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Paíto Motors: não existe crise na maior loja de superesportivos do Brasil

Uma das dez maiores lojas de superesportivos do planeta fica em Araras, no interior de São Paulo. Ali são vendidos os carros mais caros que se pode comprar

Por Fábio Black
Atualizado em 20 set 2020, 17h02 - Publicado em 3 set 2020, 08h33
Miragem no interior: O Paito Motors é considerada por muitos como uma das 10 maiores lojas de carros super esportivos do planeta (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Araras é um pequeno município do interior paulista que fica a 150 km da capital. A cidade, que tem cerca de 130.000 habitantes, é a localização de uma das maiores lojas de carros superesportivos do mundo, a Paíto Motors, que, desde 2003, trabalha somente com o mercado premium e superpremium de automóveis.

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São 5.000 metros de área de terreno e 3.000 metros de área construída. A loja conta com tudo o que você imagina, desde centro estético para preparação dos carros e heliponto até um estúdio especialmente projetado para fotografia automotiva.

Aqui não tem escolha certa nem errada. Qualquer chave irá te levar ao paraíso dos carros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Um perfumista desenvolveu o aroma que exala no sistema de ar-condicionado exclusivamente para a loja. Ao todo, são 36 funcionários na operação. A loja conta ainda com seis caminhões guincho fechados, com plataforma sider para as entregas.

Tesla ou Mercedes-AMG G63? Um SUV V8 biturbo ou um Sedan Elétrico semi autonomo? (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O estoque é dividido em dois espaços, o primeiro para carros premium. Se você quer um Audi RS6, Mercedes-AMG C63, BMW M3, Porsche Cayenne, ou até mesmo um BMW X1 Blindado seminovo em ótimas condições, é ali que vai encontrar.

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Tudo o que você sempre sonhou, mas geralmente nas cores e versões ainda mais únicas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Agora, se você procura algo único, exclusivo, de baixa produção e que ultrapasse os 300 km/h, é melhor entrar no outro showroom: o dos superesportivos. E se prepare para cair da cadeira. Não tem como não ficar impressionado.

Um bar localizado no centro do show room é o local perfeito para escolher seu próximo super carro (Fernando Pires/Quatro Rodas)

No salão fechado, com um bar central, se encontram os carros mais caros, raros e rápidos que existem. Porsche GT2, GT3 ou até mesmo um ultraexclusivo 918? Lá você vai encontrar. Ferrari? Pode escolher, tem a 488 Pista, 599 GTB, F12 ou até uma Testarossa vintage.

Se estiver atrás de um Lamborghini, você pode escolher a cor. Se é apreciador de carros ingleses tem também algumas McLaren ali no canto. Prefere SUV? Vá de G63 da Mercedes-AMG. Mas se precisar de um sedã de alto luxo, talvez um Bentley lhe caia bem.

Não é forte da loja, mas também há um pequeno estoque de carros clássicos e future classics (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Agora, se o carro que você quer não estiver no showroom, não tem problema, a loja importa para você. E promete a entrega em tempo recorde. Foi o que aconteceu com o Porsche 918 (das cinco unidades desse modelo existentes no Brasil, a Paíto trouxe duas) e o Lamborghini SVJ, que vieram de avião.

(Divulgação/Divulgação)
Paito também importa carros e os transporta em tempo recorde, via avião. Foi o caso do Porsche 918 e do primeiro Lamborghini SVJ do Brasil (Divulgação/Divulgação)

A loja também importou carros elétricos da Tesla e até um Bentley Bentayga, o primeiro a desembarcar por aqui, até onde se tem notícia. Mas atenção: recuperado da visão das máquinas todas juntas, você vai precisar de outro tipo de fôlego para sair dali com seu brinquedo novo.

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Um Estúdio de fotografia totalmente dedicado ao automóvel é uma das vedetes da loja (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Estamos falando de carros que partem de R$ 800.000 e ultrapassam os R$ 2.000.000, com a mesma velocidade que alcançam nas pistas. A Paíto já recebeu barco, imóvel e até helicóptero como pagamento de alguns bólidos. Além de outros carros que entram na troca. “Estamos aqui para atender o cliente e fazer negócio”, diz o dono, Paíto.

A loja e as histórias que se passam dentro dela podem parecer ficção para muitos. Mas não é. O mercado de luxo no Brasil sempre foi reconhecido como um dos maiores do planeta. Aqui vende-se mais Ferrari e Porsche que na grande maioria dos mercados do mundo, segundo especialistas que acompanham o mercado.

Um lava rápido dentro da loja garante o estoque sempre brilhando, pronto para a venda (Fernando Pires/Quatro Rodas)

E se você acha que com a pandemia os negócios entraram em crise, está redondamente enganado. Este ano, uma marca como a Porsche do Brasil teve um crescimento de 90% comparado ao mesmo período de 2019 no Brasil.

A BMW vendeu todas as nove unidades do M8 Gran Coupé First Edition, que vai trazer para o Brasil, na abertura da pré-venda. Preço? R$ 1.150.000 (veja o carro na página 114). E o mesmo aconteceu com a Mercedes-AMG em relação ao AMG GT, que terá cerca de dez unidades importadas para cá. Detalhe: esse carro só chega em 2021.

A loja conta com cabine de pintura para eventuais retoques ou personalizações nos carros que entram para a venda (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A Paíto Motors teve um crescimento de 30% nas vendas este ano. E a explicação de Paíto Boldrin é simples. Ele acredita que o consumidor de um carro superexclusivo tem um perfil conservador e sempre protela esse tipo de investimento, mas, com a pandemia, seu modo de enxergar a vida mudou, ele quer viver o agora, curtir, realizar seu sonho antes que seja tarde demais.

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Esse cliente, porém, quer muito mais do que um carro novo em uma loja linda. Para atendê-lo, é preciso estar atento a todos os detalhes possíveis e imagináveis. E é aí que a Paíto Motors se destaca, segundo o proprietário, que diz tratar seus clientes como amigos e o pós-venda é algo levado a sério. O serviço vai desde zelar pela manutenção dos carros até o socorro para o carro e para o cliente em uma necessidade.

Cuidado para não se perdes nas dependências da loja. (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Os clientes se tornam tão fiéis que é muito comum ver carros que foram vendidos pela Paíto voltando ao estoque da loja, tempos depois, como parte do pagamento de um outro modelo novo. Paíto Boldrin é reservado, mas ele conhece o gosto, a preferência e as manias de cada um.

Ele sabe, por exemplo, que há os colecionadores que chegam a comprar 20 carros por ano, e os que trocam de automóvel com frequência. Um deles chegou a fazer isso 18 vezes no ano.

Réplicas de carros de Formula 1 de Juan Manuel Fangio fazem parte da decoração da loja (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Para entender um pouco mais sobre essa miragem no meio de uma pequena cidade do interior, é preciso conhecer seu criador. Com 41 anos atualmente, Paíto trabalha há 18 no mercado de carros “diferentes”.

Seu pai é do ramo de automóveis, trabalhando há 55 anos em diferentes concessionárias de marcas como Mitsubishi, Ford e Fiat. Depois que se formou em administração, na Universidade Mackenzie, em São Paulo, Paíto estagiou em praticamente todos os setores do comércio de veículos, segundo ele, antes de voltar para Araras e iniciar o seu negócio.

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No Detail Center, os carros são limpos, higienizados e detalhes de cima a baixo (Fernando Pires/Quatro Rodas)

“Nunca tive um carro que não estivesse à venda”, afirma. “O primeiro carro que meu pai me deu, encontrei um comprador e não pensei duas vezes”, lembra. “Ele ficou chateado, mas depois reconsiderou porque viu que fiz um bom negócio.”

Depois, com o capital que veio da venda do carro do irmão, ele começou a comprar e vender automóveis para os amigos. O primeiro carro exótico veio em 2002, um Porsche Boxster 1997. “Vendi tudo o que eu tinha e ainda fiquei devendo.

Dentro da cabine de Car Detailing a responsabilidade é grande (Fernando Pires/Quatro Rodas)

” Aos poucos, o negócio foi crescendo e em 2003 nasceu a Paíto Motors, em um imóvel emprestado do pai. A loja começou a funcionar, sempre focando em carros um pouco diferentes para o padrão da cidade.

Em 2004, veio a primeira Ferrari, uma Modena 360 vermelha ano 2001, o dono era de Campo Grande, e o carro ficava em São Paulo para ele passear nos finais de semana. “Também fizemos um esforço financeiro enorme, mas conseguimos comprá-la e as coisas foram acontecendo com o volume de veículos vendidos crescendo, carros cada vez mais exóticos.”

Paíto Boldrin (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Nos 17 anos de existência, a Paíto já comercializou mais de 10.000 modelos e, no que depender de Paíto e de seus clientes, vem muito mais por aí. A nova meta do vendedor é trazer um exemplar do Bugatti Chiron para o Brasil.

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