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Novo Chevrolet Tracker: motor 1.2 aproveita muito do 1.0, mas o que muda?

Propulsores 3-cilindros da família CSS Prime utilizam blocos semelhantes e mesmos acessórios, mas mudanças internas consideráveis fazem toda a diferença

Henrique RodriguezPor Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 mar 2020, 12h14 - Publicado em 27 mar 2020, 07h00
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  • Novo Tracker tem dois motores que são muito parecidos entre si – e de propósito (Arte/Quatro Rodas)

    A família de motores CSS Prime, que equipa os novos Chevrolet Onix e Onix Plus, e agora também o novo Tracker, é novinha. E segue estratégias interessantes para simplificar a produção e também as futuras manutenções.

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    Criados a partir de um motor usado pela Opel (falaremos mais disso adiante), os CSS Prime não têm injeção direta nem árvore contrarrotativa (usada para atenuar as vibrações típicas dos motores de três cilindros).

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    Mas tanto a versão 1.0 como a 1.2 (ambas de três cilindros) têm correia dentada imersa em óleo (em vez de corrente com dentes invertidos da versão original).

    Além disso, o centro dos pistões foi deslocado do centro do virabrequim, a fim de reduzir o atrito e as vibrações em seus movimentos. Sem abandonar o turbocompressor nas versões mais potentes, claro.

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    Não poderia ser diferente: os dois compartilham bloco praticamente igual, sempre de alumínio.

    Motor 1.0 Turbo gera 116 cv de potência e 16,8 mkgf de torque (com etanol) (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Enquanto o 1.0 tem diâmetro do pistão de 74 mm e o curso de 77,5 mm, o motor 1.2 recebe novas camisas dos cilindros, que aumentam o diâmetro dos pistões para 75 mm.

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    Já o curso passa a 90,5 mm com moentes do virabrequim maiores, assim como as bielas. E assim chega-se ao deslocamento de 1.199 cm³.

    O turbo usado no 1.2 também tem especificações diferentes do componente usado na versão turbo. A Chevrolet  fala ainda em diferenças entre os cabeçotes.

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    Com tantas semelhanças, os dois motores também conseguem compartilhar boa parte de seus periféricos, o que facilita a produção em escala dos componentes – e que também reduzirá, futuramente, os custos de manutenção.

    A Chevrolet diz que um Tracker, seja 1.0 ou 1.2, terá os custos de manutenção equivalentes aos de um Onix Turbo. Mas estes valores ainda não foram divulgados.

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    Por fora o novo motor 1.2 é praticamente igual ao 1.0 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    É possível ver a evolução dos números destes dois motores claramente. O 1.0 aspirado usado no Brasil é flex e tem 78/82 cv e 9,6/10,6 kgfm de torque, com gasolina e etanol, respectivamente.

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    Em outros mercados da América do Sul, as versões de entrada do Chevrolet Onix recebem o 1.2 de três cilindros aspirado com 90 cv e 11,7 kgfm de torque.

    O 1.0 turbo flex gera, por sua vez, 116 cv e 16,3/16,8 kgfm de torque. Enquanto isso, o motor 1.2 turbo do novo Tracker tem 132/133 cv e 19,4/21,4 kgfm.

    Já no México e em mercados dos Emirados Árabes, todos os Chevrolet Onix terão a versão a gasolina do motor 1.2 turbo, com 132 cv e 19,5 kgfm.

    De onde vieram esses motores?

    Seria muito insolente dizer que os CSS Prime vieram da fábrica de motores de Joinville (SC).

    Eles são derivados de uma outra família de motores da General Motors, conhecida como SGE (small gasoline engine ou “motor a gasolina pequeno”, na tradução literal do inglês).

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    O motor 1.4 Ecotec do Cruze (e do antigo Tracker) e o 1.5 Ecotec do Equinox fazem parte dela. Mas o motor que nos interessa desta vez é o menor e único três cilindros da família.

    Motor 1.0 3 cil. Ecotec da Opel tem coletor de escape na frente e de admissão atrás, ao contrário do CSS Prime (Divulgação/Opel)

    Trata-se de um 1.0 extensamente utilizado pela Opel em Corsa, Karl, Adam e Astra.

    A versão aspirada mais potente tem 75 cv e 9,7 kgfm, enquanto o turbo e a injeção direta o fazem chegar a até 115 cv e 17,3 kgfm. A presença deles é trunfo importante frente às duras regras de emissões europeias.

    Curiosamente, as medidas internas do motor 1.2 da GM são exatamente as mesmas do três-cilindros 1.2 PureTech da PSA Peugeot Citroën, assim como o deslocamento total de 1.199 cm³. Hoje a Opel pertence à Peugeot, mas o Astra segue usando apenas motores da General Motors.

    E foi a Opel quem usou pela primeira vez o motor 1.2 da família CSS Prime. Mas em uma versão que faz jus ao sobrenome “Prime”.

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    No Astra, atualizado em agosto de 2019, o motor 1.2 turbo tem injeção direta desde a versão de entrada, com 110 cv e 19,9 kgfm, até a mais potente, que gera 145 cv e 22,9 kgfm de torque.

    Depois foi a vez do Chevrolet Trailblazer (o SUV médio chinês, não o grandalhão brasileiro derivado da S10) e do Buick Encore GX receberem este motor, mas com 138 cv e 22,4 kgfm.

    Na China, outros motores

    Embora os Chevrolet Onix e Tracker tenham sido em grande parte desenvolvidos na China com a fabricante local Saic, eles vieram para o Brasil com motores diferentes.

    Motores usados na China por Onix e Tracker são completamente diferentes (Divulgação/Chevrolet)

    Na China, os dois compactos usam versões dos motores SGM, completamente diferentes em suas especificações internas e que combinam a injeção multiponto (no coletor de admissão) com a direta (dentro da câmara de combustão).

    Não por acaso, seus números levam certa vantagem. Neste caso, o 1.0 turbo do Onix (o sedã, que por lá não precisa do sobrenome Plus) tem 125 cv e 18,3 kgfm.

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    Já o Tracker chinês usa um 1.3 turbo (1.349 cm³) nas versões mais caras. Ele entrega 165 cv e 24,5 kgfm. E o câmbio automático de seis marchas é trocado por um CVT.

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