Audi RS3: um monstro em miniatura
O quase superesportivo RS 3 volta ao mercado mais feroz e mais econômico. Além disso, é uma prova de que milagres acontecem: custa menos do que há cinco anos
Esta é a terceira vez que avalio um RS 3. Minhas experiências anteriores foram em 2011 e 2012, ambas a bordo do hatch de segunda geração. E eis que coloco as mãos na última safra deste (super?) esportivo compacto. Só tenho um comentário a fazer: a espera de quatro anos compensou.
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Ele estreia o motor de cinco cilindros mais potente na história da linhagem RS. Desenvolve 367 cv, 27 a mais que o modelo anterior. Não houve mudanças mecânicas, apenas ajustes no cabeçote, turbina e no tempo de abertura das válvulas para otimizar a eficiência termodinâmica.
O ganho de potência aliado a um regime – o alemão está 130 kg mais leve – favoreceu o consumo. Fizemos 8,7 e 13,7 km/l (ciclos urbano e rodoviário), ante 8 e 12 do RS 3 de 2011. Porém, na prova de 0 a 100 km/h e nas retomadas de marcha, o resultado foi praticamente idêntico.
Na parte externa, a Audi promoveu um realinhamento de estilo à nova linhagem da marca: uma faixa de led junto aos faróis dianteiros, e uma miniasa estilizada na parte inferior do para-choque. Há cinco anos, estava na moda uma faixa vermelha circundando as rodas. Esse recurso datado e exagerado já à época, foi abandonado (ufa!). Mas preservou o tamanho – 19 polegadas – e optou por abandonar o uso de pneus de medidas diferentes em cada eixo. Agora é um 235/35 R 19 nas quatro rodas. Isso vale para o RS 3 vendido no Brasil, em versão única, por R$ 290.990. Na Alemanha, ainda é possível optar pelas medidas diferentes.
E o novo preço surpreende de forma positiva: é inferior ao de janeiro de 2012 (R$ 298.000). Aparentemente, não é uma pechincha, mas mude o ponto de vista. Veja só: os números de desempenho do RS 3 são comparáveis aos do TT e até do R8 (dono de um 5.2 V10 de 550 cv). Porém, custa três vezes menos que o superesportivo mais caro da Audi. Além disso, carrega cinco e oferece muito mais conforto no dia a dia.
Aliás, a melhor qualidade do RS 3 é ser um esportivo viável para uso diário. Tem porta-malas razoável (280 l), entre-eixos generoso (263,1 cm) e muito conforto interno. Os bancos são forrados com couro Napa e o multimídia tem som da Bang & Olufsen. Uma tela de LCD fica escondida quando não está em uso, no topo do painel (antes era fixa abaixo das saídas de ar), com controle de áudio no console – até então o local era ocupado pela alavanca do freio (agora o acionamento é por botão).
A sensação é de que o novo RS 3 é quase perfeito – o mesmo que senti em 2012. RS 3, nos vemos em 2020.
VEREDICTO
Feito para quem gosta de dirigir, oferece nível de ergonomia excepcional, com entrega incomum de potência. É uma máquina de contornar curvas.
| ACELERAÇÃO | |
|---|---|
| de 0 a 100 km/h: | 4,3 s |
| de 0 a 1.000 m: | 23 s – 230 km/h |
| VELOCIDADE MÁXIMA: | 250 km/h (dado de fábrica) |
| RETOMADA | |
| de 40 a 80 km/h (em D): | 2,3 s |
| de 60 a 100 km/h (em D): | 2,5 s |
| de 80 a 120 km/h (em D): | 3,1 s |
| FRENAGENS | |
| 60 / 80 / 120 km/h a 0: | 15,2 / 25,7 / 59,8 m |
| CONSUMO | |
| urbano: | 8,7 km/l |
| rodoviário: | 13,7 km/l |
| Preço: | R$ 290.990 |
|---|---|
| Motor: | gas., diant., transv., turbo, 5 cil., 2.480 cm3, 20V, 367 cv entre 5.500 e 6.800 rpm, 47,4 mkgf entre 1.625 e 5.550 rpm |
| Câmbio: | automático, 7 marchas, tração integral |
| Suspensão: | McPherson(diant.) / multilink (tras.) |
| Freios: | discos vent. (diant. e tras.) |
| Direção: | elétrica, 10,7 m (diâm. giro) |
| Rodas e pneus: | liga leve, 235/35 R19 |
| Dimensões: | comprimento, 434,3 cm; altura, 141,1 cm; largura, 180 cm; entre-eixos, 263,1 cm |
| Equipamentos de série: | ar-condicionado dual zone, GPS, couro, teto solar, controle de pressão nos pneus |
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