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BYD Tan 2024 tem (bem) mais autonomia e mantém desempenho de esportivo

SUV elétrico da BYD tem agora mais de 460 km de autonomia e mesmo ficando mais pesado na linha 2024 não teve mudança na aceleração de 0 a 100 km/h

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 jun 2024, 17h01
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 (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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A BYD começou a vender carros de passeio no Brasil em fevereiro de 2022 justamente com o BYD Tan, o primeiro SUV elétrico de sete lugares do País. Oferecia luxo e desempenho na tentativa de botar medo em marcas como Audi, BMW, Mercedes e Volvo, mas está longe se ser comum nas ruas.  Agora, pouco mais de dois anos depois, o Tan é também o primeiro BYD a passar por uma reestilização no Brasil, com direito a novidades mecânicas e nos equipamentos.

O que realmente chama atenção no visual é a nova dianteira. O novo BYD Tan tem novo para-choque com detalhes mais arredondados, mas o destaque é a exclusão da antiga grade. Agora a dianteira tá bem mais fechada, com mais cara de carro elétrico. E ele passa a ter uma barra em cinza fosco com o nome da marca, como no Han, no Yuan Plus e no Song Plus.

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Os faróis são os mesmos, com iluminação full led, facho alto automático e setas dinâmicas. De lado nada muda, até as rodas de 22 polegadas são as mesmas, com a pintura em preto fosco.

São 4,97 metros de comprimento e o entre-eixos tem 2,82 metros. É porte de BMW X6, de Audi Q8. Inclusive, ele está 10 cm maior do que o modelo anterior.

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Na traseira o Tan mantém as belas lanternas em led que são interligadas, mas muda o para-choque, que ganha elementos de design extras.

O porta-malas apresenta duas capacidades. A primeira, com os dois bancos extras disponíveis: são 235 litros, mais que o porta-malas de um Fiat Mobi. Com os bancos extras rebatidos, a BYD promete 940 litros. 

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O que mudou internamente?

A terceira fileira jamais será o ambiente mais confortável de um carro com sete lugares, mas ela até se esforça. Os bancos têm o mesmo padrão dos outros, são bonitos, até confortáveis, mesmo sendo mais simples, menores. 

As pernas ficam numa posição não tão agradável, com joelhos bem acima da cintura. É suficiente para uma viagem não tão longa, mas pessoas com estaturas mais altas irão sofrer, mesmo que a fileira central deslize sobre trilhos e possa ir mais pra frente.

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Já para quem senta na segunda fileira o espaço para pernas e ombros é generoso. E ainda desfrutam de saídas de ar-condicionado exclusivas e uma pequena tela no console central para o controle do ar-condicionado, uma novidade da linha 2024. 

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O BYD Tan usa materiais de ótima qualidade, tem superfícies emborrachadas, como o painel e as portas. A montagem é excelente também. É um padrão realmente premium. Os bancos são muito confortáveis, seguram bem o corpo, e ainda têm ventilação, aquecimento e massagem, e ajustes elétricos com memórias de posição.

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A tela do quadro de instrumentos tem 12,3 polegadas e a da central multimídia tem 15,6 polegadas, e continua sendo giratória. A multimídia teve o sistema atualizado, está mais fácil de operar e segue o padrão dos demais BYD. Mas o mais importante é que agora tem Android Auto e Apple Carplay com conexão sem fio. 

Outra novidade é o sistema de som da Dynaudio, com 775w e 12 alto-falantes. Também tem uma câmera interna, na qual é possível fotografar e filmar o ambiente interno. E o sistema de câmeras para a parte externa é ainda mais completo com visualização 3D e 360 graus.

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Bom, tem ainda aquele pacotão bem completo de ADAS, os sistemas de auxílio e segurança, como piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência, alerta de tráfego cruzado traseiro, alerta de pontos cegos, sistema de permanência em faixa. Em alguns deles você consegue até configurar o nível de sensibilidade.

Tem também a leitura de placas de velocidade, que indica no painel e te avisa caso você exceda. Mas esse é um problema, como Seal e no Dolphin Plus o recurso é irritante, porque muitas vezes ele interpreta a velocidade errada e o aviso sonoro vai acabar tirando a sua atenção do trânsito. É possível desativar, mas é necessário repetir essa operação todas as vezes que o carro for ligado. Já os outros sistema ADAS melhoraram na nova linha, eles eram mais invasivos e agora estão melhor calibrados.

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Mudou o desempenho e chega ainda mais longe

O motor do BYD Tan não mudou, os motores na verdade, porque são dois: um no eixo dianteiro e um no traseiro. Por isso, ele tem tração integral. A potência segue de 517 cv, mas o torque agora é de 71,4 kgfm. Antes eram 69,3 kgfm.

A bateria é nova e está bem maior, agora tem 108,8 kWh, antes eram 86,4 kWh. Esse incremento de 26% implicou em um bom ganho de autonomia. Nos nossos testes, o alcance misto projetado foi de 462 km. No modelo antigo eram 315 km. Inclusive, o consumo urbano melhorou, era de 3,6 km/kWh e agora é de 4,8 km/kWh . O rodoviário não mudou, os mesmos 3,7 km/kWh.

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As velocidades de recarga também aumentaram e agora dá pra realizar recargas lentas a até 11 kW e rápidas até 170 kW. Isso reduz o tempo de espera. Só que essa nova bateria deixou o Tan mais pesado: são 141 kg a mais em relação ao modelo anterior, chegando aos 2.630 kg.

Por isso, segundo a BYD, ele teria perdido desempenho. Mas na prática, na nossa pista, não foi o que aconteceu. Ele foi até mais rápido. No arredondamento permaneceu com um 0 a 100 km/h feito em 4,9 segundos. Mas nos números exatos, o novo Tan foi quase 0,1 segundo mais rápido, fez em 4,86 segundos. No anterior fez em 4,95 segundos. Nos números da BYD, ele fazia em 4,6 segundos e agora faz em 4,9 segundos. Mas as retomadas pioraram, de fato. 

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(Fernando Pires/Quatro Rodas)
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É um carro que anda muito, nem parece que tem mais de 2,5 tonelada. As retomadas com pé embaixo dão aquelas pancadas que assustam quem estiver dentro. Acelera mesmo como esportivo. E a dinâmica do carro acompanha, é bem equilibrado, tem uma direção com um bom peso, bem direta, o peso da bateria no assoalho também ajuda a carroceria ficar mais colada ao chão.

E claro que tem o trabalho da suspensão, que tem novidades. Ela passa a ser eletrônica, portanto ela se torna ainda mais macia no modo conforto e mais rígida no modo esportivo. As diferenças entre cada modo são bem evidentes.

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(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O BYD Tan 2024 parte de R$ 536.800, e quem comprar leva pra casa um carregador do tipo wallbox. São cinco anos de garantia para o carro e oito anos para a bateria. Assim como há dois anos, o Tan continua impressionando, é um carro que entrega muito pela faixa de preço que ocupa. Ele tem luxo, tecnologia, desempenho, espaço, e agora ainda tem um alcance mais do que satisfatório.

Só que a proposta mudou. Hoje ele serve mais como uma vitrine da BYD, para mostrar do que a marca é capaz e o foco não está nas vendas, que foram inexpressivas nesses dois anos.

Mas quem sabe, com o passar do tempo, com o estabelecimento da marca por aqui, ele não vira esse jogo? Porque é um segmento que demanda mais confiança, que tem compradores mais conservadores. Mas, por outro lado, a BYD está cada vez mais popular, com carros mais baratos, e isso balança essa imagem premium.

TesteBYD Tan 2024

Aceleração
0 a 100 km/h: 4,9 s
0 a 1.000 m: 25,9 s – 192,2 km/h
Velocidade máxima: 190 km/h (dado de fábrica)
Retomadas
D 40 a 80 km/h: 2,4 s
D 60 a 100 km/h: 2,5 s
D 80 a 120 km/h: 3,1 s
Frenagens
60/80/120 km/h a 0: 14,2/25/57,7 m
Consumo
Urbano: 4,8 km/kWh
Rodoviário: 3,7 km/kWh
Ruído interno
Neutro/rpm máx.: -/- dBA
80/120 km/h: 54,6/57,1 dBA
Aferição
Velocidade real a 100 km/h: 98 km/h
Volante: 2,5 voltas

Ficha Técnica – BYD Tan 2024

Motores: dois, elétricos síncronos permanentes, 517 cv, 71,4 kgfm
Baterias: fosfato de ferro-lítio, 108,8 kWh
Autonomia: 462 km (ciclo misto)
Câmbio: 1 marcha, tração integral
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (diant.), multilink (tras.)
Freios: disco ventilado perfurado (diant. e tras.)
Pneus: 265/40 R22
Dimensões: compr., 497 cm; larg., 195 cm; alt., 172,5; entre-eixos, 282 cm; porta-malas, 230/940/1.655 l; peso, 2.630 kg

 

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