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Carros premium com produção nacional devem ficar cada vez mais raros

Frustradas em seus planos, marcas de luxo reveem suas estratégias de produção no Brasil

Por Paulo Campo Grande
Atualizado em 23 set 2019, 07h00 - Publicado em 23 set 2019, 07h00
Lançado este ano, novo Evoque não será produzido no Brasil. (Arquivo/Quatro Rodas)

Com vendas abaixo do esperado e investimentos sem retorno, as marcas premium, que abriram fábricas no Brasil em troca da redução de impostos oferecida pelo programa do governo Inovar-Auto (2012-2017), estão revendo suas estratégias no país.

Não é de hoje que as dificuldades se avolumam. Segundo analistas do mercado, as projeções feitas no início nunca se realizaram. Porém, à medida que o tempo passa, a frustração só aumenta.

Land Rover Discovery
Discovery Sport segue em produção na fábrica da Jaguar Land Rover. (Divulgação/Land Rover)

Pior do que isso, a renovação cíclica dos modelos coloca o planejamento em xeque já que são necessários mais investimentos para promover a modernização das linhas de montagem.

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A Land Rover, por exemplo, já anunciou que não vai produzir a nova geração do SUV Evoque, o modelo que marcou a estreia da produção local da marca, em 2016.

Versão especial do A3 comemora 25 anos da Audi no Brasil. (Divulgação/Audi)

Apresentado em julho, o Evoque 2020 será comercializado no Brasil, mas somente importado da Inglaterra.

Assim, a fábrica da Jaguar Land Rover em Itatiaia (RJ) segue montando apenas um modelo: o SUV Discovery Sport, que em breve será reestilizado.

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Novo Q3 importado chega ao Brasil no início de 2020. (Divulgação/Audi)

O caso mais crítico é o da Audi, que também iniciou a produção de dois modelos no Brasil, A3 Sedan (2015) e SUV Q3 (2016), e ambos estão em fase de troca de geração.

O A3 Sedan ainda não mudou, mas sua nova geração deverá ser apresentada em 2020. Segundo fontes ligadas à fábrica, o novo A3 não será produzido aqui.

Além do sedã Classe C a Mercedes produz o SUV GLA em Iracemápolis (SP). (Arquivo/Quatro Rodas)

O Q3, que ganhou a nova geração em julho de 2018, também chegará ao país importado. Sua produção no Brasil foi encerrada em janeiro.

Perguntada sobre a fabricação dos carros no país, a Audi diz que o A3 seguirá em produção, sem dar detalhes se manterá a versão atual em linha mesmo depois da mudança na Europa ou se atualizará a oferta por aqui também.

Já no que diz respeito ao Q3, a empresa afirma que está avaliando a questão, mas ainda não tem uma decisão final. A previsão é de que o Q3 importado chegue às concessionárias no início de 2020.

Se sua nacionalização ocorrer, será apenas após o encerramento da linha do A3.

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Outra marca que construiu nova fábrica no Brasil devido ao Inovar-Auto foi a Mercedes, também com dois modelos: o Classe C e o GLA, que seguem sem alteração de planos.

Esses dois modelos foram reestilizados recentemente e ainda esperam por novas gerações (o próximo Classe C deve chegar em 2021 e o GLA ainda não tem previsão).

A única marca premium que renovou sua oferta e demonstrou disposição para seguir com os planos do tempo do Inovar-Auto é a BMW. Ela nacionalizou a recém-lançada nova geração do sedã Série 3.

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A BMW lançou este ano a nova geração do Série 3 produzida na unidade de Araquari (SC). (Arquivo/Quatro Rodas)

Desde a inauguração de sua unidade em Araquari (SC), em 2014, a BMW também já deixou de fabricar alguns modelos, como o hatch da Série 1 e seu par, o Countryman, da Mini, marca do grupo.

Em compensação, ampliou a linha de SUVs com a chegada do X4, além do X1 e do X3.

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