Mercedes-AMG SL substitui três modelos sem sucumbir à eletrificação
O esportivo conversível mantém um V8 4.0 biturbo e adota eixo traseiro esterçante e tração integral
A nova geração do SL, agora feito exclusivamente pela divisão Mercedes-AMG, é como um funcionário com acúmulo de funções. De uma só vez, o roadster de luxo chega para substituir os Classe S cupê e conversível, além do AMG GT conversível. Para isso, busca misturar modernidade, nostalgia e muita esportividade.
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O desenho do novo SL mantém as clássicas proporções dos esportivos da Mercedes: capô longo, cabine recuada, para-brisa com forte inclinação e traseira alta e curta. Os para-lamas são bem marcados, com aspecto musculoso, e as rodas variam entre 19 e 21 polegadas, de acordo com cada versão.
Na dianteira, os faróis triangulares e espichados são totalmente iluminados por LEDs, enquanto a grade replica as 14 barras verticais do 300 SL, de 1952. A traseira repete a linguagem visual dos demais modelos da marca, com volumes arredondados e grandes lanternas horizontais. São quatro saídas de escape.
O interior do conversível quase que extingue os comandos físicos, que aparecem em sua maioria no volante e nas portas, para os ajustes elétricos dos bancos. No painel, há apenas uma pequena fileira de botões abaixo da central multimídia, com funções básicas. No mais, há feixes de LEDs por onde se olha, com possibilidade de alteração de cor.
Além dos clássicos Apple CarPlay e Android Auto, o sistema multimídia MBUX oferece outros serviços conectados como o Live Traffic Information, que auxilia o motorista com dados de trânsito em tempo real e sugere rotas que possam economizar tempo, driblando engarrafamentos. A central também recebe comandos de qualquer função do veículo por voz.
Mais rígido e aerodinâmico
Construído para levar até quatro pessoas no esquema 2+2, o modelo passou a ter uma rigidez torcional 18% melhor em comparação com o anterior, segundo a marca, enquanto a rigidez longitudinal melhorou 40%. O aumento foi de 50% na rigidez transversal em relação ao AMG GT Roadster.
Além de melhorar a rigidez estrutural, o modelo também conquistou um bom coeficiente aerodinâmico, de 0,31. Um dos responsáveis pelo número é o novo sistema de controle ativo presente na grade dianteira, agora com dois níveis.
O primeiro estágio funciona com persianas verticais, enquanto a segunda, que só é ativada a partir dos 180 km/h, abre as persianas horizontais. O segundo nível foca no envio de ar para os trocadores de calor, já que a velocidade mais alta demanda mais resfriamento. Outro componente ativo é o aerofólio, com 5 posições diferentes, que variam de acordo com parâmetros de velocidade e aceleração.
A capota também ajuda para reduzir o peso e aprimorar a aerodinâmica. Agora de lona, ela é 21 kg mais leve do que a do SL antigo, que era rígida. Pode ser aberta ou fechada em 15 segundos, a até 60 km/h.
Sem híbrido, por enquanto
O Mercedes SL chega em duas configurações diferentes, ambas equipadas com tração integral de série pela primeira vez no modelo, e motor V8 4.0 biturbo a gasolina, sem o auxílio de motores elétricos. O câmbio também é o mesmo, automático de 9 marchas.
A de entrada, 55 4MATIC+, entrega 482 cv de potência e 71,4 kgfm de torque. Segundo a Mercedes, a versão vai de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, com velocidade máxima de 295 km/h. Já na topo de linha, 63 4MATIC+, são 593 cv e 81,6 kgfm, reduzindo a aceleração de 0 a 100 km/h para 3,6 segundos, enquanto a velocidade máxima alcança os 315 km/h.
Como um motor potente não é nada sem uma boa dinâmica, o esportivo também é equipado com suspensão multilink na dianteira e na traseira – é a primeira vez que um AMG tem esse tipo de suspensão nas rodas da frente. A suspensão também é ativa, com adaptações automáticas feitas por elementos hidráulicos em frações de segundos, de acordo com o terreno enfrentado.
Outra novidade na linha SL é o eixo traseiro esterçante, que ajuda a manter a trajetória do veículo em velocidades mais altas. A até 100 km/h, as rodas traseiras giram no sentido oposto ao das dianteiras, enquanto, acima dos 100 km/h, o sentido das traseiras seguirá o das dianteiras.
Por fim, em um primeiro momento, o esportivo não chegará em versões híbridas. Porém, a Mercedes-AMG já anunciou que o modelo está em desenvolvimento e será apresentado em uma data posterior, com um conjunto que unirá boa dinâmica e eficiência.
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