QR de fevereiro: testamos o Honda Civic híbrido e o novo Civic Type R
O Honda Civic está voltando ao Brasil com propostas diferentes; Ainda comparamos os oito principais SUVs compactos do Brasil
Já demos o spoiler por aqui: o novo Honda Civic e:HEV é mais rápido do que o antigo Civic Si, que era bem mais potente. Não à toa, o próximo Honda esportivo que será vendido no Brasil será nada menos que o novo Civic Type R.
QUATRO RODAS testou, em Portugal, o Civic de 329 cv e com câmbio manual de seis marchas que será lançado no Brasil ainda no primeiro semestre de 2023. Também chegará em quantidade limitada, mas em vez de formar fila de espera em algumas regiões, como a versão híbrida, o esportivo promete ser disputado a tapas por entusiastas que esperaram 25 anos para ver um legítimo Type R no Brasil.
Confira outros destaques da edição de fevereiro de 2023:
De férias com SUVs – Nossa equipe passou o recesso de fim de ano com uma missão: eleger os melhores SUVs compactos na faixa entre os R$ 140.000 e R$ 170.000. A intenção era conhecer a fundo cada modelo justamente no uso familiar, com o carro e o porta-malas cheio, além de ponderar apenas sobre desempenho, consumo e preços. E o resultado não foi tão óbvio quanto pode parecer.
Classe G elétrico – Tivemos um primeiro contato com aquele que dará origem ao Mercedes EQG. Trata-se da versão elétrica do clássico e quadrado Mercedes Classe G, com quatro motores elétricos, 650 cv e uma série de tecnologias e sistemas que garantem uma capacidade quase sobrenatural no fora-de-estrada, como pudemos confirmar na prática.
Silverado com motor do Corvette – A Chevrolet Silverado desembarca no Brasil ainda em 2023. Mas pudemos conferir sua versão mais extrema, ZR2, com o mesmo motor V8 do Corvette, com 420 cv, e suspensão devidamente preparada para torná-la extremamente rápida na terra.
Especial segurança – Preparamos uma série de reportagens abordando os principais equipamentos de segurança que estão em vias de se tornar obrigatórios no Brasil, a relação dos motoristas com os assistentes autônomos, os maus hábitos ao volante e também como a qualidade das rodovias impacta diretamente na nossa segurança enquanto motoristas e passageiros.
E tem mais: BYD Yuan Plus, Fiat Cronos 1.3 CVT, BMW 320i, Volvo XC40 Recharge Plus, Honda Civic CRX Del Sol, Bianco Tarpan.
A distribuição às bancas e assinantes de todo o Brasil começou hoje (3/2), mas o prazo de chegada pode variar dependendo da região.
O novo sempre vem
Esta edição vem cheia de atrações. A volta do Civic em grande estilo, em versões híbrida e esportiva. O comparativo com SUVs compactos. O teste de Impressões ao Dirigir de picape Chevrolet Silverado, entre outros conteúdos. A reportagem Troca de Mostruário, na página 16, porém, merece sua atenção, porque ela se relaciona com toda a edição e também as próximas.
Ela destaca 11 lançamentos para 2023, mas, mais do que isso, revela uma transformação em nosso mercado. O sinal mais contundente da mudança é a entrada definitiva das marcas generalistas nos segmentos dos elétricos. Até agora, elétrico era coisa de rico, com marcas como Audi e Volvo à frente. Havia iniciativas entre as marcas populares, mas eram tímidas. E não poderia ser diferente, por conta dos elevados preços das tecnologias. Acontece que esses custos estão baixando. E elétricos serão só o que as fábricas terão para oferecer, no futuro.
Falo como observador. Não conversei com presidentes das fábricas ou consultores independentes. Você pode me escrever depois dizendo se concorda ou discorda.
Mas os elétricos vão dominar nosso mercado (também). Mesmo que existam bons argumentos para seguirmos com os motores térmicos. Outro sinal desse processo trazido pela reportagem é o lançamento de esportivos e picapes gigantes, a combustão. Explico. Nosso mercado nunca mereceu esses modelos considerados de nicho. Mas acontece que esses são os que ainda resistem em linha lá fora. Quantos anos desejamos ter o Honda Type R e seus pares em nossas ruas? O primeiro Type R foi lançado há 25 anos. E esta geração que desembarca agora chega com o aviso de que será a última a combustão. A próxima será híbrida.
Depois não haverá nem esses modelos. Quando falam em descarbonizar a frota por volta de 2030, as fábricas não estão blefando. Esses carros podem ter sobrevida no Brasil. Mas até quando? Se analisarmos os investimentos de todas as fábricas em pesquisa e desenvolvimento, no mundo hoje, veremos que muitos bilhões de dólares estão sendo gastos em mobilidade elétrica. Não faz mal que falta energia elétrica limpa, que os países do Hemisfério Norte estão com frio, no inverno, e os carros elétricos estão na berlinda. Os planos de retirar os veículos a combustão do planeta vão seguir. Mesmo que existam bons argumentos contrários. As mudanças na oferta da indústria em nosso mercado só estão no começo. Boa leitura.