Na Inglaterra, policiais estão proibidos de ultrapassar a velocidade de 144 km/h com suas BMW de alta performance. A recomendação partiu da própria marca, que alertou que os motores das viaturas correm risco de explosão se forem rápidos demais.
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Tudo isso aconteceu após o policial Nick Dumphreys, de 47 anos, morrer em um acidente causado pela sua BMW que pegou fogo durante uma ocorrência, em janeiro de 2020. Ele era o único ocupante do veículo e estava atendendo um chamado de emergência em Cumbria, no norte da Inglaterra. Pelo menos mais dois incêndios como esse foram relatados desde então.
Em maio do ano passado, durante uma audiência de pré-revisão do caso, foi informado que o veículo que Dumphreys dirigia havia retornado à unidade de gerenciamento da polícia pelo menos quatro vezes pelo mesmo problema. Quando submetido a velocidades acima dos 112 km/h, luzes de emergência e troca de óleo acendiam no painel da viatura.
De acordo com o líder do Conselho Nacional de Chefes de Polícia, Terry Woods, viaturas mais antigas, todas com motores N57, receberam a orientação de não ultrapassar o limite recomendado pela marca. Os motores dessa família são todos a diesel e turboalimentados, estando presente em uma grande variedade de modelos, como Série 3, 5 e 7. Segundo Woods, medidas urgentes estão sendo tomadas para resolver o problema com alguns dos veículos mais antigos.
A BMW diz que isso afeta somente os veículos de uso policial, os civis podem ficar despreocupados. A justificativa seria a maneira com que esses carros são conduzidos, já que são submetidos à aceleração e frenagem mais acentuadas e longos períodos em alta velocidade.
“Esse perfil de uso exclusivo sobrecarrega alguns componentes e, portanto, a BMW especificou um programa de manutenção especial para esses veículos.”, disse a marca ao site britânico MailOnline.
Já o jornal The Sun publicou uma denúncia de uma fonte anônima, que contou que os policiais poderiam ser demitidos caso quebrassem as novas regras de velocidade. “Podemos também desistir do trabalho diário. É inacreditável que esses carros ainda estejam em uso.”, contou o policial ao veículo britânico.