A Volkswagen aproveitou a apresentação do Virtus (o sedã derivado do novo Polo) para confirmar a importação do Golf GTE e do e-Golf ao Brasil.
Os dois modelos fazem parte do planejamento estabelecido pela própria VW de fazer 20 lançamentos (entre modelos totalmente novos e reestilizações) até 2020.
O presidente da empresa, Pablo Di Si, afirmou que a quantidade de veículos trazidos para cá dependerá da concessão de incentivos do Rota 2030, novo regime automotivo (ainda não anunciado pelo governo brasileiro) que deve substituir o Inovar Auto a partir de 2018.
Golf GTE tem desempenho e estilo de GTI
A versão híbrida do Golf já está há algum tempo entre nós. Isso porque ele esteve no último Salão do Automóvel e participa constantemente dos eventos realizados pela empresa.
O primeiro veículo híbrido plug-in da marca é movido por dois motores: o conhecido 1.4 TSI (de 150 cv) e um motor elétrico de 102 cv. A potência máxima é de 205 cv, auxiliada pela transmissão automatizada de dupla embreagem de seis marchas.
Juntos, eles fazem o hatch ir de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e atingir a velocidade máxima de 222 km/h. Um GTI ainda é mais rápido (6,5 segundos e 246 km/h), mas os tempos de retomada são semelhantes graças ao torque instantâneo proporcionado pelo motor elétrico do GTE.
É possível dirigi-lo em modo 100% elétrico por até 50 km. As baterias podem ser totalmente recarregadas em 3h45 em uma tomada de 220 volts, caindo para 2h15 se o cliente usar um carregador rápido fornecido pela própria VW.
Segundo a fabricante, a autonomia total combinando os motores a combustão e a eletricidade chega a 939 km.
Alguns detalhes indicam que o GTE é movido a eletricidade. Um deles é a presença de um indicador de consumo de energia no lugar do conta-giros.
Ao lado fica um visor digital que mostra o nível de carga da bateria. O visual é fortemente inspirado no Golf GTI, mas com uma importante (e irreverente) mudança: os detalhes externos vermelhos foram pintados de azul, assim como o tradicional revestimento xadrez dos bancos, marca registrada do GTI.
A alavanca de câmbio traz a posição B, uma espécie de freio-motor que aumenta a resistência gerada pela frenagem regenerativa e ajuda a manter as baterias carregadas.
O ato de frear é feito em dois estágios: apenas por meio do motor elétrico, quando o motorista para de acelerar (o que serve para dar mais carga à bateria), ou com o motor elétrico e o sistema tradicional (hidráulico) juntos, quando se pisa mais forte.
Há dois botões importantes perto do câmbio. A tecla GTE seria uma espécie de ajuste esportivo, que tira o melhor do sistema híbrido e aumenta o peso da direção, a firmeza da suspensão variável (quando instalada) e a rapidez da troca de marchas e da resposta do acelerador.
O outro botão é o E-mode, que faz o carro rodar só na eletricidade – quando as baterias estão vazias, é possível transformar o motor a gasolina em gerador para recarregá-las.
No modo padrão, o GTE arranca sempre com o motor elétrico e, se o motorista não pisar muito forte no acelerador, ele continuará assim até os 130 km/h.
e-Golf roda até 300 km sem recarregar baterias
O e-Golf é totalmente movido a eletricidade. Seu motor gera o equivalente a 136 cv e teve um aumento de 50% na autonomia, chegando a 300 km – dependendo de variáveis como o estilo de condução e do uso do ar-condicionado.
A estimativa é que a bateria do e-Golf esteja totalmente recarregada em menos de seis horas.
Segundo a montadora, o veículo acelera de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos e atinge a velocidade máxima de 150 km/h. Semelhante ao de outros modelos da linha Golf, o sistema de entretenimento a bordo pode ser comandado por gestos.
Vale lembrar que a versão elétrica inclui as mudanças realizadas na reestilização da linha Golf, que deve estrear no Brasil em 2018.
Entre as novidades, o hatch médio ganhou novos faróis e lanternas e o painel digital, já oferecido pela marca no Brasil no novo Polo.