A Volkswagen anunciará um novo ciclo de investimentos no Brasil no final do ano, confirmou à agência Reuters o CEO da Volkswagen para a América do Sul, Pablo Di Si.
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O montante virá após a conclusão do seu último ciclo de investimentos, de R$ 7 bilhões, atrasado por conta da pandemia. Este novo aporte seria fundamental para definir o futuro dos Gol e Voyage, que poderiam ganhar uma nova geração ou serem substituídos por um SUV compacto de entrada.
“Definimos (o investimento) e já paramos a produção em nossa fábrica em Taubaté para preparar a nova plataforma”, disse Pablo Di Si, se referindo à atualização da fábrica do Vale do Paraíba para receber a plataforma MQB A0, viabilizando, em um primeiro momento, a produção do Polo Track no local.
“O investimento vai reforçar nosso portfólio de produtos como uma das marcas mais importantes em termos de participação de mercado”, afirmou o executivo.
Hoje a fábrica de Taubaté produz o hatch Gol, seu carro de entrada, e o sedã Voyage. Ambos já passaram por duas atualizações visuais e têm 13 e 12 anos de mercado, respectivamente, sem atualizações técnicas mais profundas.
A pandemia acelerou a tendência de buscar lucratividade na produção de automóveis, algo que carros de entrada só conseguem entregar com grandes volumes. Por isso a indústria vem demonstrando pouco interesse nos carros populares. Contudo, o nome Gol é considerado muito forte para ser abandonado.
Gol e Voyage poderiam ser sumariamente substituídos pelo projeto A0 SUV (também conhecido como VW246), desenvolvido pela Volkswagen como um “SUV popular” para substituir Gol, Fox e Up! de uma só vez em 2022.
Há um ano, Di Si disse que a paralisação das atividades fabris provocada pela pandemia levou a empresa a congelar o plano de investimentos previsto para produzir o modelo em Taubaté (SP), que estava prestes a ser anunciado.
Outro carro que pode ser contemplado neste novo aporte no Brasil é a picape média monobloco Tarok, baseada no SUV Taos e que concorreria com a Fiat Toro. Sua produção seria na fábrica de São José dos Pinhais (PR), hoje responsável pelo Fox e pelo T-Cross.
Agora o plano de investimentos, de valor não divulgado, só aguarda a vinda do CEO global da Volkswagen, Ralf Brandstätter, ao Brasil para ser oficializado, o que deve acontecer até o fim do ano.