Novo Citroën C4 X tem pose de SUV e porta-malas de sedã
Com versões a gasolina, diesel e eletricidade, novo SUV médio da francesa aposta no design da moda e é alternativa para países com menos poder aquisitivo
Ainda com o Peugeot 408 na boca do povo, a dupla francesa da Stellantis aproveitou o embalo para apresentar o novo Citroën C4 X. O SUV médio será puramente a combustão — diesel ou gasolina — enquanto a eletrificação total será regra na variante ë-C4 X.
Com 4,6 metros, o Citroën C4 X é grande para os padrões de um SUV médio, mas menor do que um utilitário de sete lugares. Nesse equilíbrio, a montadora francesa optou por um entre-eixos não tão farto (2,67 m) para oferecer 510 litros de espaço no porta-malas.
Uma vez que essas proporções destacam o balanço posterior, os designers aproveitavam para seguir a crescente moda dos SUVs cupê, dando caimento próprio à traseira do C4 X. Além do habitáculo que se destaca, o modelo tem o caimento de fastback na traseira e tampa de porta-malas separada do vidro, como em um sedã
As caixas de roda marcam bem a lateral do modelo, dando-lhe porte “musculoso”. É intencional, e a sacada funciona em conjunto com as rodas de até 18 polegadas. Somado ao vão livre de 15,6 cm, esse conjunto torna o carro fabricado em Madri, Espanha, “obstinado de um jeito esportivo”. Ou ao menos é o que pensa Pierre Leclercq, diretor de design da Citroën.
Leclercq parece ponderar bem entre a ousadia e o que já é aclamado em sua marca. Desse modo, o C4 X é bem parecido com seus antecessores na dianteira, quase idêntica à do C5 X. As lanternas traseiras, por outro lado, podem lembrar o novo C3 brasileiro.
Interior
Por dentro, conforto é a lei: nada modesta, a Citroën promete um “inigualável sentimento de serenidade, conforto e espaço”, graças a sua expertise no assunto e algumas novidades. O conjunto de suspensão, obviamente, recebeu cuidado especial, trazendo os nos amortecedores hidráulicos progressivos.
Neles, não há só uma parte com óleo pressurizado, mas duas câmaras hidráulicas nas extremidades, interligadas entre si por um setor pressurizado. Na prática, há o efeito de “carpete mágico”, no qual o veículo parece ignorar as imperfeições da via.
Os cinco assentos procuram imitar uma “aconchegante poltrona”, com couro Alcantara, reforço lombar e espuma de alta densidade. O amplo teto solar faz parte de uma espécie de cromoterapia da Citroën, que ajustou luzes até da central multimídia e do quadro de instrumentos, de 10’’ cada, para criar um ambiente mais relaxante.
Powertrain
O Citroën C4 X, a combustão, será vendido ao redor do mundo em duas versões a gasolina. A básica vem com motor 1.2 turbo (102 cv/20,9 kgfm) e câmbio manual de seis marchas. A logo acima utiliza o mesmo três cilindros, mas em sua versão incrementada (130 cv e 23,4 kgfm); o câmbio é sempre automático de oito marchas.
Além disso, mercados selecionados receberão o Citroën C4 X a diesel, com motor 1.5 turbo também com 130 cv e câmbio EAT8, mas 30,6 kgfm e consumo (WLTP combinado) na casa de 21,7 km/l de diesel.
Versão elétrica
Em mercados como Alemanha, Holanda, países nórdicos e Portugal, apenas o Citroën ë-C4 X será vendido. SUVs elétricos e a combustão dividirão espaço em outros países da Europa e do Oriente Médio e África. Não conte com nenhum deles no Brasil.
E a diferença do ë-C4 X é “só” o conjunto elétrico mesmo: com 136 cv e 26,5 kgfm, o motor dianteiro é alimentado por 50 kWh de baterias; o suficiente para 360 km de alcance (WLTP), com ajuda da regeneração máxima de frenagem. O carregamento máximo em corrente direta é de 100 kW, levando a carga de 10% a 80% em 30 minutos. No wallbox doméstico, cerca de 8h são suficientes para encherem a bateria do ë-C4 X.