Renault Captur e Ford Ka: os brasileiros preferem o motorzinho
Mix das versões com motor mais forte equivalem a menos de 15% das vendas. SUV com propulsor 2.0 e hatch com 1.5 são praticamente um nicho
É comum que um mesmo modelo seja vendido com diferentes tipos de motor. Mas nem sempre o consumidor dá atenção a todas as opções.
Levantamento feito pela consultoria Jato Brasil a pedido da QUATRO RODAS revela os motores preferidos em alguns carros no primeiro semestre de 2018.
No Renault Captur, o motor 2.0 16V de 148 cv, disponível em três versões, responde por apenas 4% das vendas – os outros 96% correspondem ao motor 1.6.
O Ford Ka também vive de extremos: as quatro versões com motor 1.5 responderam só por 11,7% das 47.339 unidades emplacadas. O restante é 1.0.
Mas o número de opções não limita as vendas. A única versão do Chevrolet Prisma com motor 1.0, a Joy, deteve 32,5% das 32.012 unidades do sedã compacto. No Toyota Etios hatch, a versão X, única com motor 1.3, foi responsável por 54,3% dos 19.509 emplacamentos na primeira metade do ano.
Você até pode dizer que o preço influencia essa predileção por alguns motores, mas não é bem assim.
O motor preferido dos compradores da Fiat Toro é o 2.0 turbodiesel presente nas versões mais caras da picape. Esteve presente em 53,3% das 26.060 unidades emplacadas até junho contra 39,7% do 1.8 flex e modestos 7% do 2.4 flex.
O Volkswagen Polo viveu situação semelhante. Enquanto o motor 1.0 aspirado ficou com 18,4% de participação e o 1.6 respondeu por 27%, o motor 1.0 TSI das versões automáticas (e mais caras) tomou conta dos 54,6% restantes.