Noite Renault trouxe recordistas de velocidade
Os lendários modelos Étoile Filante e Dauphine Bonneville marcaram presença em encontro de amantes da marca
A oitava edição da Noite Renault reuniu centenas de entusiastas da marca no Auto Show Collection, evento semanal realizado no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Uma grande confraternização de diferentes estilos e gostos, desde donos de clássicos placa preta até os amantes da preparação automotiva. Todos com uma coisa em comum: paixão e admiração pela Renault.
Com o tema História de Sucesso dos Motores Renault, o evento foi uma homenagem aos lendários modelos desenvolvidos pela marca ao longo de sua história – e não faltaram atrações para os fãs. A principal delas foi o Étoile Filante (Estrela Cadente, em português), que bateu quatro recordes de velocidade em 1956, ao atingir 308,8 quilômetros por hora no Salt Lake de Bonneville, nos Estados Unidos – duas dessas marcas não foram superadas até hoje. Com linhas aerodinâmicas, o Étoile pesava apenas 950 quilos – graças à carroceria de fibra de vidro e às rodas de magnésio – e não usava um motor comum, mas uma turbina de helicóptero de 270 cavalos.
Existe apenas mais um exemplar desse clássico no mundo, que pertence a um colecionador mexicano. O modelo exibido no Sambódromo foi adquirido pela Renault na década de 1990 para ser incorporado à sua coleção de carros históricos e foi inteiramente restaurado.
Em agosto de 2016, para comemorar os 60 anos dos recordes, a Renault levou o Étoile Filante novamente para Bonneville. A turbina, no entanto, deu lugar a um motor elétrico e o carro fez apenas uma exibição, tendo ao volante Nicolas Prost, atual piloto da Renault na Fórmula E e filho do tetracampeão da Fórmula 1 Alain Prost.
Ao lado do Étoile Filante estava outro recordista de velocidade: o Dauphine “Bonneville”. Restaurado pela Renault para celebrar os 60 anos do modelo, ele também foi levado para Bonneville – mas não apenas para uma exibição – e acelerou fundo. Com Prost ao volante, bateu o recorde da categoria CGC/I (carros de passeio a gasolina fabricados entre 1928 e 1981), atingindo 122,3 quilômetros por hora. O carro é praticamente todo original e foi equipado com um “kit” de preparação da época, que aumentou o deslocamento do motor dos 845 centímetros cúbicos originais para 956 centímetros cúbicos. Por exigência do regulamento, recebeu ainda uma gaiola de proteção em seu interior.
De volta ao presente
Outro destaque que chamou muito a atenção do público foi o Sandero R.S. Grand Prix Concept – o mesmo que fez sucesso no estande da Renault no Salão do Automóvel de São Paulo –, desenvolvido para homenagear a trajetória de 12 títulos de construtores da Renault nas pistas da F1.
Toda a atual gama de produtos da Renault esteve presente, incluindo a nova linha de motores 1.0 SCe e 1.6 SCe – sigla para Smart Control Efficiency. Utilizando tecnologia desenvolvida nas pistas da F1, eles combinam economia de combustível, redução de emissões e alta dose de prazer ao dirigir. O motor 1.0 SCe equipa os modelos Sandero e Logan. Além desses, o 1.6 SCe também está debaixo do capô do SUV Duster e da picape Duster Oroch.
Na pista do Sambódromo, os fãs e colecionadores da Renault também deram um show, exibindo uma série de modelos clássicos, como um raro Renault 1918 de corrida e o Juvaquatre – o 4 CV que estreou o motor Ventoux, em 1947. Exemplares da linha Dauphine e Gordini também ostentaram seu charme para os fãs da marca, assim como os clássicos R8 e R10, da década de 1960, que suavam o motor Cléon Fonte, o moderno R16, o esportivo Floride e o sedan Renault 21.
Modelos recentes da Renault, mas não menos amados, como o Twingo, Clio, Megane, Laguna, Sandero e Logan, também marcaram presença com seus respectivos clubes.