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Quando comprar um carro que acabou de ser lançado?

O fator novidade pode ser tentador, mas carros recém-lançados podem apresentar problemas no início; de qual lado você fica?

Por Redação
27 jan 2024, 13h17

Qual é a melhor hora para comprar carro levando em conta o tempo que o modelo está no mercado?

Como quaisquer produtos, carros passam por diferentes fases ao longo de seu ciclo de vida. Os especialistas definem basicamente quatro etapas: introdução, crescimento, maturidade e declínio.

A duração de cada etapa varia conforme o modelo e as influências do mercado, o comportamento da economia, os movimentos da concorrência, etc.

Isso sem falar que as fábricas tomam medidas para prolongar a vida dos carros, alterando o visual, acrescentando equipamentos, apresentando séries especiais, reduzindo o preço e fazendo promoções de vendas.

Teorias à parte, é melhor comprar o carro no lançamento, no meio do ciclo ou no declínio?

Se você gosta de ser o primeiro, é um daqueles consumidores chamados inovadores. O lançamento é seu tempo preferido. Mas, racionalmente, essa definitivamente não é a melhor ocasião.

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Ford Ranger Raptor
Ford Ranger Raptor (Divulgação/Ford)

No lançamento, o carro é o centro das atenções. Sai nas revistas, nos sites, na propaganda das fábricas. E, como todo mundo adora novidades, o carro novo se torna cobiçado. Há bons exemplos disso entre as picapes: as primeiras Chevrolet Silverado começaram a ser entregues na virada do ano e quem encomendou a Ford Ranger Raptor ainda está esperando o carro. Já o elétrico Volvo EX30 está há quatro meses em pré-venda e já ficou mais caro.

Isso é ruim do ponto de vista do negócio. Nessa fase, as lojas se fecham às negociações. Não dão descontos. Pelo contrário: às vezes pedem valores acima dos preços sugeridos pelas fábricas – prática que no passado era chamada de ágio.

Mas não é só isso que faz do lançamento uma época ruim para comprar. Não é raro carros recém-lançados precisarem de ajustes e correções de falhas não observadas durante o desenvolvimento.

Citroen C3
Citroen C3 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Um exemplo é o Citroën C3, que está em nossa frota do Longa Duração e sempre tem correções de projeto feitas nas revisões. Outro foi a nova geração do Chevrolet Onix, que chegou a ter entregas suspensas após o lançamento, para comprovar essa tese. Muitas vezes, os defeitos não configuram recalls, só incomodam. Mas são igualmente frequentes.

A favor da compra no lançamento existe o argumento do prazer de possuir um modelo recém-chegado com tudo o que ele propõe de novo em termos de conceito, estilo, tecnologia, desempenho.

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E há também o fato de que, no lançamento, os modelos chegam completos, com todos os equipamentos previstos na apresentação. Explico.

Na busca constante pela redução de custos, assim que lançam um carro as fábricas iniciam um processo de caça a oportunidades de economizar na produção desse determinado modelo. Em geral, os ganhos são conseguidos pela substituição ou pela supressão de componentes.

O primeiro resultado desse trabalho costuma vir no segundo ano do carro no mercado. Muitas das mudanças são imperceptíveis. São detalhes ou peças que o consumidor não vê, como materiais de isolamento acústico, por exemplo.

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(Divulgação/Quatro Rodas)

Discreto no começo, esse empobrecimento dos modelos tende a se acentuar nos anos seguintes, quando o carro já não atrai pela novidade e o preço passa a ser um apelo. Foi o que aconteceu com o Volkswagen Polo, que perdeu equipamentos e potência em sua reestilização.

O melhor momento para comprar um carro é justamente na segunda fase do ciclo de vida, no crescimento, quando há uma confluência de fatores favoráveis.

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Nessa fase, a rede está mais aberta a negociar, os problemas técnicos já foram resolvidos (não necessariamente todos, mas a maioria), e mesmo que o carro tenha perdido alguns componentes, essa perda ainda é pequena. Hoje, carros nesse estágio seriam o Fiat Pulse e o Jeep Renegade.

Fiat Pulse S-Design
Fiat Pulse S-Design surgiu para a linha 2024 (Divulgação/Fiat)

A maturidade é uma fase que proporciona segurança para o comprador. Não é à toa que nessa etapa ocorre o maior volume de vendas de um produto, segundo os teóricos. Isso porque, o produto já consolidou uma imagem no mercado e seu preço é atraente. Um exemplo? Hyundai HB20.

O lado negativo da maturidade é que, em geral, carro já está um pouco mais depauperado na comparação com o modelo que estreou e longe de representar o que há de mais moderno e avançado. A maturidade antecipa o declínio.

No declínio, a única vantagem é que todos os defeitos percebidos ao longo da vida do carro provavelmente já foram sanados. Na indústria, é lugar comum se dizer que os carros saem de linha quando estão finalmente bons. Um desses veículos que saiu de linha com status de carro confiável foi o Toyota Etios.

Toyota Etios Edição 744 Abril 2022 (1)
(Divulgação/Toyota)

Técnica e esteticamente ultrapassado, nesse momento do ciclo de vida, o carro está empobrecido, com acabamento mais simples e menos equipamentos.

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Obviamente, sempre existem exceções às regras como carros que emplacam ou, ao contrário, viram micos antes do tempo. Há também ciclos que evoluem de maneira diferente do padrão, sendo abreviados ou alongados.

E, entre os consumidores, sempre existem os que não se prendem às convenções. Os inovadores querem ser os primeiros. Os seguidores esperam antes de decidir. E os retardatários só compram quando os carros estão nas bacias das almas, nas liquidações.

Mas, conhecer o ciclo do produto pode ajudar você a escolher o carro que atende melhor suas expectativas.

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