Renault na Fórmula 1, sinônimo de conquistas e inovações
Em quatro décadas na categoria, a montadora conquistou 12 títulos e mais de 160 vitórias e ainda desenvolveu tecnologias que estão em seus carros de passeio
Além de uma corrida emocionante por conta da chuva e da comoção pelo último GP em casa de Felipe Massa, os brasileiros que estiveram em Interlagos também puderam apreciar uma novidade no grid em relação à temporada passada: os carros da equipe Renault, com sua inconfundível pintura preta e amarela, estavam de volta. Em 2016, após a compra da Lotus, a Renault iniciou um novo capítulo em sua vitoriosa história na categoria mais importante do automobilismo, alinhando uma equipe própria pela terceira vez (as outras passagens foram entre 1977 e 1985 e entre 2002 e 2011). Mas, mesmo quando não estava presente como equipe, a Renault manteve-se como fornecedora de motores – lá se vão quatro décadas e nada menos que 12 campeonatos mundiais de construtores e 11 de pilotos. Aliás, a paixão da Renault pelo esporte a motor já tem mais de um século:
Neste ano, a equipe viveu uma fase de transição, após a compra da Lotus, que vivia uma crise financeira e pouco investiu no carro de 2016. “Sabíamos que este seria um ano difícil, mas nossos objetivos são de longo prazo. Queremos estar regularmente no pódio nos próximos três anos e brigar pelo título em até cinco temporadas”, explicou Jérôme Stoll, Presidente da Renault Sport Racing, em uma conversa nos boxes da escuderia antes da corrida. O executivo ainda ressaltou a transferência de tecnologia que acontece entre as pistas e os modelos de passeio. “Nós lançamos os motores turbo na F-1 na década de 70 e, na época, fomos chamados de loucos. Mas, hoje, o turbo é padrão na categoria e está em boa parte dos carros de rua”, disse.
Quem quiser um exemplo mais atual pode visitar o Salão do Automóvel e conferir, no estande da Renault, os novos motores SCe (sigla em inglês para Smart Control Efficiency). Tanto a unidade 1.0 de três cilindros como a 1.6 de quatro utilizam uma série de tecnologias que surgiram nas pistas e agora ganham as ruas. Por exemplo o sistema ESM (Energy Smart Management) inspirado no sistema de recuperação de energia, que é usado nos motores Energy V6 de 1,6 litros nos carros da F-1 – e que, por sinal, também está exposto no evento.
A Renault esteve presente em Interlagos também de outras formas. Quem chegava de helicóptero ao autódromo tinha o privilégio de ser um dos primeiros brasileiros a andarem no Koleos, SUV top de linha que será lançado em 2017 e um dos principais destaques do Salão. Este era o carro que realizava os traslados até os Hospitality Centers. A organização do evento ainda recebeu um ZOE e três unidades do compacto Twizy (modelos elétricos, de emissão zero), além do esportivo Sandero R.S., o sedã Fluence, o SUV Duster, a picape Duster Oroch e furgões da linha Master, líder de mercado no Brasil, para o transporte de passageiros.
E, no Paddock Premium, em frente ao Hospitality Center da Renault, esteve exposto um dos dois únicos exemplares do Étoile Filante (Estrela Cadente, em português), que bateu quatro recordes de velocidade em 1956, no tradicional lago salgado de Boneville, nos Estados Unidos. Duas dessas marcas, aliás, não foram batidas até hoje.