o painel seja em um pouco inspirado tom de cinza, que domina a cabine, o interior é completo, com direito a uma vistosa central multimídia com tela de 8 polegadas, igual à das versões mais caras.

Interior tem revestimentos simples, mas é bem equipado (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Além disso, mesmo com revestimento mais “simplinho”, os bancos são os mais confortáveis do trio, com ótimo apoio ao corpo. Sob o capô, o 2.0 é competente, mas quem brilha é o CVT que simula dez marchas em modo manual. O Corolla supreende pela agilidade e compostura na cidade, sendo propriamente gostoso de guiar.

Esse pacotão acabou mantendo o Corolla no topo e justificando o gasto extra, que nem é tão mais alto que o dos demais. Se você não se importar com o visual comportado, é a escolha.

TESTE – Corolla GLi

Aceleração
0 a 100 km/h: 10 s
0 a 1.000 m: 31,1 s – 173,4 km/h
Velocidade máxima: 208 km/h

Retomadas
40 a 80 km/h: 4,2 s
60 a 100 km/h: 5 s
80 a 120 km/h: 6,3 s

Frenagens
60/80/120 km/h: 14,7/26/59,1 m

Consumo
Urbano: 12,2 km/l
Rodoviário: 16,4 km/l

Ruído interno
Neutro/RPM máx: 39/69,1 dBA
80/120 km/h: 63,2/68 dBA

Seu bolso
Preço: R$ 110.190
Garantia: 5 anos
Revisões até 60 mil km: R$ 3.974
Seguro: R$ 3.432

Ficha técnica
motor: flex, diant., transv., 4 cil., 16V, injeção direta e indireta multiponto, 1.987 cm3, 80,5 x 97,6 mm, 177/169 cv a 6.600 rpm, 21,4 kgfm a 4.400 rpm câmbio: CVT, 10 marchas simuladas, tração dianteira direção: elétrica, 10,8 m (diâmetro de giro) suspensão: McPherson (diant.), multibraço (tras.) Freios: disco ventilado (diant.) e sólido (tras.) pneus: 205/55 R16 peso: 1.375 kg peso/potência: 7,8 kg/cv peso/torque: 64,3 kg/kgfm dimensões: compr., 463 cm; larg., 178 cm; alt., 145,5 cm;entre-eixos, 270 cm; altura livre do solo, 14,8 cm; porta-malas, 470 l, tanque, 50 l

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