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Guia de Usados: BMW X1 é SUV com dinâmica de perua alemã

A primeira geração do utilitário esportivo tem potencial para agradar o comprador, mas requer cuidados na seleção do modelo

Por Felipe Bitu
27 Maio 2020, 07h00
Na primeira geração, X1 usava a mesma plataforma da perua da Série 3 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Apresentado em 2009, o BMW X1 inaugurou o curioso segmento dos “utilitários esportivos premium de entrada”, dominando-o até a chegada de concorrentes como Audi Q3 e Mercedes GLA.

A versão de maior sucesso é a sDrive18i, que vendeu como pão quente até 2014.

Seu maior atrativo é o comportamento dinâmico típico da marca, graças ao peso bem distribuído entre os eixos, à elevada rigidez torcional e às suspensões, multibraço na dianteira e duplo A na traseira. Os freios são eficientes e a direção comunicativa.

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É um conjunto tão bem acertado que evidencia ainda mais a falta de fôlego do motor N46, um quatro-cilindros aspirado 2.0 de 150 cv e 20,4 kgfm. O que ajuda é o câmbio automático sequencial de seis marchas, decisivo para embalar seus 1.455 kg.

Não há teto solar, sensor de estacionamento ou câmera de ré. O nível de equipamentos se resume a ar-condicionado analógico, volante multifuncional e bancos de couro (com ajustes manuais).

O melhor custo/benefício fica com a sDrive20i, apresentada junto com a discreta reestilização em 2013. Seu motor N20 é um quatro-cilindros turbo com 184 cv e 27,5 kgfm constantes entre 1.250 e 4.500 rpm.

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O câmbio automático de oito marchas define um conjunto muito superior em desempenho.

Proprietários costumam trocar os pneus run flat por convencionais (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Anda mais, bebe menos e é mais bem equipada: traz controle de cruzeiro, sensores de estacionamento, banco com ajuste elétrico, ar-condicionado digital e rodas aro 18.

Os opcionais mais desejados são o pacote GP (GPS, DVD e interface iDrive) e o teto solar. A potência se manteve inalterada no motor 2.0 ActiveFlex, principal novidade do modelo 2015.

Se o objetivo for performance, não há nada melhor que a versão xDrive28i: seu maior atributo é a tração integral, que distribui eletronicamente o torque entre os eixos (40% para o dianteiro e 60% para o traseiro).

A xDrive28i contou com duas opções de motor. Entre 2010 e 2012 havia o N52, um seis-cilindros aspirado de 3.0 e 258 cv.

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Esse N52 foi substituído pelo N20 em 2013,com 245 cv e 35,7 kgfm constantes entre 1.250 e 4.800 rpm. O número de marchas subiu de seis para oito e o nível de equipamentos é muito superior.

Jamais se esqueça de verificar o histórico de manutenção: todas as versões exigem mão de obra qualificada e ferramentas específicas. E trate de preparar o bolso: uma pequena revisão com peças originais pode facilmente superar a casa dos R$ 20.000.

A maioria dos reparadores recorre a componentes paralelos de boa qualidade fornecidos por importadores independentes.

Onde o bicho pega

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

Motor: o N46 da versão sDrive18i é notório pelo ressecamento dos retentores de válvulas, identificado pela fumaça em marcha lenta ocasionada pela queima de óleo lubrificante. O custo do reparo varia de R$ 9.000 em oficinas independentes a R$ 17.000 nas concessionárias.

Cabeçote: outro problema crônico do motor N46 é o vazamento de óleo pela junta da tampa de válvulas, anéis da bomba de vácuo e flange do sensor de rotação. Uma revisão completa custa cerca de R$ 2.000.

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Câmbio: requer substituição do fluido a cada 80.000 km. O serviço é muitas vezes negligenciado devido ao custo elevado: substituição do filtro (embutido no cárter, custa R$ 2.316,30). Veja o estado do acumulador de pressão: o componente custa em torno de R$ 6.000.

Pneus: não raro, os proprietários trocam os pneus run flat por convencionais. Nesse caso, verifique se existe estepe e um kit com macaco e chave de roda.

Rodas: as de aro 18 sofrem bem mais, afetando o balanceamento. Não hesite em substituí-las caso constate indícios de que foram avariadas e reformadas.

Sistema elétrico: depende de bateria dentro da especificação. Baterias fora dos parâmetros sobrecarregam o alternador e provocam uma série de panes elétricas.

A voz do dono

Nome: Leonardo Souza Fernandes;
Idade: 38 anos;
Profissão: empresário;
Cidade: Mococa (SP).

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O que eu adoro: “O rendimento é excelente: um carro de proposta familiar com ótimo desempenho e baixo consumo na cidade e na estrada. Mesmo com controles de tração e estabilidade, a tração traseira ainda diverte.”

O que eu odeio: “O conforto não é dos melhores: a suspensão firme pula, salta e sacoleja como num BMW M3. E o valor das peças na rede autorizada é extorsivo, sai bem mais barato comprar pela internet em lojas estrangeiras.”

Nós dissemos

(Acervo/Quatro Rodas)

Abril de 2010: “À primeira vista, o BMW X1 é um carro difícil de enquadrar em uma das categorias conhecidas. (…) Melhor que tentar definir o X1, porém, é desfrutar o conforto interno, o acabamento e os equipamentos. (…) O motorista é o centro das atenções do projeto ergonômico, mas os passageiros não podem reclamar de falta de conforto.”

Pense também em um…

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

Audi Q3: Seu atrativo é o motor 2.0 TFSI de 170 cv (180 a partir de 2016) com câmbio S Tronic e tração integral. Desempenho ainda melhor tem a versão Ambition, com 211 cv (220 cv a partir de 2016). O 1.4 TFSI de 150 cv tem sempre tração dianteira e câmbio S Tronic. Todos se destacam pelo espaço e o acabamento interno.

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