Volkswagen promete linha completa de híbridos flex nacionais a partir de 2026
Primeiro carro híbrido flex será produzido em São Bernardo do Campo, com tecnologia igual à do Toyota Corolla
Um ano depois do anúncio de que iria produzir carros híbridos no Brasil, a Volkswagen enfim começa a detalhar os planos de eletrificação para toda a América do Sul. A fabricante anuncia que, a partir de 2026, todos os novos veículos desenvolvidos na região terão versões eletrificadas.
A estratégia da Volkswagen será variada, trabalhando com todas as modalidades de sistemas híbridos: híbridos leves (MHEV), híbridos plenos (HEV) e híbridos plug-in (PHEV). O objetivo é adequar a oferta aos diferentes perfis de consumidores, aproveitando o potencial dos biocombustíveis nacionais, como o etanol. Carros elétricos não estão nos planos neste momento.
O primeiro fruto dessa nova era já está confirmado. A fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), será responsável pela produção do primeiro veículo baseado na nova plataforma MQB37. Este modelo utilizará um sistema de propulsão HEV flex, ou seja, um híbrido pleno.
A plataforma MQB37 era conhecida também como MQB-A1, usada por modelos maiores como Golf e Tiguan. A VW substituirá a MQB27 (também chamada de MQB-A0) pela base mais moderna, por ela permitir a adoção de sistemas eletrificados, algo que não é possível na MQB27 e que impossibilitou modelos como T-Cross e Polo de receberem versões híbridas até mesmo na Europa.
O sistema híbrido pleno tinha sido confirmado por Thomas Schäfer, CEO global da marca, em uma declaração à revista Autocar. O executivo disse que a tecnologia foi desenvolvida pensando na América do Sul.
Um dos pilares será o novo motor 1.5 TSI EVO2, uma evolução do 1.4 turbo que traz mudanças para aumentar a eficiência, como turbocompressor de geometria variável, sistema de injeção direta a 350 bar, tecnologia de desativação de cilindros e operação em ciclo Miller. O propulsor será produzido em São Carlos (SP).
Além do híbrido pleno, a Volkswagen terá carros com a tecnologia híbrida leve, utilizando um gerador no lugar do alternador, para entregar uma pequena força extra em momentos específicos. Rumores dizem que a VW trazer o MHEV plus da Audi, um tipo de “super híbrido leve” que com um funcionamento bem próximo de um híbrido normal.
Os modelos mais caros e maiores terão o sistema híbrido plug-in, utilizando baterias de maior capacidade para entregar uma autonomia maior e a possibilidade de rodar por mais de 50 km usando somente a energia elétrica. A fabricante só disponibilizou esta tecnologia no Brasil uma única vez com o Golf GTE.
Para viabilizar a transição, a Volkswagen do Brasil adquiriu linhas de crédito de R$ 2,3 bilhões junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). O anúncio foi realizado nesta sexta-feira (31/10), na própria fábrica de Anchieta.
O aporte, vindo da linha BNDES Mais Inovação, não se destina apenas aos motores. A Volkswagen usará os recursos para o desenvolvimento local de novas tecnologias de ADAS (Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor) e de conectividade para seus sistemas de infotainment.
A eletrificação é um pilar central do ciclo de investimentos de R$ 20 bilhões da marca na América do Sul, programado até 2028. Desse total, R$ 16 bilhões são destinados especificamente ao Brasil, prevendo uma ofensiva de 17 novos veículos para o país.
Parte do financiamento do BNDES também será utilizada para impulsionar as exportações. A Volkswagen reforça sua posição como a maior exportadora do setor automotivo brasileiro, com um histórico de 4,4 milhões de unidades enviadas para 147 mercados desde 1970.
“Tem início uma nova era de eletrificação da Volkswagen do Brasil”, afirmou Ciro Possobom, presidente e CEO da VW do Brasil. “Teremos uma solução completa, democratizando a eletrificação e o acesso a tecnologias avançadas de segurança”, completou o executivo.

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