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Mazda terá motores com ignição por compressão em 2019

Tecnologia fará com que motores a gasolina funcione como os diesel, com baixo consumo e menos emissões

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 ago 2017, 14h54 - Publicado em 10 ago 2017, 12h03
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Próxima geração de motores não dependerá de velas para funcionar (Divulgação/Mazda)

Motores a diesel não têm vela: a ignição do combustível ocorre naturalmente pela altíssima compressão da mistura ar-combustível dentro do cilindro. Agora, a Mazda quer usar este mesmo princípio para tornar seus motores a gasolina mais eficientes até do que motores elétricos – considerando a poluição da geração de eletricidade com combustíveis fósseis.

A fabricante japonesa anunciou para 2019 o início da comercialização dos motores SKYACTIV-X. Será a primeira família de motores a gasolina com ignição por compressão no mundo e sucederá a atual SKYACTIV-G, que se destaca pelredução de perdas energéticas e taxas de compressão mais altas.

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Mistura mais homogênea entre ar e combustível promete queima mais eficiente e ecológica (Divulgação/Mazda)

A tecnologia por trás dos novos motores é a HCCI, sigla em inglês para “ignição por compressão com carga homogênea”. O combustível é injetado nos dutos de admissão e a queima acontecerá, na maior parte do tempo, sob altíssima taxa de compressão, estimada em 18:1.

A taxa de compressão diz respeito ao número de vezes que o volume da mistura ar-combustível do cilindro é comprimido antes da compressão. 

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câmara de combustão
Gráfico mostra câmara de combustão menor e detonação homogênea sem faísca no HCCI (Reprodução/Mazda)

Para efeito de comparação a média entre os motores diesel é de 16,5:1, enquanto a taxa de compressão ideal para gasolina em motores convencionais (seja aspirado ou turbo) varia entre 9:1 e 10,5:1. Já para o etanol, a taxa mais eficiente seria de 12:1.

Trabalhar com alta taxa de compressão melhora o aproveitamento da energia da explosão e obriga que seja injetado menos combustível nos cilindros. A lógica é fazer com que a mistura ar-combustível só se inflame sob pressão.

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Motor Skyactiv-X terá, supostamente, um dispositivo para controlar ativamente a admissão de ar (Reprodução/Mazda)

Além disso, a queima acontecerá em temperaturas mais baixas do que com ignição comum, o que evitará problemas com detonação e pré-ignição.

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Os motores SKYACTIV-X ainda terão velas de ignição, pois a faísca será necessária para alcançar altas rotações e garantir a combustão em baixas temperaturas. O gerenciamento eletrônico do motor certamente terá de ser bastante complexo para lidar com tudo isso.

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Gráficos mostra como o HCCI une o melhor dos motores a gasolina e diesel (Divulgação/Mazda)

De acordo com a fabricante japonesa, estes novos motores serão até 30% mais eficientes que os atuais, com emissões de NOx também 30% menores. Isso representaria consumo igual ou menor que o de motores diesel. Por outro lado, o torque dos SKYACTIV-X ficaria entre 10 e 30% mais elevado.

A estreia dos novos motores está prevista para acontecer com nova geração do Mazda3, em 2019. Para a Mazda, os SKYACTIV-X são o último passo antes dos motores a combustão serem considerados obsoletos.

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