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Audi A3 Sportback

Mais longo que a geração anterior, o Sportback é mais que um A3 com quatro portas

Por Joaquim Oliveira | Fotos: Tobias Sagmeister
Atualizado em 9 nov 2016, 08h00 - Publicado em 24 dez 2012, 14h32
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Nunca é demais lembrar que a Audi tem a difícil missão de se defender do feroz ataque da BMW (com o Série 1) e da Mercedes (com o revolucionário Classe A) na luta pelo hatch premium mais vendido do mundo. Por isso todo reforço na linha A3 para aumentar sua participação no mercado é bem-vindo. Daí a chegada do Sportback reformulado, uma versão de quatro portas e com perfil mais para perua que para hatch.

Um dos seus principais trunfos da nova geração é usar a nova plataforma MQB da Volks, que dá maior flexibilidade na produção. O que foi muito útil no caso do Sportback, pois permitiu aumentar seu entre-eixos em 6 cm em relação à geração anterior, lembrando que ele tem 3,5 cm a mais que o do A3 duas portas. Os ganhos também são sentidos no porta-malas com 30 litros a mais, com um total de 380.

Quem esperava revoluções estilísticas é melhor pensar em outra marca, porque na Audi tudo se define com base em critérios de elegância e consistência de linhas que fazem o DNA da marca, do A1 ao A8. No Sportback transparece a ideia de horizontalidade, largura, faróis marcantes típicos da Audi e algumas arestas mais vivas na traseira. A nova plataforma também rendeu uma perda de peso de até 90 kg. A receita envolve o aumento considerável na aplicação de aços de extrema rigidez (mais finos e mais resistentes), novos bancos (igualmente mais leves) e, em alguns casos, na substituição de blocos de motor de aço por alumínio, material que também está nas laterais dianteiras, no capô e chassi.

Aumentar a distância entre os eixos teve consequências no comportamento dinâmico, com maior conforto ao rodar, assim como no espaço interno, ponto em que o Sportback avançou bastante. O carro está menos apertado tanto na frente como atrás. Além dos 30 litros extras, o porta-malas agrada pelo melhor acabamento e pelas superfícies mais aproveitáveis, que de tão geométricas permitem a colocação do assoalho em duas alturas – a posição mais alta cria uma vasta área de carga totalmente plana quando se rebate o banco traseiro.

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Na cabine temos revestimentos com materiais de toque muito suave e de construção cuja solidez tornou a Audi uma referência no segmento. Chama atenção a simplicidade das linhas e a apresentação geral do painel ligeiramente direcionado para o motorista, cuja zona central pôde ser liberada de comandos graças à passagem da central de informações e entretenimento para o porta-luvas e pela troca da alavanca do freio de mão por um botão.

Nas versões mais equipadas, essa sensação de interior mais limpo de botões e de perfeita ergonomia é reforçada pelo comando MMI (Multi Media Interface). Dependendo do pacote, há um monitor colorido de 7 polegadas no alto do painel, que pode subir e descer. Nele consultamos (e manuseamos) tudo o que diz respeito aos ajustes do carro, utilização de celular, navegação, áudio, internet etc. Para o test-drive, tivemos a oportunidade de dirigir a versão 1.2 TFSI, com 105 cv, a mais barata e menos potente da linha a gasolina na Europa. Em primeiro lugar, devemos lembrar que o A3 (como no novo VW Golf europeu) com motor de 105 cv utiliza um eixo traseiro de torção e não a suspensão multilink, porque os engenheiros alemães entendem que esse sistema mais simples é suficiente para o desempenho esperado por uma versão de entrada.

É verdade que na maioria das situações de uso seu comportamento é muito competente e que o rendimento do motor nem sequer coloca grandes desafios ao chassi, que dá e sobra nesse caso. O que não quer dizer que os passageiros traseiros não sintam mais as irregularidades do piso, especialmente nas ruas brasileiras. Por outro lado, a suspensão multilink (usada nos A3 equipados com motores acima de 122 cv) mostra capacidade superior para absorver a maior parte dos altos e baixos das estradas ruins sem comprometer o equilíbrio do chassi em curva e sem prejudicar o conforto dos pasageiros.

Nas versões com suspensão esportiva (15 mm mais baixa) já se notam mais vibrações. Por isso, mesmo os motoristas mais exigentes terão resultado melhor se optarem pela configuração normal. Ou então partir diretamente para a suspensão com amortecimento eletrônico, associada ao Audi Drive Select. Ele dispõe de cinco programas que combinam os ajustes da resposta do motor, da assistência da direção e da resposta do câmbio, além do funcionamento do ar-condicionado. A direção é agora mais direta (volante com 2,75 voltas, ante as 2,9 anteriores) e recebe poucas vibrações vindas da suspensão dianteira, mas o sistema continua a não ser tão comunicativo, estando claramente abaixo do

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nível do BMW Série 1, referência nesta categoria.

No Brasil, o novo A3 Sportback está previsto para chegar às lojas em maio, por enquanto na versão 1.8 de 180 cv, ainda sem preço oficial definido.

VEREDICTO

Por apenas 850 euros extras, o novo A3 oferece mais porta-malas e espaço traseiro. Assim ele pode agradar tanto quem gosta de hatch como alguns fãs de perua.

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